✨ Memórias Não Contadas ✨

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CAPÍTULO – 6

Namjoon

A semana mal começou e meu humor já estava ultrapassado, as coisas na cafeteria e na livraria estavam indo bem as vendas aumentaram bastante no café e a livraria estava perfeita como sempre, já no hotel era estresse após estresse, mas estava feliz de ver minha irmã dando conta das coisas.

E no meio de toda essa correria eu acabei esquecendo de agradecer ao Jong-min pela ajuda, então liguei para o mesmo para marcarmos de tomar um café eu tinha que o compensar pelo grande favor feito. Peguei meu celular do bolso e disquei o seu número, e no terceiro toque ele atendeu:

— Alô? — sua voz era firme, porém havia uma certa animação no seu tom.

— Oi, sou eu Namjoon. — disse meio travado.

— Oi Namjoon, tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa no hotel? — ele perguntou um pouco preocupado.

— Não, não, está indo tudo bem com o hotel, aliás muito bem, — dei um sorriso de lado sem mostrar os dentes, — mas o motivo da minha ligação não é esse, queria lhe convidar para tomar um café, depois daquele grande favor que você me fez, acho que é o mínimo que posso fazer para compensar você.

— Que isso, seu pai e eu somos grandes amigos, é claro que ajudaria, e também o considero como um filho mais velho, — eu ri internamente, eu também o via assim, mas nunca deixei transparecer, mas sempre deixei visível o meu respeito e admiração pelo mesmo, — aceito sim o seu convite, pode marcar e me avisar que com certeza eu irei sim.

— Pode ser amanhã? — perguntei receoso.

— Amanhã não consigo ir, bom no momento eu estou em Londres, só chego na Coréia no domingo à tarde, então pode ser na segunda á tarde? Quero levar uma pessoa na sua livraria. — ele disse tão feliz e ansioso, ao ponto de despertar em mim curiosidade, então não resisti e perguntei:

— Uma pessoa? Quem? — perguntei estranhamente curioso.

— Ah, é minha filha mais nova, aliás vim para cá para participar de sua formatura, irei fazer uma surpresa a ela, eu havia dito que não conseguiria ir por ter uma viagem de trabalho, — pude notar seu sorriso nervoso, acho que devia ser algo muito sério, pois ele nunca havia mencionado quase nada sobre ter uma filha mais nova pelo menos não comigo, sempre vi fotos dele com os outros filhos em sua mesa no escritório.

— Hum...okay, então, boa sorte com a surpresa, e boa viagem, quando estiver retornando à Coréia me manda uma mensagem, tchau!

— Tudo bem e obrigado...eu irei precisar mesmo de muita sorte. — eu tive a leve impressão de que ele estava fazendo algo para resolver ou concertar algo, e logo pude ouvir o seu suspiro forte, — mas eu o avisarei sim assim que chegar, tchau!

Desliguei o telefone, mas o som da voz de Jong-min ecoava na minha mente. "Filha mais nova?" repeti em voz baixa, observando a rua movimentada de Londres através da janela da cafeteria. A chuva fina manchava o vidro e, por um instante, as gotas que escorriam pareciam sincronizar com o turbilhão de pensamentos em minha mente.

A relação com Jong-min sempre fora de respeito e uma estranha familiaridade; ele era mais do que um amigo do meu pai, representava uma figura sólida, uma presença que emanava segurança. Por isso, a revelação de uma filha que eu nunca soube existir era um detalhe que chamava a atenção. A mente trabalhava rápido, tentando lembrar qualquer indício, uma conversa, uma foto, qualquer coisa que sugerisse essa conexão oculta.

Com a tarde se arrastando e o movimento da cafeteria reduzido, sentei-me em um canto mais reservado, uma xícara de café quente entre as mãos. O aroma reconfortante preenchia o ar e ajudava a focar. A lembrança de Jong-min mencionando a formatura com uma emoção que beirava a melancolia fez surgir uma nova percepção. Seria possível que houvesse uma história complexa por trás disso? Algo que explicasse a ausência de informações e o suspiro pesado que ele deu ao fim da ligação?

Eu AMO você, mas eu [não] preciso de VOCÊ?Onde histórias criam vida. Descubra agora