Os Quatro - A Chave Da Esperança

CAPÍTULO 1 - A Chave da Esperança

A manhã começou como qualquer outra para Clear. Ela acordou cedo, sentindo-se renovada e pronta para enfrentar o dia. No entanto, enquanto se preparava para sair do apartamento, pequenos obstáculos começaram a surgir.
Primeiro, ela não conseguia encontrar sua chave do estúdio. Procurava em todos os lugares, mas não estava em lugar nenhum. Passou uns minutos procurando, até finalmente encontrar a chave embaixo do sofá.
Depois de encontrar a chave, Clear se dirigiu à cozinha para preparar seu café da manhã. Enquanto esperava o café, ela começou a verificar suas redes sociais. Perdeu-se por uns minutos, navegando pelas postagens dos amigos e conhecidos.
Quando finalmente se lembrou do tempo, Clear se apressou em terminar o café da manhã e se dirigir ao estúdio. No entanto, ao abrir a porta do apartamento, encontrou o correio entregando uma carta importante.
- Desculpe, senhorita. - Disse o cara do correio. - Essa carta precisa ser assinada.
Clear pegou a carta e assinou, perdendo mais alguns minutos.
Finalmente, saiu do apartamento e se dirigiu ao estúdio. O trânsito estava pesado, e Clear começou a se sentir ansiosa.

A luz do sol filtrava pelas janelas do estúdio, iluminando as telas de pintura e os pincéis espalhados pela mesa de trabalho. Clear, com seu cabelo castanho preso em um coque, estava completamente absorvida em sua última obra. A tinta brilhava em suas mãos habilidosas, enquanto ela criava um mundo de cores e texturas.
Ao lado dela, Louise, sua melhor amiga e parceira de trabalho, trabalhava em seu próprio projeto. Com seu cabelo loiro curto e óculos de leitura, Louise era a perfeição em contraste com a criatividade de Clear. Ela era a gerente do estúdio, responsável por manter tudo organizado e funcionando.

O estúdio era um espaço acolhedor, repleto de lembranças e objetos pessoais. Fotos de viagens, certificados de exposições e presentes de clientes satisfeitos adornavam as paredes. O aroma de tinta e café pairava no ar, criando um ambiente confortável e inspirador.

Clear se levantou para esticar as pernas, caminhando até a janela para observar a cidade. O ruído do tráfego e o barulho das pessoas na rua criavam uma melodia constante, mas ela mal notava. Estava perdida em seus pensamentos, refletindo sobre sua arte e o que queria expressar.

Louise se aproximou, colocando uma xícara de café fresco na mão de Clear.
- Precisa de um reabastecimento? - perguntou, sorrindo.
Clear sorriu, agradecida, e tomou um gole do café. O sabor amargo e o aroma intenso a ajudaram a se concentrar novamente.

O dia passou rapidamente, com as duas trabalhando em silêncio, apenas interrompido pelo som de pincéis na tela e do relógio tocando. O estúdio era seu santuário, um lugar onde podiam criar e sonhar.
À medida que o sol começou a se pôr, Clear se afastou de sua tela, admirando o resultado. Uma paisagem surreal, com montanhas e rios que pareciam dançar, surgia diante dela. Louise se aproximou, analisando a obra.

- É incrível. Você superou a si mesma novamente.

Clear sorriu, sentindo-se orgulhosa.
Obrigada, o seu também está ficando ótimo.

O estúdio estava quieto agora, apenas o som do vento lá fora quebrando o silêncio. Clear e Louise se sentaram lado a lado, desfrutando do momento de paz, sem saber que seu mundo estava prestes a mudar para sempre.

Depois de um longo dia de trabalho no estúdio, Clear estava em casa. Ela morava em um pequeno apartamento no centro da cidade, com vista para o parque. A luz da lua iluminava o quarto, criando um ambiente tranquilo.

Ela se sentou no sofá, abrindo um livro de poesia que Louise lhe havia recomendado. As palavras dançavam na página, mas sua mente estava longe. Ela pensava em sua arte, em como poderia expressar melhor suas emoções.
O som do relógio tocando na parede a fez lembrar de sua infância. Seu avô, um artista também, costumava dizer que o tempo era um grande mestre.