Epílogo

14.8K 1.3K 1.6K
                                    

Louis estava lindo naquela noite, ou melhor, ainda mais lindo que o normal.

A camisa social e a gravata folgada lhe dava um ar rebelde, assim como as calças de alta costura e os sapatos lustrosos, que completavam um visual totalmente preto. O cabelo recém-cortado estava penteado para cima em um topete e os lindos olhos azuis davam a Lou um ar misterioso.

Ele parecia um príncipe das trevas.
Meu príncipe das trevas.

Ele ficou vermelho e riu, descolando o corpo da parede, onde estava com os braços cruzados, e se aproximando de mim:

- Quantas vezes já falei para não fazer isso? - Perguntou, arrumando o meu terno cinza.

- Isso o quê? - Meu olhar estava completamente perdido em seu corpo e ele revirou os olhos, cutucando minha bochecha.

Isso! - Riu baixinho e corou.

O puxei pela cintura, rodeando meus braços pelo seu corpo e deixando um beijo rápido contra seus lábios extremamente vermelhos:

- Qual o problema de eu olhar para meu namorado lindo?

Louis corou ainda mais, se isso ainda fosse possível, virando o rosto ao ouvir minha risada.

Beijei sua bochecha e então uma menininha desceu as escadas correndo e rindo alto:

- Mamãe, Hazzy chegou!

Abaixei-me para receber o abraço da pequenina, que usava um pijama da Sininho e pantufas com pés de gato fofuchos em seus pés.

- Ei, baixinha!

Jay apareceu descendo a escada logo depois, os cabelos presos em um coque e um aparelho de fotos nas mãos:

- Boa noite, meu querido. - Ela se aproximou de mim, deixando um beijo na minha testa e aproveitando para arrumar um fio rebelde do meu cabelo.

Durante esses três meses que se passaram, Jay se tornou quase uma mãe para mim, cuidando de mim o tempo todo enquanto eu me recuperava devagar das queimaduras e machucados. Quando recebi alta do hospital, passei três semanas hospedado na casa de Louis, sendo mimado pelos dois até não aguentar mais e passar a mimar Lou em retorno. Acho que ele se acostumou a receber o café-da-manhã na cama, porque estava geralmente atrasado para irmos para a escola logo depois que voltei para minha própria casa.

Um prédio empresarial foi alugado para que pudéssemos terminar o ano letivo enquanto o prédio da nossa escola estava sendo reconstruído e, depois de faltar mais de um mês e quase reprovar, finalmente entraria no baile de formatura segurando a mão de Louis.

- Mãe, sem fotos, por favor! - Resmungou Louis, escondendo o rosto na curva do meu pescoço.
Jay fez uma careta de espanto e  puxou o filho pela mão, reclamando:

- Nem pensar! Esse é o seu primeiro baile escolar, então quero ter fotos para mostrar para meus netos! - E então sorriu para nós dois.

Não soube dizer quem ficou mais vermelho: eu ou Lou. Sorri, completamente corado e puxei o rosto dele da curva so meu pescoço:

- É só uma foto, Lou!

Ele bufou, mas acabou cedendo, causando uma animação óbvia na mãe, que começou uma verdadeira sessão de fotos com nós dois e até mesmo Fizzy, que corria na frente da câmera algumas vezes e nós a segurávamos no colo.

Em determinado momento, Louis colocou a irmã no chão e andou até a mãe, tirando-lhe o aparelho de fotos e colando seus lábios nos cabelos dela:

- Já chega, mãe, nós vamos agora.

Saímos de lá pouco depois, andando de mãos dadas até a minha caminhonete. Como um velho hábito, dirigi com a mão sobre o câmbio com a de Louis por cima, acariciando-a com seu polegar lentamente.

Como não te amar? (Larry Stylinson AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora