Bem vinda, sra. Wallys

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Clarisse Wallys parou diante dos portões altos, as luzes das lanternas tremulando levemente. A mesma respirou profundamente, os olhos percorrendo as paredes de pedra que pareciam encará-la de volta. Ao seu lado, uma coruja pousou em uma das colunas, soltando um pio baixo que ecoou ao redor, chamando a atenção de Clarisse. Ergueu seu rosto e a cumprimentou com um sorriso breve, como se fossem velhas amigas. - Boa noite para você também. - murmurou.

Com um suave empurrão, as portas do colégio se abriram, revelando o corredor escuro e silencioso à sua frente. Ela deu seu primeiro passo, seus sapatos ecoando levemente no chão de pedra, enquanto a chama de uma vela ao longe mudava seu tom, de um vermelho intenso para um laranja suave.

Nevermore acompanhou sua chegada.

À medida que avançava pelo corredor, a luz das velas tremeluziu ao longo do seu caminho, era quase como se reagissem à sua presença.

Chegando à porta do escritório da diretora, Wallys fez uma pausa, respirou fundo e deu duas batidas leves. Do outro lado, ouviu uma voz firme e convidativa.

- Entre.

Clarisse abriu a porta e encontrou a diretora Weems sentada atrás de uma mesa imponente, com pilhas organizadas de documentos e uma taça de vinho ao lado. Os olhos da diretora a examinaram de forma curiosa, mas com uma ponta de cordialidade.

- Seja muito bem vinda à Nevermore, Clarisse. - disse a diretora, fazendo um gesto para que Clarisse se aproximasse. - Imagino que a viagem tenha sido cansativa, não?

- Um pouco. - respondeu Clarisse com um sorriso suave, sentando-se na cadeira oposta. - Mas devo admitir, estou ansiosa para começar.

- No seu primeiro dia, pensei em algo simples para introduzi-la aos alunos. Tenho certeza de que seu curso de História será uma adição fascinante ao currículo.

Clarisse sorriu, ajeitando a gola de seu casaco.

Alguns minutos de conversa, a diretora Weems a observou por um momento, parecendo ponderar antes de falar, e então perguntou com um leve sorriso de curiosidade:

- Clarisse se não se importa... De onde exatamente você veio?

- Sou russa, na verdade - respondeu, calmamente. - De uma pequena cidade perto de São Petersburgo.

Larissa ergueu as sobrancelhas, visivelmente interessada. - Russa? Que fascinante. Então... O que a trouxe para cá, para tão longe? Não é comum encontrarmos professores russos por estas partes.

A ruiva deu um sorriso discreto, como se essa curiosidade a divertisse. - Estava em busca de... Algo diferente. Uma mudança de ares, desejo de ensinar. Nevermore pareceu o local ideal para começar algo novo - respondeu, mas o tom de sua voz continha um certo mistério, como se houvesse mais coisa na história.

Por um momento de distração, Larissa lançou um olhar para a lareira, onde uma vela solitária e quase no fim brilhava em um tom suave amarelo. Ela ergueu uma sobrancelha, mas manteve o tom casual.

- Engraçado... - comentou Larissa, com um leve sorriso desconfiado nos lábios. - Esta vela, ali perto da lareira. Parece que ficou amarela, não?

Clarisse seguiu o olhar da diretora, percebendo a chama na tonalidade alegre. Ela deu um sorriso discreto, mas desviou o olhar com uma tranquilidade proposital, como se isso fosse apenas um detalhe sem importância.

- Às vezes, coisas estranhas simplesmente acontecem ao nosso redor, não é? - respondeu ela, com um brilho divertido nos olhos.

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⏰ Última atualização: 14 hours ago ⏰

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