Capítulo 4

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Após as aulas. Ben e Pamela ao invés de irem para casa como de costume, eles foram para a praça da cidade. A praça era bem bonita, tinha flores, arbustos, um chafariz de golfinho soltando água e cadeiras com mesas ao redor da praça para a população se sentar e passar um tempo juntos. Tinha também no centro da praça uma estátua, Ben conseguirá ler o nome na placa "Sebastián Velásquez", Pamela tinha contado que Sebastian era o fundador oficial da cidade. O grupo de fundadores eram apenas primos da família de Sebastian, a família não tinha nenhum herdeiro.

No fundo da praça tinha uma trilha que levava a floresta de Poço Azul, Pamela lhe falou que eles precisam entrar na floresta e andar cerca de quinze minutos.

— Não é perigoso? — Perguntou Ben.

Pamela balançou a cabeça como se não soubesse a resposta.

— Bem, de noite deve ser. Mas agora eu acho que não. O sol está bem quente.

O que era verdade. O sol estava radiante, um sol de 10 horas da manhã. Eles conseguiram sair cedo da aula, pois o professor de espanhol tinha passado mal, então eles aproveitaram e foram investigar o local onde os corpos dos dois garotos foram achados.

— Você acha? — Indagou Ben.

— Relaxa, a gente volta rápido.

Eles entraram na floresta, Ben estava começando a ficar enjoado. Pamela parecia estar ótima, mas ele sentia seu corpo pulsar, Ben achou que devia ser do sol. A floresta era densa e cheia de folhas, quanto mais adentrava a floresta, mas o parque da cidade sumia, chegou um momento que eles estavam tão longe que Ben, não conseguia mais ver nada da praça. Era como se eles estivessem perdidos dentro da floresta.

Pamela olhava constantemente para seu celular, ela ficava comparando os lugares que eles estavam com o Google Maps. Era incrível que o sinal ainda estivesse funcionando. Como se soubesse o que Ben estava pensando, Pamela falou que o sistema de energia e transmissão de Poço Azul era muito bom, e como a população era reduzida era melhor ainda.

Eles chegaram numa parte onde tinha um lago, as árvores estavam começando a sumir e o lugar começava a ficar plano e bem limpo. No lago, tinha pedras e uns animais tomando banho, eram patos. Ben não sabia que tinha patos em Poço Azul, ele queria mergulhar o pé, beber água e tirar todo aquele calor agonizante do corpo.

Ben logo se apressou para pegar sua garrafa, sua garganta estava muito seca. Ele agitou a garrafa, estava metade cheia, em seguida tomou um gole e ofereceu para Pamela que bebeu rapidamente.

— Estamos chegando, só atravessar esse lago e encontraremos a caverna. — Afirmou ela.

Eles levantaram suas calças e tentaram pular nas pedras para não se molhar. Pamela pisou em falso e quase caiu, Ben a segurou, mas ela acabou molhando seu pé. Ao atravessar o lago, eles chegaram em um lugar todo plano. Parecia que as árvores tinham sido tiradas desse lugar para construção de casas. Lá na frente Ben avistou uma caverna, ele apontou, Pamela sorriu e saiu correndo.

Ele teve que correr para alcançá-la. o sol estava começando a ficar muito quente, ele olhou para o relógio e já eram quase 11 horas.

— O que viemos procurar exatamente Pam? — Perguntou Ben cansado.

— Qualquer coisa fora do normal.

Pamela tentou entrar, mas Ben puxou-a pelo braço. Ela olhou assustada.

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