Isís.💥
Isís: Bom dia, Joca. - Desejei entrando no carro. Já se passaram alguns dias desde todo o acontecimento, meus pais se resolveram, e eu e o Joca não passou daquilo, agora fingimos que nada aconteceu.
Joca: Dia. - Ligou o som e deu partida, indo me deixar na escola.
(...)
Joca parou na porta da escola, e quando eu fui sair do carro, ele trancou as portas.
Joca: Tá linda. - Me elogiou e eu sorri fraquinho, Joca se inclinou no banco pra me dar me deu um selinho e senti minhas bochechas esquentarem e ele destrancou a porta.
(....)
Horário da saída, eu procurei o carro do Joca por todos os lugares, queria muito ir pra casa, tive um dia muito estressante.
Sorri quando vi ele encostar na frente da escola, me apressei e entrei dentro. Senti o gelo do ambiente e inspirei o perfume dele que pairava no ar.
Joca: Teu pai e tua mãe não tão no morro, tiveram um bagulho de última hora pra resolver, teu pai pediu pra te avisar.
Isís: Algo ruim? - Senti meu coração apertar, e perguntei, apreensiva pela resposta. - Eim?
Joca: Não pô. Teu pai só pediu pra te avisar! - Eu balancei a cabeça, se fosse algo ruim eles teriam me avisado, eu sei que teriam.
Encostei a cabeça na porta, encolhi minhas pernas sobre o banco e fechei os olhos, indo o caminho inteiro assim, calada.
Joca: Qual foi? - Questionou assim que parou na porta de casa.
Isís: Dia estressante. Obrigada por me trazer! - Agradeci e me inclinei, deixando um beijinho no seu pescoço.
Joca: com tu fazendo um bagulho desse, fica difícil lembrar que tu tem 16 anos e é filha do Coronel. - Falou baixo segurando meu queixo e eu sorri, podendo perceber o desejo no fundo dos seus olhos.
Isís: Não sei pra que tu fica se prendendo aos detalhes. - Dei risada e ele riu junto, beijando meu pescoço, me fazendo sentir cócegas.
Joca: Tenho 25 Isís, não é como se tu tivesse 18 já, tem só 16. Queria poder fazer tudo contigo pô, mas você é menor, e o Coronel iria me matar. - Falou baixinho segurando meu pescoço e olhando no fundo dos meus olhos.
Isís: Eu não me importo com a sua idade, não precisamos casar. - Falei o óbvio e ele sorriu passando a mão no próprio pescoço.
Joca: Assim tu machuca o soldado pô. - Dei risada e ele continuou me encarando.
Isís: Meu pai nunca te ensinou a jamais vir pra guerra sem colete? - Dei um beijinho na ponta do seu nariz.
Joca: Hm. Tu mexe com a minha cabeça Isís, caraca menor, fico doidinho em tu. - Sorri pra ele que deitou a cabeça no meu ombro.
Isís: Não acha estranho? Do nada tu passar de soldado do meu pai que me leva pros lugares, pra virar soldado do meu pai que vive me dando uns pegas as escondidas? - Joca riu alto e eu franzi a sobrancelha, era um questionamento real. - Tô falando sério cara, foi questão de momento, em um tu tava com a Helena no teu colo, no outro me agarrando na cozinha.
Joca: Tô curtindo pô, acho maneiro como as coisa fluiu natural, mas não é normal. - Fiz um beicinho deitando minha cabeça sobre a sua que tava no meu ombro.- Tô sendo um filha da puta, tu é muito novinha, teu pai vai perder a confiança em mim se descobrir.
Isís: Eu sei que é um risco. - Murmurei baixo. - Acha melhor se afastar?
Joca: Sei não Isis, papo que a minha mente tá a milhão. - Senti meu coração apertar, eu tava começando a curtir esse rolê todo. Mas tudo bem, melhor se afastar agora, do que por em risco a relação dele com o meu pai.
Isís: A gente se vê por aí, Joca. - Falei baixo suspirando e ele me encarou, deixando um selinho na minha boca.
Joca: Gostosa. - Sorri pra ele fraquinho e sai do carro, entrando em casa. Tava com uma sensação esquisita, eu não tinha sentimentos pelo Joca, mas ele é uma pessoa legal.