𝘾𝙤𝙞𝙨𝙖𝙨 𝙧𝙪𝙞𝙣𝙨 𝙖𝙘𝙤𝙣𝙩𝙚𝙘𝙚𝙢 𝙖𝙨 𝙥𝙚𝙨𝙨𝙤𝙖𝙨 𝙦𝙪𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚 𝙖𝙢𝙖...
🌹|𝘿𝘼𝙑𝙄
🌹|𝙊𝙉Desgraçado!
Meus olhos enchem de lágrimas ao ver a foto de uma cama com os lençóis cobertos de sangue, algemas e suas roupas todas rasgadas.
Ele manda outra.
Que nojo desse cara.
Era a foto do pau dele coberta de sangue escrito em baixo, eu disse que ela tava bem.
Anna pega o celular da minha mão e olha as fotos arregalando os olhos.
Logo ele apaga.
— Que desgraça! Isso é tudo culpa minha, pra que caralho eu fui deixar ela sair sozinha?! - eu falo tampando o meu rosto e começando a chorar.
— Por mais que seja meu irmão, vamos denunciar! esse desgraçado passou dos limites. - ela fala pegando em minha mão e meus olhos vermelhos cheios de lágrimas olham para ela.
🌹|𝙈𝘼𝘿𝘿𝙔
🌹|𝙊𝙉— É o Davi? Me deixa falar com ele! - eu saio do banheiro de toalha gritando, mas logo ele desliga o celular.
Ele larga o celular e anda até minha direção puxando o meu cabelo com força.
— Você tenha modos de falar comigo! Você não queria ver o meu outro lado?! Tá aí! Se você não tivesse falado aquilo e me aceitado estaria tudo bem! - ele fala puxando o meu cabelo fazendo eu soltar um gemido de dor e segurar o meu cabelo junto com a mão dele.
— Coloque na sua cabeça que eu não sinto mais porra nenhuma por você! - Eu grito e ele me joga no chão fazendo minha toalha cair.
Ele fica em cima de mim no chão e sussurra no meu ouvido:
— Tão gostosa, mas tão mal educada, tenho certeza que o seu papaizinho morto não te ensinou a ser uma bruxinha assim... - ele sussurra passando a mão em meu corpo.— Porque você tá fazendo isso comigo?... - eu pergunto começando a derramar lágrimas.
— Porque eu te amo, o último pedido do seu pai foi que eu te protegesse, estou cumprindo esse último pedido. - Ele fala em tom baixo colocando o meu cabelo pro lado e logo se levantando. — Agora vai se vestir, tem roupas em cima da cadeira! - ele fala e eu visto a toalha e me levanto.
Depois de me arrumar eu me deito na cama, eu estava cheia de marcas roxas no corpo e não parava de sangrar.
— Vou trabalhar e vou ir no mercado, quer alguma coisa? - ele pergunta me olhando pegando a chave e o cartão vestido de Ghostface.
— Só quero absorventes. - eu falo de cabeça baixa e ele me encara.
Ele vem em minha direção e me dá um beijo na testa.
— Da próxima vez, você aprende a ser mais obediente. - ele sussurra no meu ouvido passando a mão no meu cabelo logo se afastando e saindo trancando a porta.
Eu apaguei a luz e me deitei para dormir, mas sinceramente eu não estava conseguindo dormir, eu só queria matar esse pau no cu.
Logo eu eu escuto um telefone tocar, era o celular do Hugo, era a Anna, Logo atendi rapidamente.
— Olhe aqui seu desgraçado, eu vou te arrebentar inteirinho, seu pau no cu, nunca fiquei com tanta raiva de você como eu estou sentindo agora, fala logo onde a Maddy tá! - Anna fala alterando a voz na ligação com um tom de raiva.
— Anna?... - eu chamo pelo seu nome com voz de choro o que faz Anna ficar em silêncio por alguns segundos.
— Sua puta! Não faz mais isso comigo, onde você tá? Você tá bem?! - Ela pergunta desesperada com voz de choro.
— Rastreia minha ligação rápido! - eu falo desesperada.
— Não desliga, eu tô na delegacia! - ela pergunta já chorando. — Amiga você tá bem?
Escuto passos do lado de fora.
— Só me tira daqui... - eu dou essas últimas palavras chorando antes de desligar o celular.
Rapidamente eu desligo o celular e apago as ligações deixando ele no mesmo lugar onde peguei.
Logo Hugo entra no quarto desconfiado me vendo em pé enxugando as lágrimas.
— Esqueci o meu celular. - ele fala ainda desconfiado pegando o celular e passando por mim. — Acho melhor você pensar duas vezes antes de fazer alguma besteira. - ele sussurra no meu ouvido e logo depois joga o saco com absorventes na cama e sai trancando a porta.
Eu respiro fundo, vou até os absorventes e pego um.
Ele me deixou sangrando muito, ele sabia que ia me machucar, isso não é amor, ou é?...
Vou até a pia e lavo o meu rosto que estava vermelho de choro.
Quando eu enxugo eu olho pro espelho e vejo a imagem do meu pai.
— Eu não pedi para ele fazer isso. - a voz dele ecoa e logo lágrimas descem nos meus olhos.
— Eu tô tão cansada pai, tão cansada de ficar triste. - eu falo chorando de cabeça baixa apertando os meus dedos.
— Vá e mate ele! - A voz ecoa com mais firmeza e fúria.
Logo eu levanto a cabeça olhando para sua imagem no espelho.
Meu pai mais jovem era realmente lindo de doer, seus cabelos negros, seus olhos verdes, sua camisa branca manchada de sangue e um arranhão em seu rosto.
— Porque você não faz isso? Afinal foi você que causou isso na cabeça dele, eu não vou matar alguém só porque você era um assassino. - eu falo com firmeza enxugando minhas lágrimas.
— As vezes, amar é deixar ir, se você não tomar atitude vai sofrer pelo resto de sua vida, quer continuar sangrando? - Ele pergunta atrás de mim, mas me olhando nos olhos através do espelho.
Logo eu escuto algo cair, vou até o quarto ver.
A faca dele.
A gaveta estava aberta e a faca no chão.
É pai... O senhor é bem vivo em mim.
— Nunca imaginei que ia falar isso, mas você tem razão, ele não quer brincar de assassino? Vamos ver quem é mais psicopata. - falo pegando a faca no chão e uma risada do meu pai toma o quarto.