Essa era a prova que eu precisava.
— É muito estranho os horários estarem editados, e a única pessoa que saiu e entrou da sala com um pendrive foi a Duda. — Digo, e, sem pensar, corro escada acima. Entro no quarto dela, vendo-a remexer desesperada em uma gaveta ao lado da escrivaninha.
— V-você não pode entrar sem bater... — Duda tenta argumentar, mas sua voz sai fraca, pálida de nervosismo. Era óbvio que estava escondendo algo.
Ela leva uma das mãos para trás das costas, mas não desvio o olhar. Logo, todos os outros entram no quarto, acompanhando a cena.— Entregue o pendrive. — Cruzo os braços, dando um passo à frente.
— Q-que pendrive? — Ela gagueja e empalidece ainda mais, tentando esconder o objeto.
— Certo, se não devolve por bem, vai ser por mal. — Digo, empurrando-a contra a parede. Heloísa rapidamente pega o pendrive da mão dela, mas Duda tenta reagir, desferindo um tapa em Heloísa.
Logo ouço passos apressados, e Isabella aparece. Sem hesitar, ela acerta Duda com um chute, forçando sua cabeça contra a parede.
Essa é a minha mulher.— Juro por tudo que é mais sagrado, se você tocar em qualquer um deles de novo, eu acabo com você. — Isabella se agacha, mantendo um olhar feroz enquanto encara Duda de perto, até Nella intervir para separar as duas.
Peguei o pendrive e, sem perder tempo, voltei para o lugar onde estávamos analisando as gravações. Heloísa logo conectou o pendrive, e, finalmente, tudo começou a fazer sentido.— Viu? Ela é apenas minha prima, estávamos conversando sobre a mãe dela. Eu não beijei ninguém, só pareceu assim pelo ângulo da câmera. Dá pra ver que estávamos a mais de um metro de distância.
— Espera... — Heloísa murmura, apontando para um detalhe fixo na imagem, com expressão chocada.
Ficou claro.
Duda tinha drogado Isabella.Troquei olhares com os outros por um breve instante; parecia que todas as peças do quebra-cabeça haviam se encaixado. Eu estava esgotado dessa garota, sempre atrapalhando e fazendo mal a Isabella. Isso não podia continuar.
Fui até o jardim onde Duda andava de um lado para o outro, inquieta, como alguém prestes a confessar um crime.
A raiva subiu dentro de mim, meu sangue ferveu, e minha visão ficou vermelha de ódio.
— Gustavo, espera! — Ouço a voz de Heloísa, mas já é tarde. Seguro Duda pelos braços, empurrando-a contra a parede.
— Que droga foi essa?! Você achou que esconder o pendrive mudaria alguma coisa? — Minhas palavras saem em um rosnado, os dedos cravados no braço dela.
— E-está me machucando... — Ela murmura, e percebo que estou apertando demais. Solto-a bruscamente.
— Você teve sorte. Mexeu com a pessoa errada, Duda. Eu devia acabar com você agora, mas vou te dar uma chance. Quero que suma da nossa vida e nunca mais apareça. Se não, ou te levo pra delegacia ou resolvo isso eu mesmo. — Sinto Lucas me puxar para longe.
— Cara, respira. Se encostar nela, quem vai preso é você! — Ele fala, mas minha mente estava um borrão, consumida pelo ódio.
Então vejo Pedro Henrique se aproximar de Duda, o rosto dele rígido de raiva. Ele deve ter visto o vídeo também. Ele a puxa para fora da casa, jogando todas as coisas dela no gramado.
— Drogar minha irmã? Você nunca passou de uma aproveitadora, pulando de grupo em grupo porque ninguém te quer por perto. Se tocar em alguém da minha família de novo, eu transformo sua vida num inferno. — A voz de Ph era dura, mas ele disse tudo o que eu também queria ter dito.
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Entre luxos e simplicidade.
Fanfiction"Entre luxos e simplicidade" é uma história emocionante sobre amor, diferenças e a coragem de ser quem você realmente é. Uma jornada inesquecível, repleta de reviravoltas e paixão. Ela era a personificação da delicadeza, uma jovem da alta sociedade...