•°•Bruna Burnet°•°
Mais um dia na escola, dessa vez eu estava sem nenhuma vontade de ir pra escola, eu tava com uma ressaca enorme de tanta bebida que eu tinha tomado ontem de noite; por que eu sempre tenho que trabalhar quando eu não quero? Deve ser porque eu recebo no final do mês, mas pode ser por qualquer outra coisa.
— Bom dia turma, hoje vocês tem aula livre, eu realmente não estou me sentindo bem, por isso vocês podem fazer o que quiserem, contanto que não façam barulho e que não me incomodem — Indo para minha mesa eu quase bati no quadro duas vezes e em umas mesas, não era nada fácil andar naquela sala tão clara e com meus olhos tão desgastados.
— Espera, se a gente vai ter uma aula vaga vamos precisar de regras! — Uma ruiva falou empolgada para o resto da turma.
— Serena fica na sua, a única regra que a fessora deu é de não incomodar ela e ficar em silêncio, a gente não precisa de mais coisa além disso! — Respondeu um garoto de máscara e óculos, que tinha cabelos pretos e sentava no fim da sala.
— Olha, se vocês querem mais regras eu dou mais uma: quanto mais falarem ou quanto mais eu pedir para fazer silêncio e ninguém obedecer eu vou passar um texto de dez páginas frente e verso que eu tô guardando faz três semanas, já que essas últimas semanas eu não estava aqui em Unova — Eu estava de cabeça baixa no birô enquanto falava da nova regra, aquela era a pior sala da escola por simplesmente ter uma duplinha que era o terror dos professores.
— Eu acho justo, por mais que a gente não vá ter aula vai ser uma boa ter matéria nova no caderno — Um garoto falou enquanto colocava os pés na mesa e inclinava a cadeira para trás se equilibrando.
— É, falou o santo que tem o caderno completo né? — Resmungou uma garota da última cadeira da fileira do outro lado da sala, ela usava um gorro branco e rosa.
— É bem melhor vocês pararem de briga ou se não eu vou passar agora essa porcaria de texto, eu não tô brincando com isso! — Eu estava começando a ficar de saco cheio com aquela turma.
Mas, esperta do jeito que eu sou as vezes, eu coloquei minha Ponyta de Galar para ficar de guarda enquanto eu aproveitava e dormia para ver se depois acordava um pouco melhor da ressaca.
— Como a professora dormiu, quem quer jogar uno no mercy? — Propôs o garoto de máscara e óculos.
— Vamo! Mas lembrem, sem barulho nem reclamações, se não a gente vai perder essa aula livre — Avisou uma menina loira que usava um boné vermelho de aba branca e com um desenho branco na frente.
— Tá, tá, só vamo logo começar eu tô de saco cheio de tanta conversa, então eu vou distribuir as cartas — Disse irritado o rapaz que estava com a cadeira inclinada.
— Ei, alguém sabe onde a Korrina tá? Ela normalmente chega na primeira aula ainda, mas a gente tá na segunda aula já — Perguntou Serena ao se sentar na mesa.
Foram bons minutos que eu tive cochilando, até o bendito sinal tocar, eu levantei desesperada por ter esquecido que ainda estava na escola, mas como eu esqueci de fazer a chamada eu acabei atrasando um pouco pra sair.
— Antes que eu esqueça vamo tacar falta no povo, Ash — Comecei a chamada logo após colocar minha Ponyta de volta na pokebola.
— Presente! — Gritou o garoto de máscara e óculos.
— Cilan?
— Ele tá na sala do 1° E — Disse Serena.
— Ué, Ele tá fazendo o que na sala do 1° E? — Eu estava curiosa com a resposta daquilo, já que tinham rumores na sala dos professores de que ele e uma menina dessa turma estariam namorando.
— Ele tá lá pra conversar com a Íris, eles tão fazendo uma apresentação de artes com outras turmas dos 1° e 2° anos, ele quem pediu pra avisar, porque ele só via voltar depois do lanche — Uma menina ruiva de rabo de cavalo de lado deu a resposta para a pergunta da professora.
— Chloe?
— Faltou, ela disse que não veio porque ela precisou ir pro hospital de última hora — Explicou a garota de gorro branco e rosa.
— Hospital de última hora? Aconteceu alguma coisa de ruim com ela? — Aquilo de hospital de última hora, sempre me deixava curiosa.
— Ela disse que foi por ela ter caído do Arcanine, ela tava em uma corrida pra ver quem chegava primeiro nos portões da escola — Explicou um menino usando headphones.
— Dawn?
— Presunto e queijo! — Marcou presença de uma forma diferente a menina com o gorro branco e rosa.
— Kiawe?
— Tô aqui fessora — levantou a mão o garoto que estava se equilibrando na cadeira.
— Korrina?
— Ainda não chegou — Disse uma das meninas.
— Lilian?
— Chupa que é de uva! Eu bati! — Gritou animada a menina de boné vermelho.
— Lilian, a professora chamou seu nome fala logo presente — Ash cutucou a cintura da garota.
— T-tô aqui! — Gaguejou Lilian pela surpresa de ter sido cutucada por Ash.
— Misty tá aqui, como sempre olhando o que eu tô fazendo né? — Lembrei na hora que ela adora ficar atrás de mim, me observando escorada no quadro quando não estou dando aula.
— Por último antes deu ir embora, Serena? — Perguntei enquanto ia arrumando minhas coisas na bolsa.
— Ela tá dormindo, foi a única que não quis jogar Uno no Mercy com a gente — Avisou Lilian.
— Bom se é assim eu vou indo. Até depois de amanhã, espero todos aqui, vamos ter uma aula sobre todos os iniciais de tipo água e as diferentes formas de alguns deles como mega evolução e gigantamax, mas também vamos ver como cada um deles reage depois de um movimento Z — Lembrei assim que estava pra cruzar a porta, então avisei para eles sobre nossa próxima aula.
Depois que saí da sala a ressaca havia diminuído, mas eu não esperava que todos os professores da escola iriam me parar o resto do dia inteiro me perguntando sobre a carta do evento que aconteceria semana que vem, eu só mencionei bem rápido a carta, então não achei que eles ainda iriam lembrar. Era chato não ter amigos no trabalho enquanto na escola, mas eu sempre me divertia com meus alunos, principalmente do 2° C, mesmo que fosse a sala da duplinha problemática ainda sim todos eles tinham um enorme respeito por mim.
Eu mal podia imaginar o que estava por vir na semana que vem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sob o Comando do Amor
FanfictionBruna é uma professora apaixonada pelo que faz, dividindo sua vida entre a rotina caótica da escola e a pressão familiar, que insiste em moldá-la conforme padrões rígidos. Independente e de espírito livre, ela nunca imaginou que uma noite casual na...