Eu sabia que o melhor que faria, era livrar-me daquele presente importuno, pós sei que caso aceitasse de bom grado, o zagueiro faria desse fato uma oportunidade para encher-me a paciência, como já era de costume.
Mas dai eu o via ali, parado, tão fofo, que perdia totalmente a coragem de jogar-lo em um latão de lixo por exemplo, afinal, a pelúcia não tinha culpa de ter sido alvo de André. Então, decidir trazer-lo para casa, tarde da noite, quando sabia que todos já estavam em seu respetivos quartos, não queria que meu irmão me visse chegando com o urso, muito menos o Ramalho.
Isso seria um segredo meu!
Com um pouco de dificuldade por causa de seu tamanho desproporcional, o guiei ate meu quarto, onde o joguei sobre minha cama em alívio, aquilo era mesmo pesado. Suspirei fundo e sentei em meu leito, retirando os sapatos e parte das roupas em que usava, eu precisava somente de um banho agora para relaxar, o dia havia sido extremamente complicado e cansativo.
Entrei no banheiro ainda absorta, quase sentindo o peso daquele urso ridiculamente grande em meus braços e imaginando o esforço que teria que fazer para escondê-lo de todos. Mas, quando levantei o olhar, minha mente deu um branco. Uma imagem completamente inesperada me deixou paralisada.
André estava ali. Totalmente nu.
Ele me olhava pelo espelho, secando o cabelo com uma toalha, como se aquela fosse a coisa mais normal do mundo. A água ainda escorria por seu corpo, desenhando uma trilha pela pele bronzeada e destacando cada músculo dos ombros largos, do peito definido e do abdômen marcado. Minha respiração falhou, e eu senti o rosto arder. Por mais que tentasse desviar o olhar, parecia impossível.
Aquela bunda parecia me chamar. Oh céus, o que estou a pensar? Que Ridículo.
Tentei virar de costas, mais para esconder o rubor que sabia estar no meu rosto do que para evitá-lo. Meu coração batia rápido, e eu me sentia uma completa idiota por não conseguir lidar com ele de outra forma.
Um calor me percorreu enquanto meus olhos traíam minha vontade, capturando cada detalhe. Era como se meu corpo estivesse enraizado no chão, incapaz de reagir ou sequer de processar o que acontecia.
- Mas o que você está fazendo aqui?! - consegui murmurar, sentindo a voz embargar. - Errou de porta, idiota? Seu quarto é ao lado. - Ironizei.
Era óbvio que ele não havia errado nada. O rapaz era burro, mas não a esse ponto. O que deixava-me ainda mais frustada.
Ele se virou para mim, ainda despreocupado, e deu de ombros com aquela tranquilidade irritante, o olhar preso no meu como se me desafiasse a encará-lo.
- O chuveiro do meu banheiro está com problema. Achei que não fosse se importar se eu tomasse um banho aqui. Achei que tivesse saído com a pipokete.
Pipokete? Estava tão irritada com o fato dele ter entrado do meu quarto dessa maneira, e de eu ter visto o que não deveria, que pouco me importei com a sua tática idiota de tentar falar mal do Calleri.
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𝑺𝑼𝑳𝑨𝑴𝑰𝑻𝑨 |• André Ramalho.
Hayran KurguOnde André Ramalho é a Solução de Fagner Lemos, para afastar sua irmã de um jogador Rival.