Viela Negrini é um anjo caído dos olhos como o céu e um sorriso doce que guarda segredos profundos. Ela carrega uma engenhosidade encantadora, quase distraída, mas sua alma esconde cicatrizes. A perda da mãe, uma brilhante cientista, deixou-a solitá...
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"Às vezes, o prazer se esconde nas sombras mais profundas, onde o controle se torna um jogo e cada toque, uma sentença. Neste mundo, a linha entre desejo e dor se desfaz, deixando apenas o eco do que somos capazes de fazer quando não há limites."-dellacruz
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Acordei com uma leve dor na cabeça, os olhos pesados tentando se ajustar à luz que penetrava pelas frestas da janela. A cama estava macia sob mim, quase me embriagando em seu conforto. Suspirei, sentindo meu corpo afundar um pouco mais no colchão enquanto, aos poucos, a névoa do sono desaparecia e a memória da noite anterior começava a assombrar minha mente. As cenas se misturavam, mas havia uma parte de mim que ainda se agarrava ao frio e ao caos de ontem.
Ergui o corpo lentamente, saindo da cama e caminhando em direção ao banheiro. Cada passo era como um eco abafado na quietude da manhã, e o chão frio ajudava a me despertar. Fechei a porta e olhei meu reflexo no espelho: meus cabelos estavam desarrumados, a pele parcialmente opaca, e meus olhos carregavam sombras escuras que não se desfaziam.
Liguei o chuveiro, e a água começou a aquecer. Despi-me, sentindo a temperatura da água ajustar-se até estar quente o suficiente para envolver minha pele, aliviando a tensão dos músculos. Quando a primeira gota tocou meu ombro, senti um arrepio que percorreu minha coluna, como se cada gota estivesse deixando embora uma camada dos horrores de ontem. A água caiu sobre mim em um fluxo constante, e fechou os olhos, deixando que lavasse o que ainda estava preso em minha pele, algo invisível, mas pesado.
