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Pedro narrando.

Eu estava sentado no meu quarto, olhando para o telefone.

Sabia que precisava fazer isso.

Chamar Luísa para uma conversa séria.

Terminar com ela.

Não podia mais fingir.

Não podia mais mentir para ela.

Não a amava.

Meu coração pertencia a Nalla.

Desde o momento em que a conheci.

Luísa não merecia isso.

Merecia alguém que a amasse de verdade.

Não eu.

Eu peguei o telefone e liguei para ela.

"Luísa, precisamos conversar."

Ela atendeu, animada.

"O que é, Pedro?".

"Luísa, eu preciso te ver."

"Está tudo bem?".

"Não, não está."

Eu pausei, respirando fundo.

"Vem aqui, por favor."

Ela chegou, preocupada.

"O que aconteceu?".

Eu olhei para ela, sério.

"Luísa, eu não posso mais continuar assim."

"Não posso mais fingir que te amo."

Ela me olhou, surpresa.

"Pedro, o que você está dizendo?".

"Eu não te amo, Luísa."

"Eu amo outra pessoa."

Ela me olhou, triste.

"Quem é?".

Não respondi.

Não precisava.

Ela sabia.

"É Nalla, não é?".

Eu assenti.

"Desculpe, Luísa."

Luísa olhou para mim, os olhos cheios de lágrimas.

"Entendi, Pedro", disse ela, a voz trêmula.

"Você não me ama. Você ama ela."

Ela se levantou, pegando sua bolsa.

"Eu mereço melhor do que isso", disse ela, com dignidade.

"Eu mereço alguém que me ame de verdade."

Luísa se virou e saiu do quarto, chorando.

Eu fiquei lá, sentado, me sentindo culpado.

Mas sabia que fizera o que era certo.

Eu não podia continuar mentindo para ela.

Eu não podia continuar fingindo.

Luísa merecia melhor.

E eu merecia uma chance com Nalla.

Eu ouvi o som da porta se fechando.

E então, silêncio.

Eu me levantei e fui até a janela.

Olhei para o mar.

Pensando em Nalla.

Onde ela estaria?

O que estaria fazendo?

Eu precisava encontrá-la.

Dizer-lhe como me sentia.

Pedir-lhe uma chance.

Eu peguei o telefone novamente.

E liguei para ela.

Mas caíu na caixa postal novamente.

"Alô, Nalla. É o Pedro. Preciso falar com você. Por favor, ligue para mim quando puder."

Eu esperei.

Mas ela não ligou.

Eu decidi ir até a praia.

Talvez ela estivesse lá.

Surfando.

Eu precisava vê-la.

Falar com ela.

Eu saí de casa.

E fui até a praia.

O sol estava começando a se pôr.

O mar estava calmo.

E então, eu a vi.

Nalla.

Surfando.

Sozinha.

Eu sorri.

E fui até ela.

Eu me aproximei da praia, vendo Nalla surfar com habilidade e graça. Ela parecia livre e feliz, longe dos problemas e das preocupações.

Eu me sentei na areia, observando-a.

Ela finalmente saiu do mar, pegou sua prancha e começou a caminhar em minha direção.

Nossos olhares se encontraram.

Ela parou.

Surpresa.

"Pedro", disse ela, com um tom de cautela.

"O que você está fazendo aqui?"

Eu me levantei.

"Nalla, precisamos conversar", disse eu, sério.

"O que aconteceu alguma coisa ?".

Eu respirei fundo.

"Eu e Luísa terminamos ", disse eu.

"Eu não a amo. Eu amo você".

Nalla me olhou, surpresa.

"Você está falando sério?".

Eu assenti.

"Sim, estou".

Ela se aproximou de mim.

"Pedro, eu..."

Ela parou.

"Eu não sei o que dizer".

Eu sorri.

"Não precisa dizer nada".

Eu peguei sua mão.

"Eu apenas quero uma chance com você".

Nalla olhou para mim, os olhos cheios de emoção.

Eu puxei-a para perto.

E nos beijamos.

O sol se pôs atrás de nós.

O mar rugia suavemente.

Por céus e mares - Pedro bala 💙Onde histórias criam vida. Descubra agora