Joca 🙌🏼
Coronel: Aquele desgraçado, mandado do caralho. - Praguejou tomando um gole do seu whisk puro. - Vou te mandar pra rua de novo, com escolta, na hora que te encurralarem, os filha da puta vai ser pego. E vai todo mundo abrir o bico, ou então vai todo mundo levar pipoco nessa porra.
Joca: Porra Coronel, se esses cara me pegar, eles tão na maldade pô, vão me matar. Minha coroa não pode me perder não padrinho, papo reto!
- Fui sincero e ele fechou a cara me olhando, franzindo as sobrancelhas.
Coronel: Aprende a confiar, moleque. Se liga, tu entrou no crime de peito aberto, vejo potencial em tu pra caralho, não ia colocar em risco em perder meu melhor soldado coe. - Sorri de lado.
Argentino: Cadê o Thiago? - Questionou olhando um dos soldados ali presente.
Butico: Cunhada passou mal, Letícia foi parar no hospital. - Contou e o Argentino torceu o bico, pegando o celular e perguntando se o Coronel tinha ficado sabendo.
Coronel: Tô ligado, Diana e a Isis foi lá ficar com ela, Juan tá passando dos limites.
Juan é o filho da Letícia e o Thiago, papo de ter 16 anos e é um pé no saco querendo entrar pra hierarquia.
Isís 🌪️
Juan: Ô porra mãe, já te falei que não fiz nada pô. Não roubei ninguém, e nem entrei em esquema nenhum, eu tava só com o cigarro no bico! - Afirmou olhando minha Dinda, que riu irônica. - Aí fica difícil cara, tu só desconfia, tô dando minha palavra pra tu coroa.
Thiago: Olha o respeito moleque, tá falando é com tua mãe, né com teus parceiro de rua não. Vou quebrar tua boca Juan, não perde por esperar. - Apontou na cara dele, que franziu a sobrancelha, mantendo a postura. - Tua mãe foi parar no hospital cara, tá todo mundo de saco cheio já das tuas palhaçada pô, já te dei o papo que com 18 tu entra pra essa porra se merecer, tu tem 16 ainda.
Olhei para o rosto de todo mundo ali na sala, tio Thiago com a expressão de quem iria matar o Juan, Dinda Letícia parecendo que ia desfalecer novamente e minha mãe sem saber quem iria acudir.
Letícia: Vocês vão me matar! - Suspirou e saiu da sala, subindo pro andar de cima.
Thiago: Eu vou sair, vou buscar uns bagulho pra tua mãe. Pensa pô, em tudo, e eu vou te dar um último aviso, se eu te pegar com maconha no bico de novo, eu acabo com a tua raça e te mando pra longe do morro. - Juan só balançou a cabeça concordando e o tio Thiago saiu batendo a porta.
Minha mãe subiu pra ver minha dinda e eu ri da cara que o Juan tava.
Isís: Da muita bola fora cara, aprende a virar gente. - Ele me mostrou dedo se jogando no sofá, e eu me joguei do lado dele.
Juan: Tá maluco, maior sufoco quando meu pai me viu fumando pô, do nada o velho parou na minha frente lá no beco. Ainda bem que eu tava sozinho, se não os moleque tinha levado apavoro também. - Concordei com a cabeça. - Não vejo a hora de fazer 18 e entrar pro movimento.
Isís: Se continuar assim, com 18 teu pai te coloca internado em uma clínica longe de todo mundo. - Ri sarcástica e ele puxou uma mecha do meu cabelo.
Juan é meu melhor amigo, crescemos juntos, sempre estamos juntos, e eu confio muito nele. Apesar de nem sermos primos de sangue, ele é mais pra um irmão pra mim.
Joca: Ou! - Escutei a porta abrir e olhei, vendo o Joca parado lá, olhando pra gente. - Teu pai mandou vim ver como vocês estão, e se tá precisando de alguma coisa.
Isís: Tá tudo bem. Não precisa de nada não. - Respondi natural e ele balançou a cabeça.
Juan: Ô Joca. Tu viu se meu coroa saiu do morro? - Joca negou com a cabeça e deu de ombros.
Diana: Oi, Joca. Tudo bem? - Questionou descendo as escadas e ele sorriu pra minha mãe, ele vive de sorrisinho pra ela, só porque ela vive lembrando dele. - Entra, eu pedi pizza.
Joca: Pô Diana, melhor não. Coronel mandou eu aqui só pra ver se tavam precisando de alguma coisa. - Minha mãe fez uma careta e negou com a cabeça, insistindo pra ele entrar.
Diana: Depois eu e ele se resolve, entra. - Chamou novamente e ele entrou, sentando na outra ponta do sofá.
Ajeitei minha postura, já que eu tava toda largada e dei um sorriso de lado pra ele, que só acenou com a cabeça.
Isís: Pediu pizza, mãe? - Ela concordou com a cabeça e deu a volta no sofá, sentando do lado do Juan.
Diana: Sim, o clima tá muito pesado, vamos aliviar comendo pizza. - Sorriu de um jeitinho meigo, o que ela sempre teve, desde que me entendo por gente. Minha mãe é muito tranquila, minha vida.
"Vamos comigo numa festa? Júnior chamou, os pais dele viajaram e deixaram a casa de boa."
Li a mensagem da Maressa, e animei de ir, não tava muito afim de ficar em casa mesmo.
Isís: Mãe, eu posso ir em uma festa lá na pista? A maressa chamou, é na casa de um colega dela.
- Pedi fazendo um biquinho e ela franziu a sobrancelha. - Por favor! Eu volto pra casa a hora que você der.
Diana: Pede teu pai, é com ele que você precisa resolver sobre esses passeios seus. - Continuou me olhando e eu suspirei, acreditada que meu pai não iria deixar.
Peguei meu celular e disquei no número dele.
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Coronel: Oi, minha princesa? Tudo certo?
Isís: Sim, papai. Eu queria te pedir, hm, se eu poderia ir em uma festa lá na pista. A minha amiga Maressa, aquela que eu te disse aquele dia, me chamou. É na casa do amigo dela, eu posso ir?
Coronel: Porra Isís, se o Joca te levar tu vai, bagulho é que eu quero localização e aviso de que está bem, sempre que eu pedir, beleza?
Isís: Uhum!
Coronel: Até 04:00 em casa, passou disso e não chegou, tuas graça na rua acaba. É pra ir e voltar com o Joca!
Isís: Obrigada meu lindo, te amo!
Coronel: Te amo.
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Eu sabia que ele estava chateado, mas eu fiquei feliz que ele deixou.
