Capítulo I

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Ainda não acredito que minha mãe vai mandar eu mora com o meu pai pra viver a vida de casada dela com esse lixo de homem.
Eles se conhecem a quanto tempo? Um mês? E eu já fui mandada pra fora de casa.
Termino de arrumar minhas roupas na mala e ela entra no quarto.

- Diana filha, já fez as malas? - adentra com uma taça de vinho na mão.
- Sim Shirley . Estou pronta. - reviro os olhos e fecho a mala.
- você sabe que vai ser melhor pra você, eu vou viajar na lua de mel quase não estarei por aqui. E eu não vou deixar você aqui sozinha nessa casa enorme.
- Como se eu tivesse 12 anos, você se esqueceu que eu tenho 18 anos?
- Grande coisa, uma casa dessa administrada por você na minha ausência se tornaria uma casa da luz vermelha. - suspira e beberica o vinho - eu lembro muito bem ano passado quando você fez uma "festinha" com seus colegas enquanto eu estava em Londres. - suspira mais uma vez
- Isso foi um erro de principiante, mas tudo bem não tenho escolha quando você põe na cabeça uma coisa. Eu sei que não tem volta.
- Vamos logo com essas malas lá pra baixo eu tenho que arrumar a minha mala quando voltar. Bom você sabe que até por conta da faculdade vai ficar melhor você ir pra casa do seu pai. E você já está com a transferência pra lá.
- Ah como você cuida de tudo - digo irônica pegando as últimas coisas e pondo na caixa.
- Luiz vai por as malas no carro pra você. - agora desce logo! - ela da as costas e eu mosto o meu dedo por trás dela. Ahh que saco.

(...)

Depois de um longo voou bem estressante eu finalmente chego ao Rio de Janeiro. Minha mãe disse que o idiota do meu pai e a mulher dele vem me busca no aeroporto. Espero que eles já estejam aqui eu não to afim de fica esperando.

Assim que saio da área do saguão. Vejo meu pai com uma placa escrita meu nome. Que brega, ele não lembra mais minha cara??
Ele está com um sorriso de orelha a orelha e pelo visto a madrasta também veio. Suspiro e tiro os fones de ouvido.

- Dindi! - diz meu pai me abraçando. Por incrível que parece um abraço forte, como se tivesse realmente com saudade.
- Oi pai - sorrio em falso.
- Diana! Que prazer te ver novamente. Você não mudou nada. - sorri e me abraça.
- Oie Celina você também não mudou nada - sorrio
- Filha espero que esteja preparada para o calor do RJ, lá em São Paulo não é assim. - sorri
- Me acostumo...
- Esse ano a gente tá com a casa cheia Celina - sorri
- Como assim? - digo indignada
- Ué? A Bruna minha filha mora com a gente, você nunca veio nos visitar Diana por isso você não a conhece.
Era só o que me faltava. Dividir a casa com a Bruna. Eu to podendo mesmo. Além de ter que mudar pra esse lugarzinho insuportável. - suspiro

- Sua mãe disse que sua matrícula já está resolvida. Você começa segunda feira na faculdade. - diz meu pai pegando as malas.
- Pra isso ela é bem ligeira. -murmuro
- Como?? - diz meu pai- Não fica com raiva da Shirley, eu quem pedi pra ela que você morasse aqui. Não queria você largada por aí, enquanto ela está vivendo.. -suspira
- Hum entendi, mas eu tinha minha vida em São Paulo e eu sou de maior.. mas eu não iria suportar ser a causa da minha mãe ficar trancada a sete chaves como ela pinta para todo mundo.
- Não vai ser tão ruim assim. Você nem vai reparar que mora com a gente, todo mundo fica ocupado na semana a Bruna mau fala com a gente e também nunca está em casa. A mesa liberdade que ela tem você também pode ter - sorri pondo as malas no carro.

Reviro os olhos e entro no carro. Como se eu fosse uma criança imatura. Como se nunca tivesse ficado um verão sozinha. Espero que a tal da Bruna me deixe em paz. Eu não quero ter que interagir com ninguém. Apenas um ano e eu vou vazar daqui.
Fui o caminho todo de olho fechado ouvindo música. Nao queria ter que interagir com a Celina e com meu pai. Laysa deve estar maluca atrás de mim uma hora dessa, eu não queria falar pra ela eu conheço a minha amiga ela ia querer me convencer a ficar e eu compraria a briga, mas eu não to afim de brigar. Eu só quero passar por isso e ano que vem finalmente comprar meu apartamento. Eu junto essa mesada desde que me entendo por gente pra poder comprar um canto pra ninguém me perturbar, nem a Maluca da minha mãe e o namorado chato dela ou meu pai que só quer toma conta da minha vida e a mulherzinha dele.

