ANTHONY PETERSON
Nunca gostei da imprensa, principalmente do lado negativo das fofocas. Então, nunca gostei das entrevistas,se faço isso, é sem um mínimo de vontade.
—Anthony Peterson, nos conte onde esteve. Você sumiu há quatro anos? _ele diz
Tenho vontade de pegar esse microfone e enfiar na boca dele.
—Estamos aqui hoje, comemorando os 34 anos da empresa fundada pelos meus pais e do nosso perfume principal, tanto feminino quanto masculino. Então, podemos falar sobre isso _respondo ríspido
—Ôh, claro! _diz sem graça
—Então, sua namorada é o rosto da campanha. Achei muito interessante vocês dois juntos, porque a Hazel não fazia as suas campanhas e sua atual namorada faz? _haja paciência.
—Sobre a campanha, a Elena foi escolhida por mim. Não será a primeira nem a última, ela é minha futura esposa. Se ela foi escolhida, é porque merece,ninguém antes mereceu mais do que ela _falo
—Ela é muito bonita, é brasileira, vocês... _chega disso.
—Sim, ela é. Bom, vou ver meus convidados, tenho muitas pessoas para cumprimentar ainda. Se estiver interessado na campanha e não na minha vida pessoal, pergunte ao Carlos West,ele é meu vice-presidente— Saio.
Como eu odeio isso...
Sigo em direção aonde estava Elena,nem posso ficar em paz junto da minha mulher...
—Sr. Anthony _ouço atrás de mim.
—Que foi dessa vez, Leah? Não vou dar mais entrevista nenhuma _falo, já nervoso.
—Não é entrevista. Bom, é que tem um empresário que veio de outro país,ele quer muito te ver, só que tem que ser em particular. Ele pretende começar a revender nossos produtos _
—Dê a ele um cartão meu,marcamos um horário nessa próxima semana _volto a andar
Não, quero dizer, eu já falei a ele que o senhor estaria no escritório esperando por ele —passa na minha frente
Não deveria marcar assuntos de trabalho hoje, é uma festa. Sei que muitos gostam de fazer isso nesse ambiente, mas eu não. Por favor, não faça mais isso. Eu irei, avisa a Elena que já volto para ficar com ela _ela concorda
Saio em direção ao escritório e passo pelo corredor. Essa casa foi ideia do meu pai,aqui fazemos festas, coquetéis e recebemos empresários. Entro no escritório e me sento em uma das cadeiras.
Muitos minutos depois, vejo a porta abrir. A surpresa é quem entra pela porta...
—Tony! _Ela corre até mim, e eu levanto, desviando dela.
—O que faz aqui? Quem te deixou entrar? _pergunto, já nervoso. Vê-la depois de quatro anos e imaginar que a maioria do que passei é graças a ela, devido à pressão que ela fez sobre mim durante meu luto.
—Tony, amor, eu senti sua falta _tenta me tocar, mas eu desvio.
—Tá de brincadeira comigo!? Sei bem qual é seu jogo, mas eu não caio nele, não. Nunca mais pretendo tocar em você, aliás, realmente nem sei onde estava com minha cabeça quando fiz isso—
—Não fala assim, amor. Podemos...—
—Ficar longe de mim, sinto nojo de você – falo ríspido.
Do nada, ela se joga em cima de mim. Sem tempo, ela beija meus lábios. Fico sem reação e empurro-a.
—Você tá louca? – praticamente grito.
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O milionário Recluso
RomansaQuando dois mundos se encontram... Ele vive em uma completa solidão, cheio de traumas; sozinho, vive aprisionado em seus pensamentos, no seu passado de dor e sofrimento. Ela, apesar de ser muito amada e rodeada de amigos e família, se sente sozi...