Capítulo VI - Medidas Drásticas

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— Meu rei Drukin, estou aqui atendendo ao seu chamado.

— Muito bem, comandante Gulit. Temos uma conferência neste exato momento.

— Se me permite a pergunta: com quem, meu senhor?

— Com Hulio — e ordenou: — Serb, entre.

— Estou pronto, soberano — respondeu Serb entrando na sala do trono. — Trouxe o cristal de Ilythor para que possamos nos comunicar com o sr. Hulio.

Ilythor é uma pedra rara e misteriosa, de uma tonalidade azul suave, com pequenas fissuras douradas que brilham como se tivesse algo mágico em seu interior. Sua textura é resistente e quase indomável, dificultando sua moldagem ou manipulação. Dentro de cada pedra, um líquido de aparência fluida e em constante movimento parece pulsar, dando a sensação de que a pedra está viva, como se possuísse uma energia própria.

A verdadeira magia do Ilythor, porém, está em sua capacidade de comunicação. Quando o zar de um indivíduo é imbuído em duas pedras de Ilythor, elas se conectam de maneira única, criando uma ligação instantânea entre os portadores dessas pedras. Essa conexão permite a comunicação por voz, não importa a distância, com a mensagem sendo transmitida em tempo real, sem qualquer delay, como se estivessem falando cara a cara.

No entanto, a pedra não é universal. Apenas os portadores do zar que imbuíram as pedras podem usá-las para comunicação. Isso significa que a ligação só existe entre as pedras enquanto o portador estiver próximo de uma delas. Se a pessoa que imbuiu o zar estiver com uma das pedras, ela poderá se comunicar com outra pedra conectada, desde que o vínculo entre as duas seja mantido. Essa característica torna o Ilythor um objeto valioso, principalmente para aqueles que precisam manter comunicação secreta ou de longo alcance, mas também muito limitado, já que as pedras só podem ser usadas por aqueles que detêm o poder de zar que as impregnou.

— Senhor Drukin, irei contatá-lo agora.

Assim que Serb soltou a joia de sua mão, ela começou a flutuar com um brilho azul ao seu redor no centro da sala e uma voz começou a dizer:

— Um bom dia, majestade. Sou eu, Hulio.

Drukin nunca tinha ouvido falar de uma joia tão impressionante, mas ele não duvidou, pois a voz que ele escutava era exatamente igual a de Hulio e não havia nenhuma distorção.

— Diga o que deseja comigo, Hulio — ordenou o rei.

— Meu mensageiro deve ter lhe falado sobre uma aliança.

— Conte-me os detalhes.

— Rei Drukin, sei que se sente humilhado por ser forçado a assinar o tratado, por isso quero propor uma aliança contra Zallarn.

— E porque deveria confiar em você, Hulio? Você é apenas um comerciante. Estaria mesmo disposto a trair sua própria nação? — questionou Drukin, muito desconfiado.

— Não gosto do governo atual e como falei, eu proponho uma aliança. Te ajudo na derrocada de Zallarn e você me torna seu conselheiro real.

— Me parece uma boa proposta, mas como posso confiar em você?

— Logo você receberá uma notícia sobre o rei Thalor. Esse será o primeiro passo para o nosso objetivo. Logo entrarei em contato com mais notícias — dizendo isto, Hulio desativou sua comunicação e a pedra de ilythor caiu no chão.

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Do outro lado da conversa, na sala de conferências, Hulio estava na presença da princesa Alira que escutou tudo. Eles estavam no aguardo dos membros do conselho dos quinze.

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