O sangue do crepúsculo

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Eruslya é uma terra agraciada pelas Deusas do Sol e da Lua, Ares e Aria, responsáveis por  derramar bençãos em alguns seres que vivem nas terras, tais bençãos podem ser usadas para quaisquer atos, sem punição ou gracejos.
Alguns pensadores ousam questionar tal fato: "- Como é possível! Receber tanto poder  sem modos ou alguma conduta! Elas querem nos exterminar civilmente!"

De fato, tais bençãos correm em todas as possíveis veias, boas ou ruins, o que é o caso do governante das terras baixas, conhecido como Ernesto, marcado por um poder chamado de "Reincarnus", a benção que permite reincarnar o poder de outros portadores apenas bebendo o seu sangue após morrerem... É absurdamente trágico imaginar tais situações que tal governante ocasionou para conquistar aquilo que sempre buscou em sua vida: poder!

Não foi diferente com o pobre Deinels, correram boatos de que o mesmo carregará a benção do crepúsculo, não bastasse apenas uma única deusa abençoa-lo, mas as duas estavam presentes em seu poder, embora inativo, visto que o mesmo não havia despertado. Ao saber de tal preciosidade, Ernesto ordenou a dois de seus servos de batalha, sendo um deles k jovem Mercury.

para buscar o seu próximo sacrifício, já que a negociação havia ocorrido perfeitamente e comprará o filho de uma pobre e miserável família, o jovem Deinels

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para buscar o seu próximo sacrifício, já que a negociação havia ocorrido perfeitamente e comprará o filho de uma pobre e miserável família, o jovem Deinels.

Aqueles que recebem o dom divino, podem sentir a presença dos demais, embora seja preciso um pouco de prática, sendo um sinalizador: quanto mais forte essa presença, maior é o sinal do poder presente naquele ser. Ao chegar próximo de Deinels, Mercury não sentiu absolutamente nada, logo estranhou, questionou o companheiro de batalha se havia ocorrido algum erro, se era mesmo a pessoa certa , mas lá estava, um rapaz magro, com olhos verdes, em prantos, sentado e amarrado em um banco feito de pedra, esperando pelo seu breve fim.

A escolta demorou alguns dias até chegar nas terras baixas, Deinels foi aprisionado, Mercury questiona o governante sobre a falta da presença de poder e o mesmo logo responde:

- Não deve ter despertado, Mercury, acredito que precisará de uma ajudinha, quem sabe o pânico e a dor não seja capaz de acordá-lo um pouco.

Um sorriso maléfico esboçou o rosto de Ernesto, o mesmo buscou pela sua adaga e pediu para que os responsáveis pela escolta levassem-no até o prisioneiro.

Ao chegar próximo, Deinels estava desacordo, balançava seu corpo sonolento, pendurado por duas algemas erguidas no teto. Ernesto aproximou vagarosamente, observando seus dedos percorrerem a lâmina da adaga que estava na sua mão, levantou o queixo do rapaz e aproximou lentamente a adaga até o coração de Deinels, quando a pele começou a ser perfurada, Ernesto foi paralisado, escutou em sua cabeça uma ordem que mais parecida ser uma ameaça:

-Não atreva-se.

Após escutar tal eco, deu um passo para trás e buscou pela voz, deu um riso sincero e deu-lhe as costas, olhou para Mercury e o outro servo e ordenou.

-Matem-no

Os mesmos acenaram sua face em concordância e sem pensar duas vezes, um dos servos sacou a espada e golpeou o prisioneiro, porém, antes de visualizar o estrago feito pelo colega, Mercury enxergou uma luz que ofuscou a vista durante alguns segundos, logo após, olhou para o seu companheiro de trabalho e viu apenas alguns fiapos de pó soltos pelo ar, aquilo assustou-o, sentiu que seria o próximo, a adrenalina subiu seu corpo, sem pensar duas vezes, atacou rapidamente, porém, sentiu a presença de algo poderoso e peculiar, escutou uma voz em sua mente, forte e marcada por algo nunca sentido antes:

-Pelo dom que lhe dei, eu peço, proteja-o com a sua vida."

Eruslya - Gay novel Onde histórias criam vida. Descubra agora