Rio é uma garçonete entediada que, nas horas vagas, atua como hacker por diversão. Quando um de seus ataques a liga a um assassinato, ela decide fazer uma proposta ousada para a polícia: ajudaria a resolver o caso e outros crimes cibernéticos, mas e...
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Como foi que acabei aqui, dentro de um táxi, com uma detetive desmaiada ao meu lado, que nem imagina que troca informações com a minha outra identidade, Lady Death? No começo da noite, achei que talvez até roubaria um beijo dela, só para matar a vontade, e então seguiria com meus planos. Mas pelo visto, faz tempo que ela não bebe, porque apagou depois de apenas algumas doses. Eu realmente esperava mais. E ainda por cima, nem a amiga dela, Natasha, nem a Wanda apareceram.
Quando chegamos ao prédio, pedi ao porteiro para me informar o número do apartamento, mas ele insistiu em não me deixar subir. Felizmente, Agatha despertou um pouco e disse, entre tropeços, que eu podia subir, e foi cambaleando até o elevador.
― Cuidado, detetive ― murmurei, segurando-a para que não caísse de cara no chão quando as portas do elevador abriram. Ela se apoiou em mim até chegarmos ao apartamento.
Assim que abri a porta, o cachorro dela veio me farejar.
E qual é o sentido de ter você aqui, hein? Nem protege a casa de estranhos. - Entrei com Agatha, que se desvencilhou e correu em direção a uma porta, que presumi ser o banheiro. Coloquei a minha bolsa na mesa e peguei um copo d'água e a segui; lá estava ela, ajoelhada na frente da privada. Quando terminou de vomitar, sentou-se no chão, exausta.
― Toma, bebe um pouco ― ofereci o copo, e ela aceitou, esvaziando-o em segundos. Coloquei o copo na pia e ajudei-a a se levantar.
― Olha... preciso te perguntar uma coisa: você gosta de mulher? ― perguntou, embriagada, enquanto se jogava na cama. Comecei a tirar os sapatos dela, rindo.
― Claro que gosto. É a bebida falando ou você realmente nunca percebeu? ― Dei uma risada discreta enquanto a ajeitava na cama.
― Me deixa em paz... não quero papo com você, mulher irritante! ― Ela se desvencilhou das cobertas que eu acabara de colocar.
― Então agora eu sou uma mulher irritante? ― me sentei na beira da cama, observando-a se levantar.
― Está muito calor aqui, meu Deus! ― Ela começou a tirar a roupa, jogando as peças pelo quarto sem se importar.
― Eu adoraria ver isso, mas preferia que você estivesse sóbria ― resmunguei, pegando meu celular para me distrair e ver se tinha notícias de Natasha ou Wanda. Chequei o WhatsApp umas três vezes, só para evitar olhar para ela. Quero muito olhar, mas sei que seria errado.
― Ei, larga esse celular e vem cuidar de mim. Foi pra isso que você me trouxe pra casa, não foi? ― resmungou com uma voz rouca e sensual, exatamente como eu imaginava. Ela estava totalmente nua, seu corpo exposto, e engatinhava na cama, até abaixar meu celular e erguer meu rosto para que eu olhasse para ela.
― Confesso que não esperava por isso não ― falei, encarando-a nos olhos.
― Você não queria uma sugar mommy? Então, aqui estou ― Ela se aproximou ainda mais, seus olhos intensos nos meus. Era tentador, e eu queria muito.