CAPÍTULO III

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" Tu construiu um mundo mágico, porque tua vida real é trágica "

FRIEDRICH NIETZSCHE


EMMA CORSE

Depois da breve discussão subi para o meu quarto ou melhor nosso quarto e acabei por dormir. Não sai nem mesmo para beber água, não queria encontrar- me com Amme.

Porém, não a vi desde que acordei;  talvez esteja andando por aí.

Minha mãe me tira dos meus devaneios. Percebo preocupação em seus olhar.

   — Emma, sua irmã, me disse que esteve atrás daquele rapaz novamente.

   — Mãe, eu ..

   — Deixe-me terminar - Me interrompe.

Não digo nada, sei que se fizer, recebo um sermão mesmo sem merecer.

   —  Eu não sei a versão dos fatos, por isso quero ouvir de você. Isso é verdade ? — Ela me olha atenta.

     Minha mãe odiava o fato de eu insistir tanto nisso, mas sei que só queria o meu bem e minha felicidade. Então, não a culpo por isso.

   — Não mãe, eu juro que nunca mais falei com ele.

   — Filha a questão não é falar. Você já é grandinha o suficiente para entender.

Me repreende com o olhar.

   — Mas mãe, eu não posso evitar de vê- lo. Eu não tenho culpa disso.

   —  Não estou te culpando querida— pega as minhas mãos com ternura —  Mas você tem que parar de se torturar; esse rapaz já fez a escolha dele portanto faça a sua também.

   —  Mas não é justo. Eu nem sei o que eu fiz de errado. Eu não aceito, não aceito !

A minha mente gritava o contrário, mas eu sabia que minha mãe estava certa: "eu fiz crescer uma flor que não pode florescer e um sonho que não pode se tornar real".

Eu sou a única culpada.

Ela me abraça e isso me conforta; sempre foi assim.

   — Não sofra mais por conta disso. Talvez seja melhor assim.

   —  Não mãe. Eu não vou descansar até saber as respostas de todas as dúvidas que tenho.

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