Esqueça o passado!

69 9 2
                                    

A entrevista na empresa de tecnologia correu super bem e eu começaria minha experiência na segunda. O salário era metade do que eu costumava receber em Londres, mas, daria para eu alugar um apartamento e me manter junto com Helena.

Finalmente eu deixarai minha amiga respirar um pouco e parar de pisar em ovos ao meu redor.

Para a minha sorte, Adriana, como eu disse, sempre fora facil de fazer amizades e a vizinha ao lado da sua porta estava de mudança. Ela conseguiu segurar o apartamento para mim por um mês ate que eu recebesse e pudesse me mudar.

Ela as vezes saia com o dono do prédio, um homem mais velho que ela, uns vinte anos. Ele até que era bonitinho, era um espanhol, moreno, baixo, mais alto que ela claro, e barulhento igual ela. Eu sempre dizia que eles combinavam e seriam um casal perfeito, e ela fazia careta, dizendo que ele era apenas sexo, quente e gostoso, nada mais.

Adriana não ficou feliz quando eu disse que trabalharia como secretária do CEO Rahul, um senhor de ums setenta anos simpático e muito paciente. Mas era o que eu tinha no momento e o salário era bom, além disso tinha o ótimo horário.

Como meu chefe ja era de idade ele só ia lá participar de reuniões importantes, ou seja, sem viagens para fora, ou horas extra, então eu estaria em casa na hora certa todos os dias.

A rede de amigos de Adriana era grande e a maioria do moradores do prédio a conheciam. Foi assm que conheci a babá que cuidaria da Helena. Era uma garota em seus dezoito anos que estava começando a faculdade e precisava de dinheiro para os livros e outros materiais que a bolsa não cobria. Gostei dela de cara, ela parecia comigo, era calma e silenciosa, preferia os livros a balada e todos falavam o quanto ela era esforçada e confiável.

Foi assim que passamos um ano juntas, ela cuidava da Helena como se fosse sua irmã mais nova e eu já a considerava parte da minha família. Ela vivia mais na minha casa que na dela e eu amava minha nova rotina. Helena era um amor de criança, calma, dormia a noite toda, nunca ficou doente nesse primeiro ano. Mesmo quando os dentes começaram a nascer e ela ficava enjoada ela não dava trabalho.

Talvez o fato de eu amar até mesmo suas birras me fizessem não perceber ela diferente, mas Adriana dizia a mesma coisa, mesmo que ela também fosse suspeita, era uma tia babona e que amava fazer os gostos da sobrinha.

Eu e Emília não tivemos muito contato depois das suas palavras maldosas e ela não pediu desculpas pelo jeito que falou. Por isso, estava a tratando apenas como médica da minha filha e nada mais. Eu sei, não deveria julgá-la por ter uma opinião diferente da minha, eu mesma só iria adotar em última opção, mas o jeito que ela falou me doeu e o fato dela nem mesmo tentar explicar o tom de suas palavras me doeu mais ainda.

E preferi me afastar do que ficar com a consciência pesada, sabendo os tipos de pensamentos que ela tinha com relação a crianças abandonadas como eu.

Hoje fazia um ano que Helena nasceu e nove meses que eu estava na empresa. Era um dia inquietante, tanto pela ansiedade de fazer a festinha de um ano da minha filha, quanto pela pessoa que chegaria a empresa no dia de hoje.

Devido à uma angina, meu chefe precisou se aposentar mais cedo, forçado pelos filhos e pela esposa, e hoje seu filho mais novo tomaria seu lugar.
Assim que cheguei a empresa pela manhã, havia um alvoroço de vozes especulando porque o mais novo assumiria, sendo que o cargo era para ser do irmão mais velho, ou uma das irmãs também mais velhas.

O fato era que ele era o único herdeiro da Brockman Group Technology, ja que seus irmãos já eram donos das próprias empresas bilionárias, ramos diferentes da empresa do pai, e o mais novo era o único que seguia os passos do pai.

Meu Pequeno Milagre Onde histórias criam vida. Descubra agora