Ele é um Ex coronel da BOTE
Ela uma enfermeira a procura de um emprego
Um homem totalmente ferido peles pessoas que amava, começa a amar novamente. Mas será que irar aceitar esse novo amor.
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Capa por: @fablecherries
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-- Como você está?— Pergunta, sentando-se à minha frente, enquanto coloco um pouco de suco para mim.
Solto, a respiração em uma bufada, olhando por um tempo para o nada, pensando no que responder. Como estou bem?" é a pergunta que mais ando ouvindo sendo direcionada a mim. Olho para o homem à minha frente e sorrio de lado, mas quando iria dizer algo, ele toca minha mão em cima da mesa, apertando de leve.
-- Eu ainda me lembro quando mente, o seu pequeno tique. – Dou risada baixa e nego. – Eu quero a verdade, sem esse sorriso encobrindo o que realmente esconde. Sabe que pode contar tudo para mim. Sempre fui um bom ouvinte. – Deu de ombro se gabando.
-- Lembro bem. – Sorrimos. -- .... Sinceramente? Estou cansada... Do que? Não sei, mas me sinto assim. – Suspiro, olhando para o meu copo. – Não aconteceu nada que me deixe realmente com trauma, mas... Me sinto como se houvesse, como se aquelas surras que recebi fossem algo que me marcasse mesmo. – Sinto meus olhos lagrimejarem. – Eu posso perder o meu filho para algo que eu provoquei, isso que está me matando, sabe. – Sorrio de lado.
-- Não foi culpa sua, Bruna. – Seu aperto aumenta.
-- Eu deveria ter ficado quieta, mas acabava falando mais do que deveria e ele descontava sua raiva. Muitas vezes a palavra filho vinha em meus pensamentos, mas deixei de lado e fazia o que queria e recebia em troca uma facada na coxa que está doendo para caramba, estou fazendo o possível para não mancar na frente dos outros, para não os preocupar, mas sei que nunca mais andarei como antes, perdi muito sangue na região da perna, então... – Dou de ombro.
Posso perder o meu emprego por isso, quer dizer, não totalmente, mas farei coisas básicas, não aquilo que amo de fato fazer.
-- Por isso que estranhei você andando que nem o velho do Thompson. – Acabo dando risada ao lembrar de quem ele estava falando.
Era um senhorzinho que tinha a perna uma maior que a outra, e o mesmo andava de um jeito que o deixava para cima e para baixo ao mesmo tempo. Max o apelidou de tá fundo da tá raso.
O pobre coitado odiava quando o Max o chamava assim, mas sabia que não era por maldade, éramos crianças e ficávamos curiosos por que ele estava andando daquele jeito.
-- Nem me lembre dele. – Rimos, mas fico séria. – Sua cara que estou andando assim. – Resmungo.
-- Talvez exagerei. – Comenta. – Mas sabe, coloque no pensamento que você está aqui, que seu filho, que todos estão falando que é menina, está bem e que não irá desistir agora que conseguiu sobreviver ao pior. Mesmo que você fique com uma pequena mobilidade na perna, ainda vamos amar você independente de tudo, porque amamos quem você é, não o que você oferece. –
-- Está virando um ótimo conselheiro, Max. – Falo e o mesmo pisca.
-- Roubaria você do velhote, mas infelizmente você já o ama. – Revira os olhos. – O velho chegou. – Sorri. -- ....... Apesar de brincar, me manter afastado, por respeito ao Murilo.... Ainda gosto de você. – Diz, olhando para o nada. – Nunca deixei de gostar, na verdade. – Sorri, triste.
-- Max...— Tento, mas o mesmo me corta.
-- Não, tudo bem. -- Me olha e suspira. – Quando fui embora, sabia o que viria com isso e estou vendo que realmente aconteceu o que pensei e sabe? Apesar de sentir triste e com o peito apertado por perder a mulher que sempre foi a minha melhor amiga, que eu era apaixonado bem antes de nos envolver, fico feliz que tenha encontrado alguém bom para você, alguém como o Murilo, que sei que irá cuidar de você, fará de tudo por ti. – Sorri.
-- Por que nunca me contou? Nunca disse nada quando nos envolvemos. – Dá de ombro.
-- Ah, sei lá. – Sorri de lado. – Eu era o nerd magrelo e você era a garota que todo mundo gostava. Achei melhor não comentar nada com você. – Respiro fundo.
-- Ah, Max. – O encaro.
-- Por favor, não me olhe assim, irei me sentir mais deprimido. – Faz bico e rimos. – Está tudo bem, quem errou fui eu. Achei que a minha princesa encantada iria esperar por mim, e fiquei de xeraca. – Revira os olhos pelas suas expressões.
