Day two

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Harry POV

Louis era uma pessoa bastante difícil de conquistar. Mas eu estava em sua casa.

Na verdade, eu fiquei pois ele estava com pena e não atraído.

Isso não me impedia de fazer o menino baixo com rugas nos olhos se apaixonar por mim.

Ainda estava alojado no sofá e minhas costas doíam pelo lugar duro.

- Bom dia. - Ele falou, me acordando dos pensamentos.

- Hey. - Falei baixo, chamando sua atenção.

- Está tudo bem?

Me sentei no sofá deixando um espaço para ele. A vítima sentou-se ao meu lado e cruzou suas pernas, olhando para a televisão.

- Algumas lembranças.

Seus olhos azuis voltaram-se para mim e havia uma grande quantidade de pena estampada neles.

Louis fez um pequeno beicinho, para demonstrar estar triste e meu coração acelerou.

- Eu sou um incômodo para você, me desculpe. - Forcei-me para chorar. - Eu sou um incômodo para todos.

Algumas lágrimas falsas caíam de meus olhos e o menino me olhava assustado. Então, novamente, ele me tocou. Colocando suas delicadas mãos nas minhas costas e fazendo pequenos afagos no lugar.

Um arrepio percorreu o meu corpo e meu coração parou por alguns segundos. Eu queria beijar aquele menino, ali mesmo. Sem pudor, nem arrependimentos.

Respirei fundo e continuei com a pose triste.

- Você não é um incômodo.

Meus olhos brilharam com essa frase, mas eu simplesmente não podia deixar só por isso.

- Desculpe. - Sussurrei e fitei o grande tapete que havia no chão, as lágrimas escorriam com facilidade.

Eu estaria realmente triste... Se elas fossem verdadeiras.

- Eu estava cansado de ficar sozinho de qualquer jeito.

O pequeno menino soltou uma risada baixa, cobrindo sua boca em seguida. Virei meu olhar para ele e suas bochechas estavam rosadas.

Por que a vítima tem que ser tão adorável?

Deixei minha cabeça cair para trás e ela apoiou-se no sofá.

- Sabe... Se eu tivesse uma chance mudaria muita coisa. - Dessa vez não era fingimento.

Um silêncio se instalou por alguns momento, Louis não falou mais nada. Eu também não.

Então o pequeno menino levantou e andou em direção à cozinha.

- Louis. Tem uma coisa presa na sua bunda.

Ele balançou-a e por um momento pensei que minha sanidade havia sido jogada no lixo. Mas respirei fundo e me aproximei dele.

- Espere.

Tirei a fita que estava presa em sua calça e ele sorriu.

Seu sorriso é completamente adorável. O modo como seus olhos ficam minúsculos e aparecem as rugas abaixo deles.

Será que o Louis enxerga quando está sorrindo?

Sorri com o pensamento e balancei a cabeça para afastá-lo. Louis é uma vítima. Não penso isso de minhas vítimas.

Só penso em quanto quero matá-las logo, o quanto quero enfiar uma bala na cabeça dela ou uma faca em seu coração.

Eu não costumo decapitar as vítimas. Apenas com Taylor.

circus » larryOnde histórias criam vida. Descubra agora