Está carente, daddy?

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--- JEFF ---

Acordo com Alan desfazendo as amarras em minhas mãos, ergo meu olhar ainda sonolento e coço meus olhos. – Chegamos, vem amor. – Ergo meus braços ao redor do seu pescoço e enrolo minhas pernas em sua cintura, ele beija minha bochecha.

Enfio meu rosto em seu pescoço porque a claridade toma conta do meu rosto. – Não quer olhar ao redor? – Ele beija meu pescoço.

- Não. – Falo irritado, e ele solta uma risadinha no meu pescoço. – Meu urso, Daddy.

- Eu volto pra pegar. – Ele sobe o que parece ser uma escada. – Se bem que anda gostando mais dele do que de mim, em? – Sorrio e lhe dou um beijo no pescoço.

- Está carente, daddy? – Alan solta uma risadinha, me acostumo com a luz e tiro o rosto do seu pescoço, era uma espécie de chalé, pelas janelas eu só via árvores, havia um tapete felpudo no chão, ao redor na sala tinha alguns brinquedos.

- Por que não fica desenhando enquanto eu arrumo as coisas e faço almoço? – Ele me entrega as coisas. – Paro olhando ao redor enquanto Alan entra e sai com as coisas levando para cima, e começo a me sentir desconfortável, quando ele volta por último se abaixa com meu copo de água. – Tudo bem?

- Quantas pessoas já trouxe aqui? – Ele se retrai surpreso.

- É isso que está preocupado? – Abre um sorriso de novo. – Eu mandei organizarem esse lugar pra gente antes, nunca trouxe ninguém aqui. – Aquilo me deixa completamente vermelho, as pessoas viram isso aqui? E arrumaram para gente. – Volte pro seu desenho e pare de pensar demais. – Ele traça a linha do meu cabelo e depois beija minha testa. – Na conveniência não ficou preocupado. – Fico mais sem graça e ouço sua risadinha, ele se ergue. – Vou pra cozinha fazer almoço.

Eu respiro fundo, dando de ombros, se não pode contra eles... Arranco o sapato, eu já tinha entendido que ele não queria que eu andasse de pé, mas não ia ficar com essa merda. Me deito e começo a desenhar, até perceber uma caixa cheia de coisas no final da sala, vou até lá e demora um século para conseguir abrir a tranca. Como eles conseguem achar essas merdas de trancas que quase fodem a nossa mente?

Encontro um monte de brinquedos e acho uma caixa de tinta, eu adorava isso, puxo minha folha e começo a usar o que tinha achado, perco totalmente a noção do tempo até ouvir. – Puta que pariu, eu tinha trancado isso Jeff. – Ergo meu olhar para Alan que estava com um short e uma regata, nunca o tinha visto tão casual.

- Eu abri. – Sorrio estendendo minha mão com tinta, ele estava com as mãos na cintura e só faltava um avental, o pensamento me faz soltar uma risada.

- O que está rindo em? – Se abaixa perto de mim cutucando minha cintura, seguro em seu rosto espalhando tinta. – Jeff! – Eu rio e ele balança a cabeça. – Vem, vamos nos lavar pro almoço.

- Mas, você ficou tão bonito, daddy. – Ele bufa e revira os olhos, me carregando até a cozinha e me coloca na pia, estendo as mãos para a água, noto que perto da mesa tinha uma cadeira igual aquela de casa, com cinto uma espécie de mesa na própria cadeira.

Pego um pouco de água e espalho pelo rosto de Alan enquanto ele lava minhas mãos. – Está me lavando ou tentando me afogar?

- Nossa, daddy, eu sou tão bonzinho... – Beijo seu rosto e ele balança a cabeça.

- Você é um pestinha. – Assinto e pego a mangueira da pia virando em direção dele, mas Alan desliga a água antes que eu consiga molhá-lo. – Pestinha pestinha, você ainda está de castigo, pare de procurar por mais. – Cruzo os braços irritado e viro meu rosto, ele sorri deslizando o nariz pelo meu. – Eu te impeço de fazer arte, e VOCÊ fica irritado?

Sob Minha Autoridade (AlanJeff)Onde histórias criam vida. Descubra agora