Sinto alguém cutucar meu braço e abro os olhos. Minha querida madrasta estava ao meu lado com a porta aberta. Ela falou alguma coisa que eu não ouvi pelo fone. Ela puxa o fone.

- Chegamos gatinha - sorri e pega minha mochila do meu colo. - Aqui no condomínio tem de tudo. Se quiser eu falo pra Bruna te levar pra da uma volta.
- Eu me viro, obrigada. - saio do carro e pego minha mochila da mão dela. - pode deixa que eu levo.
- Tudo bem. Só não se perca. O toque de recolher aqui de casa é às 23h. Depois disso tem que entrar com o alarme, seu pai vai fazer a cópia amanhã então se você puder ficar em casa hoje pra não ficar pra fora. - ela adentra a casa
- Era só o que me faltava...
- Olha Diana seu pai está se esforçando muito para recebê-la aqui em casa. Ele também está nervoso e com medo que você fique insatisfeita de morar com a gente. Então se você puder tentar pelo menos um pouco fingir que você não está tão infeliz com a gente, que você não teve nem nós conhece. - diz um pouco irritada me prendendo na porta.
- Olha Celina você não me conhece, o que eu estou fazendo aqui não é nem um terço do que eu posso realmente ser e.. - meu pai adentra a sala empolgado
- Pronto! Ei tudo bem? Entre vocês? - diz desconfiado
- Claro meu amor - diz a Celina. Está tudo bem, eu estava explicando a Diana a importância do horário de recolher até ela receber o alarme e a chave. - sorri e vai até ele.
- Filha seu quarto está pronto, vem sobe vou te mostra a casa tudo bem? - ele diz animado.
- Tá pode ser. -Vou até ele subindo as escadas. A casa não é nada mal, a sala é imensa um sofá azul maravilhoso. Até que a cachorra tem bom gosto. Assim que chego no corredor tem 4 portas.
- Dindi esse aqui é o meu quarto e da Celine o que você precisar pode bater aqui, a Celine trabalha na empresa comigo mas de terça e quarta ela está home. Se eu não estiver ela será meus olhos e ouvidos. - diz abrindo uma porta de uma das suítes. Aqui na frente - caminha até a porta seguinte. - Quarto da Bruna! Local proibido. Evita confusão filha fila longe. - sorri brincando - aqui é o banheiro esse é o banheiro de todo mundo. Nos quartos tem banheiro mas o seu está sem chuveiro eu vou chamar o Lúcio pra arrumar. Mas e quanto isso pode usar esse banheiro. - agora esse - ele abre a porta com um ar de suspense.
- Esse é o seu. Sua mãe falou que você gosta de amarelo, eu particularmente acho que amarelo no quarto fica com ar de doente. Mas ficou bonito assim. Você pode arrumar do seu jeito. Suas malas estão aqui. - ele entra no quarto e senta na cama.
- Obrigada pai está tudo muito bom. - poxa ele realmente se esforçou eu  não vou ser uma filha da puta criticando tudo.  Os quarto sao lindos e a casa muito aconchegante. - vem senta aqui - ele bate na cama
- Diana eu sei que eu não fui um pai presente pra você, mas agora a vida está nos dando outra chance e eu quero ser um pai pra você, o que você precisar pra faculdade você pode pedir ou pegar no escritório. Se quiser se trocar e conhecer a casa também - diz com os olhos cheios de lágrimas.
- Pai obrigada por me receber aqui, estou bem feliz. Eu amo o senhor independente de tudo. - Eu o abraço e eu sinto suas lágrimas escorrem nas minhas costas- eu para de chorar vai molha minha blusa nova! - digo e ele se afasta sorrindo.
- Vou deixa você se acomodar. - ele se levanta e vai até a porta. - já sabe o que precisar - ele sorri e fecha a porta.

Ufa em fim sozinha. Preciso fica umas horas aqui trancada para poder recuperar minhas energias sociais. - me jogo na cama. - essa bagunça.. eu vou ter que arrumar e não vai ser hoje.

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