ONZE

39 5 5
                                    

Alerta: NSFW

[...]

Pouco antes da polícia chegar, os outros homens que montavam a guarda da frente conseguiram entrar na casa e carregar Putman ao carro. O que tinha acontecido era um desastre, não imaginou que fosse acontecer uma coisa como essa. Tantas mortes, pouco dinheiro e muito estresse.

Suas mãos tremiam, ficou até sem jeito de acender seu cigarro enquanto o carro corria pela avenida principal, em direção ao local onde estava ficando. Sabia que aquilo seria cobrado em cima dele. Mas Putman também sabia de quem aquilo tinha sido obra, sabia que o queridinho de Charlie tinha os traído, e não deixaria passar batido.

Quando chegou em seu destino, todos o esperavam no salão principal, estavam rindo, bebendo e com prostitutas se sexualizando em cima de seus corpos. Quando Charlie viu a imagem de Putman, tragou o charuto que estava entre os lábios e murmurou algo com uma voz embriagada.

- Ah, meu querido. - Fez um gesto para que a mulher que estava em seu colo saísse. - Estamos comemorando nossos milhões e isso é só a metade. - Abriu uma risada chamando a atenção de todos. - Agora diga, qual foi a cara de Taehyung quando viu que estava sendo mantido de ref...

- Estão todos mortos, todos! - Putman gritou. Charlie fechou o semblante no mesmo instante. - Deu errado, isso foi só o que a gente conseguiu pegar, não há o que comemorar.

- Mortos!?

- Mortos! E aquele pirralho que você contratou que fez isso. Eu tenho certeza! Ele é a única fonte que sabia que iríamos fazer isso essa noite.

- Mas isso é impossível, conversei com ele ontem mesmo antes da invasão, só se ele tivesse ido a 150km por hora pra poder chegar a tempo de estragar um plano tão perfeito. Fora que ele foi o primeiro responsável por termos as ações, Taehyung lá foi uma sorte que custou um pouco caro.

- Não sei se o senhor está entendendo a gravidade do que aconteceu, como explica tudo isso?

- Não somos amadores. - Charlie fez um gesto para que saíssem de perto dele e se levantou. - Ele é bilionário, deve ser seus contatos, mas acho que não por muito tempo. Taehyung está com menos da metade de sua fortuna, não há como sustentar multinacionais sem renda, então logo mais ele fechará as portas e é claro que vai usar todo o resto do dinheiro que tem para caçar quem machucou sua querida família e pagará uma boa recompensa pela irmã.

- Guarde o que está dizendo, Charlie.

...

Após três dias, Taehyung já estava fisicamente melhor. Seu corpo doía menos, seus ferimentos estavam quase cicatrizando e os hematomas bem mais leves. Jimin já tinha retornado para cidade, já que precisava atender alguns casos, mas havia dado todo suporte possível para o amigo enquanto pôde, mas o empresário estava com sangue nos olhos para descobrir quem havia feito aquilo e sempre sentia seu coração palpitar ao lembrar que sua irmã ainda era refém em algum lugar na cidade.

- Isso é incomum. Sem ligações, SMS, o que estão esperando? Está fora do padrão. - Taehyung estava em seu escritório junto a Kim Jennie, a melhor detetive de Seul.

- Se você ainda não sabe, então quem dirá eu. Isso está me matando.

E de fato, Taehyung foi obrigado a mandar centenas de funcionários embora, fechar filiais por um tempo e operar com o mínimo possível. Em uma três dias, ganhou olheiras profundas, sua barba já estava grande e ele se quer se importava em usar roupas bonitas.

Havia bebido tanto que seu estoque de uísque já estava acabando. Ficou agradecido por Jennie ajudá-lo, afinal eram amigos da época do colégio, mesmo com a distância não se importou em ajudar o velho amigo.

[ᴘᴀʀᴀᴅɪsᴇ] • ᴊᴊᴋ + ᴋᴛʜOnde histórias criam vida. Descubra agora