-- Você tem que parar de falar essas coisas, é um policial. – Faz careta.
-- Só prestou atenção nisso? Que tipo de melhor amiga faz isso? – Revira os olhos.
-- Não prestei atenção somente naquilo. – Me encara. – Eu gosto de você, Max, amo você. Foi o meu, é o meu melhor amigo e nunca irei esquecer nada do que vivemos, do que fizemos um pelo outro, mas eu acabei amando, estou amando outra pessoa e espero de todo o meu coração que conheça alguém tão maravilhosa quanto você. – Sorrio e ele faz o mesmo. – Você merece todo amor e carinho do mundo. – Ele confirma.
-- Isso é verdade! Porque puta, merda. O tanto que levei de porrada no rabo por achar que eu estava envolvido nessa merda toda e não o Samuel, minha filha. – Nega arregalando os olhos. – Fiz nada e estava tomando. – Faz careta. – É isso, os verdadeiros sabemos quem são. – Faz o seu típico drama. – Nem me pediram desculpa, cê acredita? –
-- Acredito. – Rio, e aperto a sua mãe e antes de falar qualquer coisa, ouço a porta sendo aperta e logo Murilo aparece aqui e olha para nós dois, vendo nossas mãos juntas e arqueia sobrancelha.
-- Pode soltar, Maxon. – Manda e um pequeno cachorro vem correndo. – Mandei você ficar no quintal. – Por que ainda não soltou a mão da minha mulher, engomadinho? –
-- Voltou muito rápido, hein. Ficou com medo de perder? – Pergunta soltando minha mão, zombando do seu chefe.
-- Tenho algo que você não tem, Max. – Sorri de lado e se abaixa dando um beijo na minha cabeça, achando que iria falar algo fofo. – Um pau grande. – Acabo dando risada com aquilo. -- Pode contar para ele, querida. – Se gaba.
-- Que nojo. – Max faz careta e se levanta. – Viu? Estou ficando de xereca novamente. – Pega o bebê do coloco do Murilo e sai.
-- Tudo bem? – Me dá um selinho e confirmo. – Vem, tenho que te mostrar algo. – Pega em minha mão. – Você não comeu nada, né, mocinha? E também anda do jeito que está andando, sei que sente dor. – O encaro.
-- Tem escuta na casa mesmo?—Pergunto surpresa.
-- Tem. – Confirma, e antes que diga algo, faz primeiro. – Mas não ouvi a conversa de vocês. Notei que soltava pequenos gemidos de dor enquanto mexia a perna dormindo. – Me olha e sorri de lado. – Eu disse, meu amor. Sou um bom observador. – Pisca e para na frente de uma porta. – Na verdade, mostrar alguém. – Abro e entro, arregalando os olhos vendo o Vinicius na cama machucado e desmaiado, pelo que parece.
Me aproximo rápido, fazendo careta pela dor na perna e mais ainda quando chego perto dele e sinto o cheiro de bebida, maconha e odor vindo dele. Me viro para Murilo.
-- Encontrei ele próximo de um beco. Eu e os outros estávamos indo comprar algumas coisas quando o encontramos, nem nos reconheceu de tão bêbado e drogado que está. – Olho de novo para o rapaz na cama e noto que estava com a mesma roupa de quando saiu do hospital.
-- Meu deus! – Vou para tocar nele, mas desisto. – Amor? Dá um banho nele para mim, por favor. – Faz careta. – Murilo! – Cruzo os braços, o mesmo suspira confirmando e vem até a cama.
-- Vai lá para baixo que já chamo. – O encaro. – Não vai ver ele pelado. – Cruza os braços emburrado.
-- Já vi ele pelado, meu bem. – Saio sem dizer mais nada e sorrio de lado.
Claro, foi da cintura para cima. Mas ele não precisa saber, não é mesmo?
Vou no nosso quarto e pego uma roupa do Murilo mesmo, sendo uma calça jeans e uma blusa regata para não ficar tanto em atrito com seus ferimentos.
Pego o kit de primeiros socorros que tem no banheiro no armário e volto para o quarto, ouvindo o chuveiro ligado e deixo em cima da cama, sorrindo ouvindo os resmungos do Murilo daqui.
Desci de volta do quarto e descendo as escadas, vendo somente o meu irmão brincando com o bebê Angel e o cachorro que não parava quieto.
-- Cadê os meninos?—Pergunto.
-- Tiveram que voltar para a delegacia. – Diz e o encaro, fazendo uma pergunta silenciosa? – O que? Eu não vou, sou o chefe. – Dá de ombro sorrindo.
