Asafe estava completamente ansioso para suas férias de fim de ano, pronto para descansar depois do último ano exaustivo que enfrentou. Ainda indeciso sobre seus próximos passos no mundo acadêmico, tudo que o Asafe queria era descansar tranquilamente...
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| Denver, Colorado 30 de Novembro, 2022 Às 07h10.
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Desde que entrei na época da adolescência, tive um medo grande me me envolver com garotos. Minha mãe costumava ler romances para mim, mas não parecia ser a mesma coisa olhando pelo modo real das coisas.
Os romances são apenas uma válvula de escape ilusionista, porque sabemos que não funciona do jeito literário no mundo real. Principalmente no mundo de hoje.
A cada dia que se passa é mais difícil encontrar pessoas que se importam realmente com outras, e quando encontramos são casos raros e temos que cuidar desse caso. Assim que pus os olhos no Asafe pessoalmente, tive a certeza que ele era um daqueles casos raros.
E, por fim, acreditei que não valia à pena continuar com aquele medo todo.
Bom... Depende muito. Asafe pode mostrar que é um cara sensível e diferente dos casos comuns da atualidade, mas tem um detalhe em questão que atrasava todo aquele processo. Ele sempre fugia.
Quando Asafe adormeceu no meio do filme, eu fiquei simplesmente encantada. Acidentalmente, ou não, seus braços pousaram na minha cintura e aquele foi meu fim. Em nenhum momento quando estava acordado ele chegou perto de mim daquele jeito, o que deixou ele mais adorável ainda. Quando acordado, Asafe era envergonhado, mas quando dormiu tomou uma certa "atitude" que me agradou bastante.
Assim que as luzes se apagaram e todos foram dormir, eu fiquei observando-o dormir por longos minutos. Perto dele eu podia vê-lo melhor, mas ainda sim tinha o mesmo efeito de quando ele está acordado. Aquela dança estranha encontrou meu estômago, meu coração palpitou freneticamente e eu sentia a vontade insuportável de beijá-lo, mas não era assim que eu desejava que fosse aquele momento.
Não faltava muito, então eu esperaria até sábado.
ㅡ Bom dia, Flor. ㅡ Sorri assim que Rapha passou pela porta da cozinha, esfregando seus olhos. Raphael era igualzinho ao meu, com belos cabelos loiros e olhos tão azuis. ㅡ Já fazendo o café?
ㅡ Bom dia, Rapha. ㅡ Soltei uma risada, pegando o prato em cima da mesa, colocando a última panqueca. ㅡ Ah... Eu gosto de cozinhar. Principalmente para tantas pessoas assim.
Ele sentou-se na cadeira, aproveitando o belo café da manhã que havia posto a mesa. Tinha sobrado alguns pedaços da torta que trouxe ontem.
ㅡ O que mais gosta de fazer?
ㅡ Ah... ㅡ Umideci meus lábios com a língua, deixando o prato de volta à mesa. ㅡ Torta de morango, minha sobremesa favorita. Minha mãe me ensinou a receita quando eu tinha 9 anos. Sua mãe te ensinou alguma receita também?
Rapha acabou rindo, balançando a cabeça negativamente.
ㅡ Ah, não, não. ㅡ Negou, ainda rindo, o que me deixou confusa. ㅡ Todo o talento da cozinha ficou com meu pai e a Emma.
