Dark Romance| +18
𝓢𝓽𝓮𝓵𝓵𝓪 𝓒𝓪𝓶𝓹𝓫𝓮𝓵𝓵:
Eu conheci o amor da minha vida.
Ou, pelo menos, pensei que fosse.
Para me livrar da dor que ele me causava, eu o matei.
Mudei de número, de estado e estava determinada a recomeçar.
Uma nova vida, uma...
Como um padre atrás do confessionário, eu julgo a mim mesma
Ajoelhada em um ralador de metal
Ensanguentada, tipo um corpo que morreu, e sou eu
Enrolada nas minha próprias tripas
Eu preciso escapar desse vazio
VOID - Melanie Martinez
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Três anos atrás
Dançava balé descalça na sala quando Daniel entrou, ainda vestido com as roupas de trabalho. Ele parecia exausto, e seu rosto estava marcado pelo cansaço de um dia longo.
— Você poderia dançar sem música? Estou com uma dor de cabeça terrível — pede enquanto se jogava no sofá.
Assenti silenciosamente, parando de dançar para não incomodá-lo e me aproximando para dar atenção.
— Como foi o dia? — querendo, sentando ao seu lado. Assim que me acomodo, ele se levanta novamente, indo em direção à cozinha. Ouço o som da geladeira abrindo e fechando, seguido pelo estalo de uma garrafa sendo aberta.
— Uma porcaria — responde, fechando com uma garrafa de cerveja na mão e sentando no sofá novamente.
Daniel havia pausado a faculdade para se dedicar a um curso profissionalizante e trabalhar na área que tanto queria. Embora tenha sido definido, os dias são significativos demais em última análise.
— Por quê? — questionando, inclinando-me levemente na direção dele.
— Tem clientes que acham que eu sou uma espécie de multifunções — diz ele, dando um longo gole na cerveja. Seu tom está carregado de frustração, e ele parece distante, perdido em pensamentos.
Eu me esforço para encontrar algo reconfortante para dizer, mas sei que não sou a melhor pessoa para dar conselhos sobre trabalho. Tente, mesmo assim:
— Mas agora já passou...
Ele me olha, e seu olhar é carregado de impaciência.
— Você não entende mesmo, né? — dispara com um tom ríspido que me pega
Ele respira fundo e, em um gesto que mistura arrependimento e ternura, abre os braços.
— Esquece isso... Vem aqui — diz, diminui para que eu me sente em seu colo.
A princípio hesito, mas logo obedeço, deixando envolvido em seus braços. Ele está relacionado à cabeça no meu ombro, o cheiro do dia misturado com o aroma da cerveja ainda fresco em suas roupas. Sinto que ele só precisa de um momento para respirar, para esquecer o peso que carrega.