-- Soberbo. – Comento e o mesmo dá risada.
-- Eu estou bem. Eu posso. – Resmungo. – Falando em posso. – Se levanta. – Posso levar ele lá em casa? Prometo que trago de volta ainda hoje. – Junta os dedos, fazendo o juramento que faz com seus filhos.
-- Tem cuidado. Vou preparar uma bolsa para ele e... – Me corta.
-- Pai comprou umas roupinhas. – Comenta e reviro os olhos. – Claro que comprou. – Vou indo para a cozinha. – Espera que eu vou pegar leite para ele, não chora com vocês. -- Falo alto o suficiente para escutar.
Abro a geladeira uns potinhos que têm próprio para isso mesmo, que guardo para o Murilo, já que Angel não deixa ele ficar tanto nos seios e coloco em duas mamadeiras.
-- De uma de cada, hein. – Me imita silenciosamente. – Coloque-o para arrotar e ...—Me corta.
-- Maninha? Eu sou pai de gêmeos. – Se gaba.
-- Claro que é. – Dou risada e dou um beijo na cabeça do meu pequenino que em tão pouco tempo me apego. – Até mais, pequeno. – Me afasto, sentindo meus olhos lagrimejar.
-- Eu, hein. Até parece que vou o sequestrar. – Me encara de relance.
-- Você que não volte com ele ainda hoje para você ver. – Ameaço brincando... Ou não.
-- Vamos, sobrinho e afilhado, antes que sua mãe me mate. – Diz saindo e o cachorro vai atrás.
-- Não falamos nada sobre afilhado. – Comento pegando o filhote que tentava ir até o meu irmão com o neném. – Ele vai voltar com o nosso menino, Lulu. – Falo o fazendo carinho.
-- Vou pensar. – Sai pela porta e fecha.
-- A gente vai atrás se for preciso, não é, amigão. – Sorrio quando ele lambe meu rosto, mas lembro o porquê realmente desci. – Você é para fora, se não Murilo pega nos dois. – O coloco no quintal e fecho as portas para ele não entrar e vou para a cozinha, pego uma travessa.
Nem mesmo me lembro o que vim pegar, acha que foi isso mesmo.
Subo novamente para o andar de cima; quando entro, noto Murilo um pouco molhado e encarando o Vini, que estava com os olhos levemente abertos. Me aproximo, vendo ele já trocado e limpo.
Assim que me sento na ponta da cama, ele me olha com um olhar baixo e vejo marejar, caindo uma lágrima, mas nada fala. Sorrio de lado para ele, levanto um pouco a blusa e começo a tratar os ferimentos.
Seus resmungos baixos de dor e tento fazer com mais cuidado ainda e, quando termino, toco na sua testa, vendo que estava quente.
-- Enche para mim. – Peço e entrego a travessa ao delicia.
-- Não...—Ouço Vini murmurar baixo.
-- Você vai ficar quieto, vou cuidar de você e depois vamos conversar. – O encaro seria.
Olhando para o corpo dele, vendo o estado que suas roupas estavam, está na cara que foi agredido e ele não fez nada para impedir isso. Não sei se foi porque estava bêbado e drogado ou por não querer mesmo.
Os seus olhos tristes e seu choro no dia no hospital vêm à tona, sentindo meu coração se apertar por achar que talvez queira se ... Bom, já sabem.
Realmente, o irmão dele era o seu mundo; estava naquela vida por ele, e sem o mesmo aqui, para ele não tem mais sentido.
- Aqui, amor. – Estende com água para mim, mas segura quando iria colocar no chão e me abaixar.
-- Obrigada. – Beijo seu rosto e pego a toalha de rosto que ele estende para mim e molho, torcendo em seguida e colocando a testa do rapaz que estava começando a delirar, falando coisas desconexas.
-- Você olha para ele do mesmo jeito que olha para Karlos e Angel. – Diz o olho.
-- Eles somente são crianças e já sofreram tanto. – Olho para o garoto e estava tremendo e o cobro um pouco com o lençol. – O irmão dele era o mundo dele... Ele está perdido. Karlos também, perdido dentro de si mesmo, não sabendo como acordar para voltar e o pequeno anjo... Só é um neném que foi deixado pela vaca da mãe e que, graças a Deus, colocou uma delícia no caminho dele. – O encaro e o mesmo sorri.
-- Vamos cuidar bem deles, não se preocupe. Tudo ficará bem. – Garante e fico o olhando. – O que foi? –
-- Vamos cuidar deles? – Arqueio a sobrancelha e ele dá de ombro.
-- Não vão sair do nosso pé mesmo. – Dou risada negando. – Temos que cuidar deles.