Era uma noite que carregava uma tempestade como se o mundo estivesse preste a desmoronar. Em uma casinha mais afastada das demais casas do vilarejo, ficando próxima a floresta ao qual era escura e carregada por segredos e mistérios Noturnos, Lá estava Seungmin um jovem de cabelos castanhos e lisos que caiam sobre sua testa e seus olhos e suavemente cobria sua nuca, seu rosto redondo e levemente marcado no maxilar, alto e com um toque de delicadeza. O rapaz foi enviado para aquela casa assim que o relógio bateu as 22 horas em ponto.
A senhora Kim, vó do jovem rapaz com seus recém 20 anos, lhe enviou para aquela casinha, sozinho, sem a companhia de ninguém. O jovem estranhou, claro, porém não protestou, foi obrigado a enfrentar seu medo referente ao escuro que lhe dava calafrios, afinal a voz da anfitriã era absoluta.
Assim que chegou naquela pequena estrutura com uma porta alta e larga com um material firme de madeira, porém que rangia quando a empurrava para poder abri-lá, a chuva que ameaçava a tempos atrás caí, agora caía em abundância no lado de fora, fazendo a água bater fortemente no telhado e o clima de tornar agitado, porém silencioso e sombrio pois a única voz que falava auto era a da chuva.
Receoso Seungmin acendeu uma das lamparinas e caminhou para mais afundo do interior daquela casinha ao qual nunca visitou antes. Seungmin então acendeu todas as velas para iluminar aquele lugar e finalmente ter uma visão ampla de seu espaço. Quando os olhos castanhos capturaram cada pedaço daquele espaço, ele não deixou de sentir um arrepio até em seu espinhaço; uma sensação estranha lhe abordou como uma sensação de reconhecimento e nostalgia.
– Por que eu tenho a impressão de que eu já estive aqui? – Sussurrou falando apenas consigo mesmo, afinal ele era sua única companhia naquele momento.
Seungmin deu um pequeno pulo de susto quando ouviu um estrondo alto do lado de fora e naquele momento ele se lembrou das palavras de sua avó que já era uma anciã que lhe dizia que quando ele veio ao mundo foi em uma noite igualmente aquela, as nuvens no céu estavam escuras e carregadas pareciam guardar tantas emoções e sentimentos negativos, o alvoroço tomava conta do vilarejo afinal o tão esperado filho que seguiria a importante linhagem da família Kim iria nascer naquela noite sem estrelas, sem luz e carregada pelas as vozes agitadas e escandalosas das sombras.
Perdido em pensamentos, Seungmin nem havia notado quando a porta foi bruscamente aberta fazendo o vento e os respingos das costas gélidas ao ponto de queimar sua pele por tamanha frieza. Algumas das velas foram apagadas fazendo com que a escuridão invadisse novamente aquela residência.
Seungmin virou na direção da porta e com sua lamparina em mãos tratou de iluminar a sua frente. Seu coração batendo forte contra o peito como um tambor, seus olhos espantados tentando achar o invasor ou seja lá o que fosse que tenha entrado pela a porta.
– Quem está aí? Trate de aparecer. – Gritou. Nenhuma resposta, não havia nada, não que tenha visto ou notado. Ele então suspirou. – Deve ter sido a ventania. — Sussurrou para si mesmo, tentando de se covencer que tinha sido alguma causa natural como o vento o dono daquela brincadeira de mal gosto.
– Você finalmente cresceu. – Uma voz sussurrante soou próximo dos ouvidos sensíveis de Seungmin. O rapaz petrificou quando notou a presença tão próxima atrás de si, aquela presença tão fria como as gotas da chuva que acontecia no lado de fora.
– Q-quem é você – Seungmin questionou, com a voz trêmula.
A presença misteriosa soltou uma pequena risadinha.
– Quem sou eu? – Sua pergunta soou retórica. Seungmin sentiu dedos lhe tocando a cintura, os dedos que afundava levemente no tecido de sua vestimenta eram quentes, porém, pareciam tão frios como a mão de um defunto, aquela temperatura tão controversa lhe causou arrepios estranhos. – Sou teu dono. – Afirmou.
– Meu dono? – Exclamou. Não entendia do por que estava sendo tratado como algum tipo de cachorro. – Está me tratando como um animal de estimação, Senhor? – Ergueu uma sobrancelha, por mais que aquela situação não fosse uma das melhores para sentir revolta em questão de como estava sendo tratado. – Como alguém que se auto institula como: "Meu dono". Poderia me dizer quem poderia ser tu?
Novamente aquela risadinha soou, era irritante para Seungmin e ele havia notado aquilo.
– Eu sou Chan, seu demônio protetor, ou algo assim, – Ele respondeu com um sorriso irônico. – Sua família me ofereceu você antes mesmo de você nascer, como um presente, uma oferenda. Mas eu só poderia vim quando você estivesse... maduro.
Os olhos de Seungmin dobraram de tamanho, como poderia aquele homem com voz sussurrante lhe dizer algo tão horrível e terrível como aquilo? Dizer tamanha mentira descarada e sem cabimento.
– Por que está dizendo tamanha mentira? – Disse com seu tom elevado pela a raiva.
– Mentira? Tu achas que eu perderia meu tempo com devaneios? – Respondeu-lhe com sarcasmo. – Posso lhe afirmar que os únicos que lhe ocultaram coisas e lhe contaram historinhas bobas foram seus queridos familiares, meu animalzinho. – Disse-lhe sem ocultar sua voz de irônia.
– Cale-te esta sua boca, Senhor! – Se afastou daquele suposto ' demônio e virou-se em sua direção. – Digo com afinco que minha família jamais faria algo de tamanha crueldade, não comigo... – Sussurrou a última parte.
– Parece confiar muito nesses humanos que só compartilha o sangue. – Suspirou já cansando daquele falatório. – Pena que somente, tu humano, se importa com o sangue que te conecta aos demais de tua família. – Seus olhos afiados e vermelhos brilharam nem meio as sombras que cobria o seu rosto. Seungmin estava parado que nem as estátuas que ficava no meio de seu vilarejo, não acreditando no que via e ouvia.
– Isso... Isso... Não é possível, certo? – Engoliu em seco, sentindo sua garganta arder.
– Sim, és possível meu caro humano. – Avançou um passo na direção de Seungmin. – Acredite – Outro passo. – Nas minhas palavras, – Saiu da escuridão se revelando para o humano assustado. – Meu pequeno humano frágil.
‘Ele emigiu das sombras e veio até a mim, trazendo junto aquele cheiro de inferno veio e logo mais invadiu minhas narinas. Seu sorriso quase rasgava suas bochechas, seus olhos guardava o vazio, a maldade e a escuridão. Seus cabelos eram tão negros como o próprio breu e sua pele era tão pálida como de um cadáver.’
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𝗣romessa 𝗦ombria
Fanfiction˖ ݁𖥔 ݁˖. 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞: ╰┈➤ 𝗘𝗠 uma noite chuvosa e sombria, em uma casa isolada nas profundezas de uma floresta, o choro agudo de um recém-nascido ecoava. Nos braços de um homem encapuzado, a criança era a oferenda da família Kim, que, em busca...