Shirabu se sentia horrível.
Seus olhos estavam inchados, sua cabeça doía tanto que parecia que explodiria ali mesmo.
Mas infelizmente, teria que trabalhar.
Um sonho nunca tinha o deixado assim, apenas quando ele tinha pesadelos com sua falecida mãe.
Mas com um garoto inexistente? Pff... Nunca.O garoto suspirava de cinco em cinco minutos, fazendo todos ao redor o encarem com pena. Era visível a sua tristeza.
Mas era bobeira, foi apenas um sonho. Isso é apenas drama.
O mesmo empacotava alguns alimentos em uma sacola amarela do supermercado em que trabalhava. Fungou baixo enquanto olhava para a tela do computador ao lado.
– Deu mil ienes... – Falou baixo, olhando para o cliente. – Qual a forma de pagamento? – Questionou.
– Cartão. É débito, aproximação. – O homem loiro a sua frente avisou, enquanto um cara de cabelos verdes ao seu lado encarava algumas balas que estavam a venda.
– Certo, aproxime o cartão, por favor. – Respondeu, aproveitando para limpar mesinha em que estava.
O loiro então fez o que foi pedido, enquanto isso, o esverdeado começou a falar.
– Tsukki! Ficou sabendo que chegou gente nova no nosso bairro? – Perguntou sorridente.
– Quem? – O loiro o olhou.
– Se eu não me engano, ele é um homem de cabelo branco... – Falou relutante, obtendo o olhar de Shirabu em si. – Mas o nome não vou saber dizer. – Disse enquanto dava de leve os ombros.
– Entendi. – O mesmo arrumou os óculos que usava, em seguida guardando o cartão no bolso. – Pega essa sacola mais leve. – O mesmo pediu, pegando mais duas sacolas – Aparentemente mais pesadas – Enquanto saia do local.
– T-Tá! Tchau moço! – O garoto assim fez, logo saindo do estabelecimento.
– Tchau, volte sempre. – Respondeu desanimado, suspirando cansado em seguida. – Próximo...
Pois bem, seu dia estava sendo horrível...
Horas depois – Muitas horas depois – O mesmo se aprontava para ir embora, porém seu chefe o interrompeu.
– Hora extra. – Foi a única palavra que saiu de sua boca.
– O que...? – Kenjirou o olhou.
– Hora extra, pode parar de arrumar tudo aí, você tem mais duas horas de trabalho. Vamos, tem muita gente te aguardando no caixa.
O sangue do mesmo ferveu, franzindo as sobrancelhas em seguida.
– Desculpa senhor... Mas eu não tô podendo, eu não me sinto muito...
– Perguntei? – O chefe o interrompeu, o acastanhado o olhou levemente incrédulo.
– N-Não mas...
– Ótimo, de volta ao trabalho, agora! – Comandou, novamente o cortando. O maior se retirou da sala, Kenjirou fechou suas mãos em um punho, apertando seus dedos de leve, fazendo suas unhas encravarem na palma.
Ele estava cansado.
Fez o que foi pedido, novamente voltou para dentro do estabelecimento e começou o seu trabalho.
Eram exatamente onze e meia da noite...
O garoto andava pelas ruas, o vento gélido que batia em seu rosto como tapas. Seu corpo se estremecia a cada vento que o rondava.
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A dimensão dos sonhos.
Hayran KurguKenjiro Shirabu um jovem de 17 anos, muito sonhador, em uma noite após um longo dia cansativo, o jovem se dirige a sua cama aonde pouco após se deitar já vem a adormecer em um profundo sono, naquela noite algo diferente aconteceu, um sonho diferente...