Fear - Mavi × Iberê

• Flashback

Autor - On

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- Sabe Mavi as vezes eu olho pra tudo isso e percebo que talvez eu nunca estivesse aqui se a gente não tivesse se conhecido naquela época - Comentou enquanto ouvia os passos do chefe que descia a escadaria até a sala de estar

- Você se arrepende de alguma coisa príncipe ??? - Questiona com ar de curiosidade se aproximando calmamente do rosto alheio como se ele fosse o único ponto de luz num ambiente escuro

- Não mas certas coisas sempre ficaram na minha cabeça como se fossem um " e se ??? " e mesmo que eu não queira não consigo parar de pensar nisso as vezes - Suspira e sente o loiro o abraçar com certa força e o típico tapa nas costas

- Você deveria pensar em papar comigo agora não acha - Levantou a sombrancelha e sorriu amarelo para desconversar aquilo pois até mesmo ele de vez enquanto tinha esses tipos de devaneio mesmo que não se arrependesse do caminho que trilhou

Mavi acompanha seu " capanga " até a mesa para o ritual de todo o dia o lanche que eles sempre aproveitavam juntos e já era parte da rotina pois eram poucas as vezes que eles se separavam naquele momento

- Acho que eu não tô cuidando bem de você - Sorriu para ele e acariciou a barba rala e escura daquele homem a frente sem perceber que o tempo passava pra eles e ao mesmo tempo parecia congelado

- Que isso chefia você sempre me deu tudo - Iberê sentiu uma corrente elétrica correr pelo peito o toque das mãos do maior eram tão suaves ele queria mais daquilo mas parecia tão errado ao mesmo tempo e aquilo de certo modo era até simples considerando a intimidade de ambos

- Eu sei que você não tá se sentindo bem nesses dias eu sinto isso em você - Instintivamente Mavi acariciou o canto do lábio do outro e sem se tocar eles estavam tão próximos que podiam ouvir a respiração um do outro

- Por que você faz assim - Soluçou e se afastou do patrão ficando de frente pra janela de vidro que dava uma visão linda da noite focando a visão numa lua cheia resplandescente

- Me explica o que houve me deixa te ajudar - O Molina se aproximou do outro homem e o abraçou por trás mantendo um aperto firme na cintura dele e cuidadosamente apoiando o queixo em seu ombro

- As vezes eu não sei o motivo mas eu tenho tanto medo de ficar sem você e parece tão difícil de aguentar - Aquilo era tão angustiante que ele mal conseguia puxar o ar mas por sorte seu " Rei " sempre sabia o que fazer

- Por que eu te deixaria meu príncipe - senta com Iberê no chão e puxa ele pro colo o deixando colado ao peito para que ele pudesse se sentir seguro naquela posição pelo menos até ele conseguir respirar melhor

- Pelo simples motivo de amar você - Foi um pensamento automático mas tão sincero que chegava a doer e isso misturado a um contato tão próximo acabou fazendo seus pensamentos ficarem mais caóticos do que já estavam - Durma aqui esta noite você não tá bem pra sair - O outro falou pois o homem não havia o respondido mesmo que isso não fosse mais importante

Em alguns segundos o " Príncipe" estava desacordado mas não preocupou o mais velho pois conhecia bem o que era a ansiedade e naquele momento sua única ação foi carregar o outro nos braços até seu quarto e o deitar na cama para que ele se sentisse confortável pelo menos um pouquinho

- Me perdoa por te colocar nesse caminho - Lamentou vendo o estado do amigo que mesmo sendo tão jovem e tão bonito também parecia tão cansado e perdido em obrigações que aquela vida agitada lhe impunha em meio a tantos pensamentos o loiro se permitiu soltar algumas lágrimas e sentar ao lado do companheiro pra acariciar sua mão esquerda e cuidadosamente depositar um beijo nela

- Boa noite meu principezinho - O homem se retira de lá deixando um ambiente escuro e confortável pra adormecer sem se preocupar pois tinham muitos quartos naquele apartamento e mesmo querendo seguir em frente o mesmo se permite ficar sentado no chão de costas pra porta do quarto e finalmente colocar uma multidão de coisas pra fora e muitas dessas ele não conseguia entender

- Eu te amo tanto que chega a doer - Sente seu corpo cansado tremer por conta da ansiedade que estava começando a atacar mas também não tinha coragem de ficar mais longe do outro do que apenas alguns passos de distância e naquele canto cochilou apoiando a cabeça na porta de seu próprio quarto.

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