Nosso reencontro

Meu

* Não sou escritora de mensagens de texto, ou seja não vou escrever assim. A maioria das conversas a partir daqui, foram em mensagens e eu transformei em um diálogo pessoalmente. *
* Não corrigido*

Hoje eu acordei cedo, hoje eu fui para a academia, hoje eu me dediquei um pouco mais a minha pessoa. Estou em baixo da agua quente do chuveiro, ela toca minha pele e limpa qualquer resquício de crueldade que eu tenho com meu corpo. Hoje eu me sinto um pouco melhor do que ontem. Hoje eu tento um pouco mais ser boa comigo. Domingo um dia que eu seria capaz de socializar normal mente com Amanda. Meu humor está bom, o que significa que ir trabalhar me parece gostoso. É um dia bom, ontem a noite quando cheguei em casa, dei mais um passo para meu jeito de conquistar o Guilherme, segui ele no Instagram. E ele seguiu de volta então eu preciso apenas de um momento certo para puxar conversa.
Saio de casa sem me prolongar muito, faço meu trajeto normal até o trabalho, só que dessa vez um pouco atrasada. Quando passo pelo banca do Aladim só vejo Guilherme e dou apenas um bom dia, ele retribui com um sorriso no rosto. Que faz meu dia melhorar dez vezes mais. Quando chego na minha banca Gabriel já limpou a loja, ele me encara.
- Des de quando você se atrasa? - Ele diz zombando da minha cara, isso realmente não acontece com frequencia.
- Eu estou de bom humor, me arrumei cantando e pulando. Certeza que Amanda vai me dar um sermão mais tarde. E bom dia para você também. - Digo rindo e dando pulinhos.
- Bom dia besta, o que te deixou com esse humor? É um domingo.
- Só deus sabe o motivo, eu só acordei assim. - Digo na ironia.
A realidade é que eu sei a verdade, bem vindos a minha hipomania, ela vai durar alguns belos meses se os deuses quiserem. Mas geralmente são três, explicando por cima, é a época em que meu cérebro decide trabalhar por dois, é uma eletricidade enorme e um felicidade que quando acaba me derruba. Mas história para outro dia. Digamos que eu me torno uma pessoa que jura que é o super-homem. Me acha a pessoa mais bonita do mundo, meu narcisismo toma conta de mim boa parte do tempo. E eu amo essa fase, por que nada me abala. Poderia ser rejeitada pelo Guilherme e eu não sentiria dor alguma. Mas no caso isso me faz sentir que eu vou ter ele a todo custo. E pensando nisso é que faço o próximo passo.
- Vou pegar café, quer? - digo já me indo para fora da banca.
- Hoje eu tomei meu café da manha. Então não precisa. - Ele diz rindo . - Vai lá eu cuido aqui.
Antes de ir pegar o café vou em pulinhos até a baca da Denise que fica na minha frente.
- Bom dia princesa, como você está?
Ela estreita os olhos e ri.
- Bom dia bagunceira, querendo ir para casa dormir e você aparentemente está bem.
- Eu estou completamente bem. Vou lá pegar meu cafezinho. Até depois.
Denise geralmente não pega café então não ofereço, eu sei que ela pediria se quisesse. Mas tem uma pessoa que eu vou oferecer, eu sou uma bela criança indo comprar doce na loja da esquina, meu passo se torna uma dancinha quando eu paro na frente na banca do Aladim e encaro Guilherme.
- Você bebe café? - Digo abrindo um sorriso e ele me encara com as sobrancelhas franzidas, pensa em um homem bonito. A ele vai ser meu.
-Tomo sim, por que?
- Aproveite eu nem sempre pago café assim do nada, vou buscar um para mim, quer? - digo felizinha e ele ri, ódio dessa risada ela precisa ser minha.
- Vou aceitar já que você vai pagar. - O som da voz dele, precisa ser minha.
- Café de verdade ou você quer leite?
- Por favor café de verdade. - Ele diz rindo, já falei que essa risada precisa ser minha?
- Certo, já volto então.
Eu me retiro e faço todo o processo para ir pegar os cafés e eu marco um ponto para mim, esse garoto vai ser meu. Ele esta se tornando uma obsessão e eu sei disso, mas estou me sentindo otima com isso quando volto para o corredor da banca ando com cuidado. Eu vou até a banca dele para entregar o café. Ele está sentindo com suas roupas pretas, eu abro um sorriso assobiando chegando nele. Ele me encara e sorri no mesmo estante. Maldito sorriso, malditos olhos verdes, eu poderia mergulhar neles e me afogar, esse garoto vai me destruir.
- Seu café de verdade e sem açúcar. A Terra agradece. - digo indo até ele
Ele ri, é uma risada tao linda, ela precisa ser minha.
- Café com leite é complicado mesmo. - essa voz precisa ser minha.
- Assim não que eu tenho te stalkeado e bem o Vitor falou sobre os gatos também. E eu precisei ver as fotos deles. E meu deuses eles são lindos. - Digo com um sorriso de orelha a orelha.
- Eles são meus amores, é uma gracinha.- ele diz com um sorriso de canto. Eu preciso dele. - Vitor disse que você tem uma.
- Tenha na casa da minha mãe, em outra cidade. Morro de saudade dela. Infelizmente não posso ter aonde eu moro.
- Deve ser triste ficar sem sua gata, não sei como viver sem os meus. - Ai homens que amam gatos.
- São três né? Sinto falta de ter gatos por perto.
- São sim, um dia se quiser você pode ir ver eles.
Deuses esse garoto já é meu e ele vai destruir meu coração, eu sei que vai.
- A gente pode marcar isso ai, eu adoraria conhecer seus gatos. - Digo com um sorriso torto. E me viro para minha banca que tem alguns clientes. - Eu vou voltar para lá, antes que o Gabi me mate. Beijinhos
Digo saindo em pulinhos, ele me da um sorriso e um tchau e eu volto ao trabalho.