Despair and explanation

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Nikolai mordeu os lábios interiores, o clima naquele quarto hospitalar está tenso, principalmente pelo assunto que está sendo discutido.

— Isso não bate, ela simplesmente sumiu com o Fyodor e nunca mais encontrei eles. — Afirma o homem pensativo.

— Bom, foi isso que sabemos por meio de Fyodor, que você morreu e ela tave que criar o Fyodor sozinho. — Afirma Dazai, ainda desconfiado.

— Se o senhor está mesmo dizendo a verdade, por que esperou todo esse tempo para vim atrás dele? — Questinou Nikolai, que até então está próximo a cama, para evitar que algo aconteça com o russo.

— Porque eu não sabia que eles tinham saído do país, eu simplesmente cheguei da faculdade e eles sumiram. Procurei por quase todo o país por eles, foi quando vi a notícia que ela foi presa e ainda usava meu sobrenome. Então vim de atrás pela guarda do meu filho. — Afirmou o homem, mostrando uma certa angústia no olhar. — Podem não acreditar, mas vim do aeroporto direito para cá. — Concluiu.

— Pera, faculdade? Quantos anos você tem? _ Questinou Osamu intrigado.

— 33, motivo pela pergunta?

— A mãe do Fyodor tem 32, teoricamente vocês tinham 15 quando o Fyodor nasceu né? — Disse o acastanhado, tentando juntar os pontos.

— Isso.

— Faz 14 anos que você não vê o Fyodor, né? — Disse o jovem japonês.

— Sim. — Disse se irritando com o interrogatório.

— Mas isso ainda não faz sentido, mesmo que ambas as versões tenham datas comuns, e partes parecidas, não dá só para confiar. — Disse Osamu inseguro com essa situação, mesmo que todos os fatores apontem que esse homem realmente é pai de Dostoiévski.

— Não me importo se não confiam em mim, preciso apenas conseguir a guada de Fyodor, e levar ele para Rússia. — Disse o homem seriamente.

Gogol arregalou os olhos no mesmo instante que ouvir "levar para Rússia". Como assim pretende tirar Fyodor de si para sempre, ele não vai permitir que isso aconteça, de jeito nenhum.

— Só por cima do meu cadáver que você leva ele! — Afirmou o ucraniano, aumentando o tom de voz, enquanto possui um olhar determinado.

Ambos os outros dois ficam surpresos por essa fala, principalmente Dazai, que não esperava uma atitude dessas vindo do albino. Contudo o homem mais velho apenas rir disso, entendendo essa situação.

— Não imaginei que teria que lidar dessa forma com o namorado do meu filho. — Disse o homem, também notando que Gogol está segurando a mão de Fyodor.

O albino ficou com as bochechas vermelhas ao ouvir essas palavras. Contudo não disse nada, apenas apertou com mais força a mão do russo, procurando um apoio para isso.

— Entendo que quer proteger ele, mas entenda que na Rússia ele estará seguro. — Afirma o homem, num tom calmo.

— Não! Aqui no Japão é o lugar dele, você não pode levar ele! — Afirma Gogol, não ligando com as palavras dequele homem.

— Garoto, entada que essa escolha é minha, não sua, então pare de se intrometer, que essa situação está muito delicada. — Disse tentando se mater calmo.

— Não ligo, Fyodor não vai a lugar nenhum! — Disse dizendo pela primeira vez o primeiro nome do russo em voz alta.

— Oh céus, vocês adolecentes dificultam tudo. — Disse o mais velho cruzando os braços pensando. — Te dou até o fim  caso da  Anastasia para você se resolver com meu filho, então torça para ele acordar logo. — Afirma o homem num tom sério.

— Você sabe que quando o Fyodor acordar, ele não irá para a Rússia de jeito nenhum. — Afirma Dazai se intrometendo na conversa.

— A escolha não é dele. — Disse caminhando até a porta do quarto.

— Você não vai tirar o Fyodor de mim, nem você, nem aquela mulher, nem ninguém. — Afirma Nikolai mantendo o olhar de determinação.

Os dois se encaram com olhares determinados a fazer aquilo que um pensa e ou outro deixa o coração falad mais alto. Contudo um som estridente soa pelo ambiente, fazendo todos olharem para a cama onde o russo repousa.

A máquina que mede os batimentos cardíacos é a responsável por esse som. Afinal o coração do moreno havia parado.

Nesse instante, os três presentes ali começam a se desesperar. O único adulto dali foi atrás de um médico ou algo assim, enquanto Nikolai começa a chorar balançando o corpo do moreno.

— Você não tem esse direito, acorda, não me deixe! — Dissia enquanto balançava o corpo do amigo.

— Nikolai pare, isso não vai ajudar em nada. — Afirma Dazai, tentando acalmar o albino.

— Não! Ele não pode me deixar, não pode. — Disse desesperado, deitando sua cabeça sobre o peito do moreno em desespero.

Rapidamente um médico aparece, e faz com que Gogol se distânciasse do moreno. E comece o procedimento de reanimação.

Osamu segura Nikolai, para o mesmo não fazer nada impossível, enquanto o tal pai de Fyodor entra no quarto também apreensivo com tudo isso.

Gogol só consegue chorar observando tudo, temendo pela vida de seu amigo, enquanto Dazai só consegue observar tudo sem reação, segurando o ucraniano desesperado que está.

Em meio a todo esse caos, Dostoiévski parecia ter ficado em paz por alguns instantes, enquanto o médico faz de tudo para mantê-lo vivo. 

[ ... ]

Continua?

The albino bassistOnde histórias criam vida. Descubra agora