Sehnsucht | XiaoVen

. Apenas um, Lápis

Quinta feira, estava começando a sentir saudades dos fins de semana, quando finalmente relaxava um pouco da escola.

Só haveria então mais dois dias, e poderia descansar um pouco a mente dos conteúdos escolares de, bem, apenas uma semana.

Poderia dar a desculpa que ainda estava se acostumando de volta, mas pelo visto ainda não era o suficiente.

Falando em escola, haveria uma prova de ciências na próxima semana. Não se sentiu muito aflito com isso já que, o conteúdo parecia fácil, além de não ser muito extenso, provavelmente se estudasse três ou dois dias antes já garantiria uma boa nota, pelo menos acima da média estaria.

Seu pai, na noite passada, disse que o garoto poderia utilizar seu ambiente de trabalho para estudar, na qual gostou da informação. Zhongli possuí um escritório na funerária em que trabalha, e como o homem é um tanto silencioso, seria um espaço perfeito para se concentrar. Além que, possuía uma estante com.. Alguns livros estrangeiros, poderia dar uma olhada.. Provavelmente.

Ainda estavam no primeiro período de aula, depois de trinta minutos que o sinal teria tocado novamente, com o objetivo de levar as turmas para suas seguintes salas.

E Xiao se sentiu meio lerdo hoje, pensou. Como a sua classe não há um espelho de lugares, os alunos gostavam de sentar de forma variada. O que o esverdeado não gostava, permanecia sempre no mesmo local, mais para o fundo.

Ganyu também fazia o mesmo, mudando de carteira poucas vezes, mas normalmente ficava perto de Xiao, já que o garoto costumava pedir um corretivo ou outra coisa emprestada de vez em quando.

Após localizar a azulada no início da aula, sentiu uma mera curiosidade de ver onde o de tranças se sentava frequentemente, mas, não o encontrou em nenhum momento daqueles trinta minutos de matéria.

- Ei - Xiao tomou um leve susto, quando percebeu que esse "Ei", sabendo que foi para ele foi recebido acompanhado de um tapinha leve em seu ombro, olhando rapidamente para trás, de onde o tapa veio - Você tem um lápis?

Olhe lá, o de tranças, bem atrás dele.. Deveria prestar mais atenção nas coisas.

Não querendo o estranhar parecendo uma estátua o olhando, rapidamente olhou para seu estojo, procurando se havia ou lápis ou não, por sua sorte, encontrou um que ainda não havia utilizado.

O pegou e o entregou, na qual o ofereceu um sorriso, oferecido junto de um "Valeu".

Xiao apenas concordou, não falando muito. Apenas percebeu que suas únicas conversas eram sobre lápis e canetas.

Mas deixou de lado, havia mais coisas para copiar no quadro, inclusive perguntas, entendeu a importância do lápis. Não deixando isso de lado, continuou a escrever a atividade que precisava.

Isso não demorou dois minutos, até sentir outro tapinha em seu ombro novamente.

- Empresta a borracha? - Perguntou ele novamente, com um sorrisinho estampado ao rosto.

Xiao apenas concordou novamente, indo em seu estojo de volta e então pegando uma pequena borracha, uma de usar na ponta do lápis, acreditou que Ganyu havia pegado a outra e não devolvido.. Logo o entregou.

- Valeu, que dia é hoje mesmo? - Pegando a borracha das mãos do esverdeado.

Ele ainda não colocou a data?

- Três.. Quinta. Dia três. Quinta Feira.

- Valeu. Sabia que você parece o Li Bai? - Puxou assunto.

- Ah é..?

- Sabe quem é ele? Foi um poeta. Sabe o que ele escrevia?

Xiao, sendo sincero, não estava muito interessado nesse tipo de assunto, não agora.

Pensando que poderia pegar o conteúdo com Ganyu depois, poderia continuar. Não era muita coisa para escrever, dois ou três parágrafos.

- O que ele escrevia? - O questionou, se sentando de lado em sua cadeira, continuando a olhar para trás.

- Sobre solidão, e umas coisas lá.

- Ahh.. Legal.

- Sabe um que ele escreveu? Um poema? - E pareceu estar gostando da conversa. Xiao parecia um pouco norteado após ser comparado com um poeta que escrevia sobre solidão, imaginou que fossem escritas mais.. Sei lá, harmônicas.

- Não sei.

- Também não sei, posso te mostrar amanhã?

Ele não sabia.
Xiao gostou, queria ver o que ele traria amanhã desse tal poeta.

Seu sotaque era perceptível, bastante.
Aceitaria saber.

- Pode.

Depois de um tempo, Xiao voltou a olhar para a frente, tendo seu lápis e borrachas devolvidos, já que depois do recreio, teriam educação física, os itens não seriam mais necessários.

Tentou ignorar a borracha quebrada no meio e o lápis mordido.

- - - -

Acho que sou bom em escrever capítulos pequenos!
Ou desculpa, devo ser péssimo.
Mas consigo trazer cenários melhores, acho, preciso ainda treinar minha escrita, sou como uma treineira.
Agradeço a leitura!