Quinze anos atrás, ajudei a colocar meu sequestrador atrás das grades.
E evitei os eventos do meu passado traumático. Eu vivi uma vida feliz com minha esposa.
Até o temido telefonema.
Jeon Jungkook está em liberdade condicional.
Jeon Jungkook...
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Jimin
Como diabos acabei assim de novo?
Amarrado na escada como um bichinho de estimação travesso com um cinto em volta do pescoço. Fazia anos desde que eu estive acorrentado assim. Anos desde que qualquer coisa, exceto uma gravata, esteve em volta do meu pescoço.
E meu batimento cardíaco acelerado me assustou.
Por que me senti animado com isso?
Era degradante ser um homem adulto, tratado dessa maneira, mas ele prometeu não machucar Minjin se eu fizesse o que me mandava. Ele me deu uma camiseta branca, mas não permitiu que eu usasse cueca. A sensação familiar de ser um nada penetrou nas minhas juntas e se espalhou pelos meus ossos. Ele me prendeu da mesma forma quando me manteve cativo antes.
- Pronto, pronto. - Ele passou os dedos pelo meu cabelo. - Agora que você está todo amarrado, sei que ainda estará aqui quando eu me levantar. Seja um bom bichinho de estimação e fique enquanto eu vou para a cama.
- Você não pode me deixar aqui - protestei.
Algo que parecia muito próximo da decepção floresceu em meu peito.
Pensei que ele iria me foder aqui mesmo na escada, e meu pau meio duro já estava para baixo com a ideia.
- Achei que o ponto principal do nosso acordo era que você tinha que fazer exatamente o que eu dissesse.
- Mas... - Mordi minha língua antes que eu pudesse mostrar a ele minha vontade.
Nada de bom poderia resultar disso. Ele já estava se safando de tanto.
- Mas o quê? Precisa de algo? - Sua mão caiu na minha coxa nua e desapareceu sob a camiseta.
Ele roçou meu pau levemente com a ponta dos dedos, e meu pau latejou.
Separei minhas pernas.
- Diga-me.
Balancei minha cabeça.
- Vá para o inferno.
Ele riu.
- Por que você é tão rápido em me mandar para o inferno quando só vai me seguir até lá?
- Você...
A boca de Jungkook colidiu com a minha boca e, como uma barraca barata, dobrei-me, abrindo-me para sua língua guerreira. Mas eu já havia acenado com a bandeira branca. Seu beijo foi punitivo, contundente, e gemi em sua boca, meu corpo se esticando em direção ao dele em submissão. Seus lábios teciam sua magia enquanto as memórias se libertavam, trazendo familiaridade com seu toque.
E então ele se foi.
Seus lábios eram um fantasma que permanecia enquanto seus passos ecoavam escada acima. Ele não podia estar falando sério sobre isso. Ele não podia me deixar amarrado na escada.
