Tudo calmaria e de repente TEMPESTADE em meu coração. Raiva. Medo. ANSIEDADE.
Um coquetel venenoso que lentamente corrói as entranhas do pobre sonhador. Minha arte é inútil. Podre. Podre.
Em desvairado sentimento, clamo o mais alto possível à todos que possam ouvir. Riam e apontem a desgraça deste pobre coitado, entregue ao DRAMA e ao que resta aqueles que não tem mais nada.
A ANSIEDADE corrói meus pensamentos de pouquinho e engole a naturalidade de minhas ações. Encurta a respiração e torna tudo mais difícil. Difícil de detectar ela se espalha e torna esses dias em insuportáveis.
RAIVA. MEDO. TEMPESTADE.
TEMPESTADE num copo d'água é o que eu faço. Pois em ausência de plateia, me afloro na inutilidade poética de meu texto e me arrependo de não poder ser mais útil. VALOROSO.
RAIOS e TROVÕES se espalham por entre nuvens embebidas em sangue. A gota da seiva do céu silenciosamente escorre em direção ao seu destino. Esquecimento.
A TEMPESTADE em águas calmas que crio se dissipa e deixa apenas um gosto amargo na boca e a sensação que tudo, tudo, logo, vai piorar.
T. M LOBO: "Criando alguma coisa onde não existe nada..."
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TEMPESTADE
Poetry"Raios e trovões se espalham por entre nuvens embebidas em sangue..." Um tolo poema, ou sei lá o que :3