39. A vida é boa.

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Cecília.

————————- 1mês depois—————————

Depois de um mês em observação, depois de dois tiros, finalmente poderíamos ir pra casa e descansar. Eu estava no meu quarto recebendo minha alta, quando o médico sai do quarto eu me levanto da cama, indo até o banheiro me trocar com as roupa que minha deixou pra mim. Ela e Beto também já tinham deixando tudo preparado para eu me mudar pra casa dele, ele disse que tinha uma surpresa pra mim, e eu já não aguentava mais de curiosidade.

Me troquei bem rápido, arrumando meu cabelo, não via a hora que sair daquele hospital. Enquanto ajeito as coisas na minha bolsa ouço batidas na porta.

— Pode entrar. - falo ainda com a cabeça baixa, ajeitando a bolsa.

— Oi senhora Nascimento. - Roberto me abraça por trás, me deixando com um sorriso de orelha a orelha, ele estende a outra mão a minha frente me surpreendendo com um lindo buquê. Novamente as flores que eu já avia ganhado dele, tulipas, minhas favoritas. Pego com carinho me virando a ele, e o abraçando mais forte.

— Obrigado meu amor. - ele coloca uma mecha do meu cabelo pra trás, acariciando meu rosto enquanto me olha com um sorrio bobo. — Essa era minha surpresa?.....eu amei. - dou um selinho longo nele.

— Não, ainda não....- ele fala enquanto se afasta um pouco me ajudando com as coisas, ela pega minha bolsa enquanto eu carregava o buquê. — Vamos, tô ansioso pela sua reação. - ele tinha um sorrio malicioso no rosto.

— Sim senhor! - ele abre a porta e logo saímos, andando pelos corredores eu paro por um momento. — Amor, eu preciso ver uma pessoa antes....vai indo já te encontro. - ele assente, já sabendo muito bem de quem eu falava.

Andei pelos corredores conhecidos, indo até uma famosa escadaria, e de longe já vejo seus sapatinhos, e um lanche sobre as mãos. Vou até ela, encostando sobre a porta. — Vim dizer tchau. - Catarina levanta a cabeça assim de ouve minha voz, já com um sorriso pendurado, e até um ar de choro. Ela se levanta, me abraçando, ainda com o lanche em mãos. — Obrigada Cá, por tudo mesmo...pela sua amizade...por cuidar de mim!
Por tudo. - sinto meu ombro molhado. — Eu te amo Ca.

— Eu te amo Cecilinha....e vou ir te visitar sempre viu....ele que não pense que vai te roubar de mim...- nós rimos, ainda abraçadas. — Você merece, merece toda essa felicidade que você tá recebendo minha amiga....agarre ela- ela deixa um beijo sobre meu rosto.

Passo a mão sobre o rosto dela, deixando um beijo em sua bochecha,depois de um tempo eu então me afasto indo para o carro onde Roberto me esperava.

Depois de alguns minutos já com o carro em movimento, eu me lembro de algo que eu precisava fazer. Olho para Roberto, receosa com o que eu ia perguntar.

— Beto? - ele me olha de relance.

— O que foi amor? - ele me perguntado ainda olhando pra estrada. Respiro fundo finalmente perguntando.

— Onde o Rodrigo está preso? - ele não me olha, mais seu olhar muda perceptivelmente. — Me leva lá? - ele abaixa a cabeça um pouco, batendo o dedo sobre o volante.

— Não sei se é um bom lugar pra uma mulher grávida...- eu sabia que esse não era o real motivo, mais eu sabia que ele entendia o porque eu queria ver Rodrigo.

Por que não eu ? | CAPITÃO NASCIMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora