Ligados pela Honra, Kim Namjoon.

Capítulo 19, Kim Nabi POV

Areum conseguiu passagem para um vôo dois dias depois. Eu estava totalmente emocionada. Não havia muito
tempo desde que tínhamos nos visto pela última vez, mas parecia uma
eternidade. Já estava ficando escuro lá fora quando Namjoon e eu
chegamos ao aeroporto.

Desejei que Areum tivesse conseguido um
vôo de manhã ou à tarde.
Desde o meu comentário que Namjoon mataria para proteger a
família, ele estava emocionalmente retraído; não que ele fosse um livro
aberto antes disso. Nós só interagíamos à noite, quando Namjoon me dava
prazer com as mãos e a boca, e eu a ele. Talvez se não fosse a visita
iminente de Areum, eu tentasse conversar com ele, ou até mesmo lhe
pediria para me mostrar onde ele trabalhava, mas ao invés disso eu lhe
dei o espaço que ele obviamente queria.

Namjoon estacionou o carro e
saímos. Ele não tentou pegar minha mão. Eu não achava que ele era o
tipo de homem que andava de mãos dadas, mas ele tocou a parte baixa
das minhas costas quando entramos área de desembarque do aeroporto.

— Tem certeza que você vai ficar bem com Areum hospedada conosco pelos próximos dias? 

— Sim. E eu prometi ao seu pai que iria protegê-la. É mais fácil fazer isso com ela em nosso apartamento. 

— Ela vai te provocar.

— Eu posso lidar com uma menina. 

— Ela não é fácil. Ela é mais nova do que eu. 

— Eu posso lidar com ela. 

— Namjoon, — eu disse com firmeza. — Areum sabe como apertar os
botões das pessoas. Se você não tem certeza absoluta de que pode
controlar a si mesmo, não vou deixá-la perto de você. 

Os olhos dele brilharam. Ele tinha estado no limite o dia todo.

— Não se preocupe. Eu não vou matar ela ou você nos próximos dias. 

Dei um passo para trás. De onde é que isso veio? Ele ficou com raiva por causa do que eu disse? Era a verdade; nós dois sabíamos
disso.

— Nabi!

Eu me virei. Areum correu em minha direção, deixando seu carrinho de bagagem no caminho. Nós colidimos quase dolorosamente,
mas eu a apertei com força.

— Estou tão feliz que você está aqui.

Eu sussurrei.
Ela assentiu com a cabeça, em seguida, puxou para trás, procurando o meu rosto. — Não há hematomas visíveis, — ela disse em voz alta, o seu olhar correndo atrás de mim em direção a Namjoon. — Você
só atingiu lugares que são cobertos por roupas? 

Segurei a sua mão e lhe dei um olhar de advertência.

— Pegue a sua bagagem, — Namjoon ordenou. — Eu não quero ficar aqui a noite toda. 

Areum olhou para ele, recuperou seu carrinho e voltou para nós.

— Um cavalheiro teria feito isso por mim.
 
— Um cavalheiro, sim.

Namjoon disse com um sorriso apertado.
Voltamos para o nosso carro, meu braço ligado com o de Areum.
Namjoon deu alguns passos à frente e sentou atrás do volante sem uma
palavra.

— Qual é o problema dele? Ele é ainda mais idiota do que eu me lembro. 

— Eu acho que os russos estão lhe dando problemas. 

— Eles não dão sempre? 

Areum colocou as malas no carro
antes que ambas se sentassem no banco de trás. Namjoon ergueu as sobrancelhas para mim.