CAPÍTULO VIII

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“As pessoas não são prisioneiras do destino e sim da própria morte”

  DESCONHECIDO

EMMA CORSE

   Está mentindo! Ele sempre mente e eu o odeio por isso. Queria que ele fosse sincero ao menos uma vez.

   — Não, eu não aceito ! — olhos em seus olhos, segurando seu rosto com as duas mãos.

    Ele me olha e segura minhas mãos, as tirando de sua face.

   — Pare! Não torne isso mais difícil — O olho com raiva e puxo minhas mãos, as quais ele segurava.

   — Você é um idiota Arvid, um hipócrita que só pensa em si mesmo — vejo tristeza em seu olhar, mas sempre fingindo-se de forte.

   — Só me dê um motivo pra que eu pare, apenas um.

    Arvid fica relutante, como se tivesse procurando as respostas certas ou apenas uma explicação convincente.

   — Não sirvo pra você! Você merece mais!

   — Eu não me importo!

  Arvid põe suas mãos em meus ombros, me guiando até a parede mais próxima.

   — Eu não estou brincando !

   — Nem eu!

    O beijo ferozmente, eu ansiava tanto por isso. O mesmo retribui na mesma intensidade, como se desejasse por isso mais do que ar para respirar.

    — Diga que não me quer — Falo entre beijos — Eu sei que você me deseja e está queimando por dentro agora.

   Arvid me coloca no chão com cuidado e beija minha nuca. Me beija como se não houvesse amanhã, como se eu fosse a presa e ele a caça.

   — Eu poderia te matar agora ! — Me beija pela última vez e se levanta, me guiando para que eu possa fazer o mesmo.

   — Arvid ..

    — Eu preciso ir — Me dá as costas e some da minha vista.

   Volto para dentro, ainda não acreditando no que acabou de acontecer. Vejo Amme dormir profundamente e suspiro aliviada. Tenho medo de fechar os olhos e, ao acordar, perceber que foi apenas um sonho, nada além de ilusão. Depois de acreditar e desacreditar por vezes, finalmente consigo dormir.

 Depois de acreditar e desacreditar por vezes, finalmente consigo dormir

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    Acordo ao som de vozes vindo de fora. Nem Amme, nem Mamãe estavam em casa.

   Levanto acompanhando as vozes cada vez mais perto.

    Vejo pessoas chorando e outras conversando entre si. O que será que aconteceu?

    Então, passa uma carroça com pessoas  mortas. Elas estavam mortas! Mães entravam em desespero ao ver seus filhos mortos por uma praga que desconhecemos.

    — Emma, volte para dentro! — Minha mãe fala ao me ver.

  — Não é justo que essas pessoas morram e nem sabemos o por quê.

    — Nada nessa vida é justo, volte para dentro, querida!

    — Onde está Amme? — Pergunto procurando-a entre as pessoas.

    — Uma dessas pessoas que perderam a vida era a vó de Alex, que o criou. Amme foi até lá prestar condolências.

   Senhora Hatt era uma pessoa boa. Fico triste por ela e por Alex também, que só a tinha.

   — Tudo bem, mas e a senhora ?

   — Eu não vou demorar !

   Me viro, voltando, e então vejo ele.

   O mesmo me encara e depois some entre as outras pessoas.
                    

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