Capítulo 1

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     Mais um dia se iniciava no bosque de inverno, todo dia era o mesmo, acordar, tomar uma ducha, comer algo, sair para treinar e logo em seguida todas as fadas eram convocadas para proteger a árvore do pózinho mágico, principalmente as fadas da geada que precisam cobrir a árvore para protege-lá, isso incluí eu, sou uma fada da geada e uma futura guerreira. Por enquanto estou em treinamento com a comandante dos guerreiros, que é minha mãe e que, por sinal, parece bem furiosa e está vindo em minha direção.
   
   — Já falei para você não levar sua armas de treinamento pra casa! — ela diz furiosa.

— Mãe, aqui não por favor. Vai me fazer passar vergonha na frente de todo mundo. — Faço biquinho e franzo o cenho.

— Tudo bem, em casa vamos conversar sobre isso. Vai pra casa agora!

— Ok mamãe, me desculpaaa. — Faço um olhar triste.

   Depois desse mini sermão que recebi de mamãe, eu peguei meu pózinho mágico e saí voando. Já estava escurecendo e ficava cadê vez mais frio, na verdade todos os dias aqui são frios, mas quando chega o inverno fica bem mais frio que o normal. Eu nasci e cresci aqui no bosque de inverno, tenho muitos amigos e conhecidos, as fadas são gentis, com exceção de algumas fadas que se acham melhores, mas só acham mesmo.

Minha casa já estava à minha vista quando sinto alguém puxando meus pés para baixo.

— EIIIII, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!

   Sou puxada com tanta força e está escuro não consigo ver quem é, minha boca é tampada com a mão do ser que me puxou, me impedindo de gritar.

—Shhh, calma, sou eu, Lucke. Fica quieta. —Sussura tirando a mão da minha boca.

— você é louco? Não faz isso nunca mais. Me assustou.

— Relaxa, ficou mesmo assustada. — ele ri quase ficando sem ar.

— Claro que não, e pare de rir, não é engraçado! -cruzo meu braços e fico séria.

— Você precisa ficar mais atenta, sorte sua que sou eu, imagina se fosse alguma outra fada querendo sequestrar você ou um feérico maligno querendo te devorar!

— Para com isso, lucke. Todas as fadas sabem que é impossível entrar algum feérico aqui no bosque de inverno. Agora fala logo, por que você fez isso?

— Eu queria ver você. —ele dá um sorriso e se aproxima.

— Ah claro, mentiroso! Sério, o que quer? Pode abrir o jogo.

— Que isso! Você duvida de mim? —ele faz expressão de cachorro abandonado.

— Sim, você só me procura para pedir favores. Não negue isso, pois é a verdade.

— Tudo bem, pode ser que seja verdade…. enfim, a verdade é que, eu preciso de uma espada, pode me arranjar uma?

— Muito engraçado, Lucke. — ignoro totalmente o que ele acabou de pedir e vôo em direção à minha casa, mas Lucke vem logo atrás.

— É sério, eu preciso, é urgente, por favor, floquinho. — ele segura minhas mãos e faz biquinho com uma expressão de choro.

Eu fico um tempo pensando e digo que vou tentar arrumar algo para ele, mas que não seria tão fácil assim, afinal, eu posso até ser filha da Comandante dos guerreiros, mas não é nada fácil enganar Dona Vallery, esse é o nome da fada que está entrando dentro de casa e que já está pronta para gritar comigo.

— Cheguei. — Vallery se senta no sofá e relaxa.

— Oii —falo meio reprimida.

— Por favor, Aysha seja mais responsável, tá bem?! Não quero ouvir fadas inventando por aí que só porquê você é minha filha, ganha armas de graça.

Corações e Flocos de NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora