"Nosso amor é lindo de se ver
Meu azeite de dendê
Mais bonito que os corredores do Louvre
Quente como o sol de Saint Tropez
Me derreto em você
Perdição como a noite em Moulin Rouge"
(nada do que eu escrevo aqui condiz com a realidade, é apenas...
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Na vila olímpica, Rebeca recém saia do banho quando escutou batidas na porta. A mulher calçou sua pantufa e foi abrir, vendo a imagem de Julia com algumas sacolas em mão.
— Garota, o que é isso? Saqueou um supermercado?
A mais nova entrou sem pedir licença, deixando as sacolas na mesinha de centro amadeirada perto da cama.
— Saqueei a cozinha da vila, serve? — Julia riu. — Dizem que não é muito boa, mas é o que temos pra hoje.
Rebeca abriu sacola por sacola, tirando alguns biscoitos, guloseimas e sucos de dentro. Ela franziu o cenho, vendo a qualidade duvidosa dos alimentos. Nem a pau que ela comeria aquilo.
— Eu não vou comer isso aqui não. Esse suco parece resto de vômito, Ju. — Rebeca pegou uma das garrafas na mesa e apontou pro líquido amarelado.
Julia gargalhou, concordando com a cabeça. —Parece mesmo. Quer pedir uma pizza?
— Por favor! Deixa essas besteiras ai pra Flávia que come de tudo.
Enquanto esperavam a pizza chegar, as duas amigas compartilhavam experiências do ciclo olímpico. Rebeca tentava acalmar e dar algumas dicas pra Julia que estava nervosa por estrear nos Jogos Olímpicos.
— Tenta não colocar muita pressão em você mesma, Ju. — Rebeca, que já tinha adquirido um certo conhecimento, aconselhava. — Fica calma, você sabe o que tem que fazer.
Julia ouvia atentamente, admirada com a maturidade que a amiga tinha com apenas 25 anos.
— Me dá um medo de chegar lá na hora e falhar. Foi assim com você?
— Isso é normal, é a sua primeira experiência. Em Rio 2016 eu também sofri com a pressão de estrear nas olimpíadas. Mas você treinou pra isso, vai dar tudo certo. — Rebeca garantiu, segurando a mão da mais nova.
Soares sorriu, retribuindo o carinho e concordando com a cabeça.
— Ouvir isso de você significa muito pra mim. Obrigada, Rebe.
