O espião

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Os gritos eram a trilha sonora de todo aquele caos. O problema era que o medo, a angústia e a preocupação de Joyce Byers, Michael Wheeler e Harriett DeVoe eram bem maiores que a dor que o pequeno Will Byers estava sentindo. E todos aqueles doutores só podiam dar conta de um.

"Will, calma querido. A mamãe tá aqui. Fica calmo." Joyce corria com os maqueiros atrás daquela maca onde o seu garotinho chorava abraçado com o próprio corpo. Os maqueiros passaram o garotinho para a cama de um dos quartos e ele foi rodeado por médicas. "Situação?" "220 batimentos. Temperatura 45°."

"Will, onde tá doendo?" A doutora chefe perguntou ao garotinho na intenção de descobrir a fonte do problema. "No corpo todo!" Berrou se contorcendo de tanta dor. Sam Owens finalmente chegou ao centro do caos com uma tesoura na mão e usou para cortar a blusa do pijama dele.

"Procurem queimaduras." A chefe ordenou para as outras assim que a blusa dele foi rasgada, mas seu corpo estava totalmente limpo não contando com o suor absurdo. "Não tô vendo nada." Estranharam apalpando o tronco dele, mas a única coisa que sabiam de estranho era que sua pele estava muito quente.

"Com licença." Harriett saiu da sala onde tudo acontecia sem ninguém notar e voltou segurando uma mangueira pedindo passagem para chegar ao garotinho rodeado de médicos. "O que você tá fazendo? Se afaste do paciente." A doutora chefe tentou dispensar a menina a empurrando para trás.

"Deixa ela fazer." Owens, como chefe de toda a organização do departamento de energia atual, ordenou a médica vendo ela o encarar confusa, afinal se tratava de uma criança tentando usar um método estranho. "O quê? Mas-" "Apenas deixa. Ela sabe o que ela tá fazendo." Repetiu mais uma vez não dando chance para um debate afinal Will ainda sentia dor. A doutora soltou a garota mesmo confusa.

"Certo, Will, sua dor é interna e você tá suando muito." A menina se aproximou de Will e ele olhou para ela com ar de desespero pedindo sua ajuda sem falar nada. "Eu espero que isso funcione." Mordeu os lábios apreensiva.

Harriett abriu o fecho da mangueira e deixou jorrar água bem gelada em cima do corpo do garotinho. Molhou toda a extensão do corpo dele desde a ponto dos pés até seus fios de cabelo. Por incrível que pareça, o choro dele foi diminuindo aos poucos e ele pareceu realmente estar relaxando ao deixar escorrer toda aquela ducha gelada. Ela se lembrou que Will não queria tomar banho quente e sua casa estava muito gelada. Tudo o que ele precisava era do frio e aquele banho atuou como uma massagem num corpo dolorido.

"Tá funcionando?!" A doutora chefe franziu o cenho ao ver aquilo. Joyce deixou lágrimas escorrer pelo seu rosto realmente aliviada ao ver que não só a dor passou como o seu menino estava até sentindo o sono chegar de tão melhor que estava. "Está no caso, garota." Sam indagou fortemente orgulhoso do raciocínio da menina pousando a mão em seu cabelo.

"Está no caso."

[...]

"Aquela coisa fez alguma coisa com ele."

Oɴ𝕖 Sᴛ𝕖ᴘ Cʟᴏs𝕖ʀᵐⁱᶜ𝕙ᵃᵉˡ ʷ𝕙ᵉᵉˡᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora