MÃOS À OBRA

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Depois daquela conversa tensa, eles saíram da cabana, prontos para organizar a defesa.

Mas, antes de tudo, Tiffo e Matilde precisavam de novas armas, e foi na intenção de ajudá-los com isso que Costa os levou até a clareira do Cristal Ancião.

— Vocês devem escolher uma árvore próxima dele — dizia Costa, enquanto caminhavam pela floresta. — Todos os vegetais que crescem por perto de um Cristal têm propriedades mágicas. Mas acredito que vocês já saibam disso, não?

Os dois balançaram as cabeças negativamente.

— Nunca soube de onde veio o meu cajado — disse Tiffo. — O ganhei de meu pai, pouco antes dele morrer.

— O mesmo ocorreu com minha arma — disse Matilde. — Nunca soube como ela foi fabricada.

Após a conversa, Costa continuou a guiá-los, e logo, começaram a notar mudanças na vegetação.

Os troncos das árvores pareciam mais duros e altos, e as folhas tinham um verde quase brilhante. Havia um cheiro forte de grama molhada no ar, acompanhado pela brisa suave e morna que bagunçava seus cabelos.

Finalmente viram o Cristal Ancião, e Tiffo quase caiu para trás ao notá-lo, mas Matilde o segurou a tempo.

A pedra estava no centro de uma clareira larga e bela, cercada por vários riachos de um lado a outro, que murmuravam com sua correnteza tranquila...

O Cristal era muito vermelho e brilhante; sua superfície parecia banhada em óleo, reluzindo ao toque da luz solar.

Várias raízes e trepadeiras o envolviam, atraídas por sua energia divina.

— Céus! — disse o mago, respirando fundo para recuperar o fôlego. — Ele é ainda mais poderoso e lindo que imaginei.

— É perfeito — disse Matilde, com lágrimas nos olhos.

Costa sorriu para eles e falou, tirando um machado do cinto:

— Realmente maravilhoso. Por isso, é necessário mantê-lo seguro, vivo! Mãos à obra! — Ele caminhou até um carvalho alto e jovem, e começou a cortar os seus galhos.

OS DEFENSORES DA FLORESTA MÁGICAOnde histórias criam vida. Descubra agora