✨ DESPEDIDAS E PROMESSAS ✨

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CAPÍTULO – 5

S/n

O tempo parecia escorregar entre meus dedos, e mesmo com o cansaço acumulado, o sono não chegava. Eu me perdi nos meus próprios pensamentos, lembrando das risadas com Jack, da forma como ele sempre conseguia fazer as coisas parecerem mais leves. Mas a alegria que eu sentia era ofuscada pela ansiedade em relação ao futuro.

As imagens da formatura começaram a surgir na minha mente. A cerimônia, as roupas que escolheriam, as pessoas que estariam lá... Mas, mais importante, a conversa com minha mãe sobre a Coreia. Fiquei imaginando como eu diria que estava considerando deixar tudo para trás, minha vida em Londres e os momentos que construí ao lado dos meus irmãos. Não era apenas uma viagem; era um recomeço.

Levantei-me da cama e fui até a janela, observando as luzes da cidade do alto. Londres estava viva, mas eu me sentia como um barco à deriva, sem um rumo certo. Ouvia o murmúrio da cidade, a agitação que contrastava com o silêncio do meu coração. O que eu realmente queria? Era difícil de responder.

Peguei meu celular novamente, rolando pela conversa com Jack. Ele sempre parecia saber o que dizer para me deixar mais calma, mas eu sabia que não poderia depender dele para tomar essa decisão. Eu precisava encontrar minha própria resposta.

Decidi que o melhor seria me distrair um pouco. Peguei um livro da prateleira e me acomodei na cama, na esperança de que a história me transportasse para longe dos meus próprios dilemas. As palavras se desenrolaram, mas, mesmo assim, não consegui me desligar completamente. O que Jack havia dito sobre estar lá para mim ressoava em minha mente, como um eco persistente.

Com um suspiro frustrado, fechei o livro e olhei para o teto novamente, pensando em como poderia compartilhar com Jack a confusão que estava sentindo. Ao mesmo tempo, sabia que ele também tinha sua própria vida e desafios. O que eu esperava dele? Conforto? Orientação? Ou talvez algo mais?

O sono finalmente começou a se aproximar, e eu deixei que meus olhos se fechassem. Com as preocupações ainda dançando na minha mente, respirei fundo e deixei que o cansaço tomasse conta. Amanhã seria um novo dia, e talvez a luz da manhã trouxesse clareza para minhas dúvidas.

E então o grande dia chegou. Era domingo de manhã, e, estranhamente, acordei tão zen, tão leve. A sensação era quase surreal, como se o universo estivesse conspirando a meu favor. Acho que realmente precisava sair e me distrair, mas logo a ansiedade começou a se apoderar de mim. Ao olhar para o calendário na minha escrivaninha, percebi que a data da minha formatura se aproximava, e uma onda de nervosismo percorreu meu corpo.

Levantei-me da cama, me espreguiçando e permitindo que os músculos se alongassem, enquanto o sol, com sua luz radiante, entrava pela persiana mal fechada, fazendo com que eu esfregasse os olhos com força. Um bocejo profundo escapuliu, e fui em direção ao banheiro, onde liguei a ducha e deixei a água quente escorrer sobre mim. O vapor começou a encher o espaço, e eu respirei fundo, tentando deixar para trás qualquer ansiedade acumulada.

Depois de um banho relaxante, vesti uma roupa confortável, optando por algo leve e arejado que me permitisse movimentar-se livremente. Desci para a cozinha, ansiosa para preparar meu café da manhã. Ao abrir a geladeira, retirei os ingredientes com um sorriso no rosto. O ritual de fazer café sempre me acalmava.

Preparei um café forte, deixando o aroma encorpado preencher o ambiente. Enquanto isso, misturei a massa para as panquecas americanas, adicionando mirtilos e framboesas frescas, e reservei um punhado de morangos picados para enfeitar. Um fio de mel e uma leve polvilhada de açúcar finalizariam o prato. Assim que a primeira panqueca começou a borbulhar na frigideira, o cheiro doce começou a invadir a cozinha, trazendo à tona memórias de outras manhãs alegres.

Eu AMO você, mas eu [não] preciso de VOCÊ?Onde histórias criam vida. Descubra agora