Aviso da autora:
- Ei! Sabia que agora temos um Pinterest? Pois é! Quer saber mais um pouquinho sobre os personagens? Visitam a página que mandarei logo ao lado, estarei atualizando novas pastas sempre que puder! Vamos para a leitura?
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" O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda oportunidade. "
- Laurence J. Peter
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{Vittorio}
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. A cada passo que dava, sentia um peso maior sobre os ombros. A dor do arrependimento me esmagava como uma rocha, e os erros que eu cometi pareciam se multiplicar. Quando olhei para Jin-ah na sala, não era apenas curiosidade que eu sentia, era um reflexo do que eu queria ser. Não o Vittorio que tinha feito tudo o que fiz, mas aquele que eu poderia ser, alguém que pudesse se redimir, alguém que ainda pudesse ser genuíno. Mas essa verdade só fazia a culpa se tornar mais forte. A cada sorriso que ela me dava, mais eu pensava em Luna, na dor que causei a ela, no que desperdicei. A luta interna estava cada vez mais difícil de lidar.
Sentei-me no banco do refeitorio da faculdade, minha mente ainda girando sobre tudo o que aconteceu. O que eu fiz? Como eu fui tão cego? Michael tinha razão, eu não sabia mais quem eu era. Por um momento, olhei para a janela, como se pudesse encontrar uma resposta nas ruas movimentadas lá fora, mas nada. Nada além da minha própria confusão.
A porta da cafeteria se abriu e a visão de Jin-ah entrando me tirou de meus pensamentos. Ela olhou ao redor e sorriu ao me ver, vindo na minha direção com a confiança de quem sabia exatamente como se portar em qualquer situação. Eu a observei com uma certa admiração, mas, ao mesmo tempo, me senti vazio por dentro. Luna... Eu só queria poder voltar atrás. A sensação de ter perdido algo, e pior, ter destruído com minhas próprias mãos, era insuportável.
Jin-ah se sentou à minha frente, seu olhar curioso, mas não invasivo.
- Está pensativo demais para o meu gosto, Vittorio. - Ela riu suavemente, inclinando-se para a frente. - Aconteceu alguma coisa que está te incomodando?
Eu poderia mentir. Dizer que estava bem, que estava apenas estressado ou que tinha tido um dia difícil. Mas, por alguma razão, naquele momento, eu senti que ela merecia mais do que uma mentira. Talvez fosse porque, apesar de nossas diferenças, ela não me olhava com julgamento. Eu precisava de alguém que não me visse como um idiota, que não me acusasse ou me abandonasse, como fiz com Luna.
- Eu fiz uma coisa terrível, Jin-ah. - Minhas palavras saíram de forma seca, sem filtro. - Uma coisa que não tem conserto. Eu... Exponho as pessoas sem pensar direito, e é isso que eu sou agora.
Ela ficou em silêncio por um momento, me observando, seus olhos sombrios e tranquilos, como se ela entendesse mais do que eu queria mostrar. Depois de um tempo, ela simplesmente falou:
- Todo mundo tem seus demônios, Vittorio. Você não é o único. E ninguém é perfeito. Mas se você ficar parado, preso no que fez de errado, vai perder o que está à frente.
Ela não disse isso de uma forma dura, mas sim com uma gentileza que me fez refletir. Como se ela soubesse que, apesar de tudo, eu ainda tinha a chance de fazer algo diferente. Eu a encarei, tentando encontrar algum tipo de consolo, algum tipo de resposta que me dissesse que eu não era irreparável. Mas tudo que consegui ver foi o reflexo de um homem quebrado, tentando juntar os pedaços de algo que já estava irremediavelmente perdido.
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𝑯𝑶𝑼𝑺𝑬 𝑶𝑭 𝑴𝑬𝑴𝑶𝑹𝑰𝑬𝑺
Teen Fiction{ׅ𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞} 𝘔𝘪𝘬𝘢𝘦𝘭𝘭𝘺 𝘦́ 𝘶𝘮𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢 𝘥𝘦 18 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘮𝘶𝘥𝘰𝘶 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘊𝘢𝘯𝘢𝘥𝘢́ 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘶𝘥𝘰𝘴 𝘯𝘢 𝘶𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘫𝘶𝘯𝘵𝘰 𝘢𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘪𝘳𝘮𝘢̃𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘷�...