POV S/n
Por que a vida tem que ser tão complexa e complicada? Às vezes, eu gostaria que tudo pudesse ser resolvido com um simples estalar de dedos. As respostas para as perguntas que povoam minha mente, as dúvidas que se entrelaçam em meu coração, parecem tão distantes e inatingíveis. Este sentimento confuso que me invade não faz sentido — talvez seja mesmo uma loucura. É uma mistura de atração e medo, de desejo e insegurança. Essa confusão me faz pensar: será que o que sinto é o mesmo que experimento toda vez que entro em uma biblioteca? Aquele frio na barriga, o arrepio ao tocar o aspecto áspero das páginas de um livro... É uma conexão, mas de uma natureza diferente. Enquanto nos livros encontro escapismo e clareza, com você, tudo se transforma em uma neblina de incertezas.
Olá, meu nome é S/n e tenho 22 anos. Sou uma verdadeira amante da arte, com olhos verdes que refletem minha curiosidade e cabelos castanhos escuros e ondulados que herdaram a beleza da minha magnífica mãe. Minha pele, branca e sensível, é uma lembrança constante do carinho que ela sempre me proporcionou. Sinto que sou uma versão "atualizada" dela, uma cópia perfeita com traços únicos.
Meus pais se separaram quando eu tinha apenas nove meses, e essa transição foi difícil para mim, mesmo que eu não tenha memórias claras daquele tempo. Como a caçula da família, cresci sob a proteção intensa dos meus irmãos, que, embora me amem profundamente, são extremamente controladores. Essa superproteção, por vezes, chega a ser sufocante. Eu entendo que eles só querem o meu bem, me ver feliz e longe de todos os perigos possíveis, mas há limites para tudo. Acredito que esse comportamento esteja enraizado nas inseguranças geradas pela separação dos meus pais, que deixaram marcas em todos nós, principalmente em minha infância.
Tenho duas irmãs e dois irmãos: Álice, uma arquiteta de 28 anos, e Henri, um advogado renomado de 29 anos, ambos frutos do primeiro casamento do meu pai. Jôh, uma modelo de 26 anos, e Rael, um neurocirurgião de 24 anos, são filhos do último casamento do meu pai. Cada um de nós carrega sua própria história, mas juntos formamos uma unidade familiar que, apesar dos desafios, se preocupa profundamente uns com os outros.
Meu pai, Kim Jong-min, é um sul-coreano alto e CEO do Grupo Kim's, que atua no ramo de finanças. Minha mãe, Lia Hall, uma modelo aposentada de 40 anos, sempre priorizou nosso bem-estar e educação. Após o divórcio, minha mãe ficou em Londres, onde se dedicou a nos proporcionar um lar estável, enquanto meu pai retornou à Coreia do Sul. Sua decisão de se separar foi dolorosa, pois, muitas vezes, sentia que o trabalho do meu pai era mais importante do que a família. Com o tempo, minha mãe percebeu que precisava cuidar de si mesma e dos filhos, e só depois que ingressei na faculdade, ela pôde retornar ao Brasil com mais tranquilidade.
Hoje, moro sozinha em Londres, onde trabalho meio período como atendente na cafeteria do Hotel Café Royal. A cidade é uma fonte de inspiração e um ambiente vibrante que me faz sonhar ainda mais alto. Estou cursando Artes Cênicas, em busca do meu sonho de ser atriz. Desde criança, sempre estive envolvida em pequenas peças de teatro, e ali encontrei minha verdadeira paixão. O palco é onde me sinto mais viva, expressando emoções e contando histórias que tocam o coração. Essa conexão com a arte me permite explorar diferentes facetas da minha personalidade e, ao mesmo tempo, entender melhor a mim mesma.
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Eu AMO você, mas eu [não] preciso de VOCÊ?
Romance"Amor" - uma palavra tão pequena, mas que carrega um peso imenso. Ao ler essa palavra, sentes uma onda de emoções conflitantes? Para muitos, o amor é um laço indestrutível, um motivo que leva a ações impensáveis. É o que faz pessoas comuns realizare...