Chapter 10 - Jealous

8 0 0
                                    


Não é difícil amar, difícil é ser amado e amar de volta. Difícil é achar alguém que realmente se importe e que não importam quais sejam as circunstancias estará com você.

Amar não é simples tampouco complicado. É doloroso e pesaroso às vezes, pode ser puro, mas pode ser sujo. Pode ser confiar cegamente porque eu acho que lhe dou tudo. E pode ser apenas o cansaço da solidão.

Amar é reconhecer quando errou e ceder quando acertou, e brincar, ser feliz, lutar, brigar, chorar, é apenas amar.

E eu amava panquecas de manhã. Porra, quem havia inventado aquela massa deveria ganhar um premio, o jeito que elas se misturavam com o gosto da calda de chocolate me fazia simplesmente querer apreciar aquilo o dia todo.

Eu viveria de panquecas.

Mas minha mãe teve a brilhante ideia de fazer naquela manhã, meus olhos brilharam quando acordei e senti o cheiro, tão bom que me fez estar na cozinha pronto para ir para a escola em quinze minutos. Eu acho que nunca estive tão contente até chegar lá. Meu pai estava lá.

Eram difíceis os dias em que eu acordava animado, também eram difíceis os dias em que minha mãe fazia panquecas especialmente para mim porque ela sabia ser minha comida preferida no café da manha, almoço e jantar — a menos é claro, se tivesse lasanha —, então ali eu percebi que ela não tinha feito panquecas pra mim.

Ela havia feito panquecas para ele, e isso me deixou com ciúmes, eram minhas panquecas.

— Bom dia filho. — o homem se virou para mim, não era como se tivéssemos algum tipo de relação do nada, apenas não. Afirmei com a cabeça e peguei uma maçã da fruteira. Não dei muita atenção para nenhum dos dois ali ao que mordi a maçã e peguei a chave em um dos ganchos e fui direto para o carro. O motor roncou e eu pude respirar em paz novamente.

Dirigi para a escola numa velocidade que podia ser considerada pequena e quando cheguei lá estacionei no mesmo lugar de sempre, que aparentemente era o que ninguém queria, talvez porque fosse perto de mais do corredor de entrada ou qualquer coisa do tipo. Jimin estacionou a moto logo ao lado alguns minutos depois e Scarlett pulou sobre ela, antes que Jimin pudesse colocar o capacete no guidom, e pulou em mim.

— Oi coisinha.

Ri baixo do exagero e senti Jimin puxar ela, o que me fez rir um pouco mais, a garota fez cara de emburrada enquanto ele apenas me abraçou e deu um beijo no meu pescoço.

— Hey, está bem?

Eu não precisava dizer algo, ou precisava? Bem, eu não disse e ele sorriu, selei seus lábios rapidamente e saí com Scarlett, deixando o garoto corado para trás. Scar me puxou pelo pulso enquanto minha sobrancelha estava arqueada quando ela parou na frente do meu armário, um grampo de cabelos ela tirou dos seus e colocou no buraco que tinha entre o lugar em que a combinação era feita, ela girou e meu armário abriu.

— Ah, eu precisava muito de você na minha vida. — peguei meus materiais dali de dentro, eu tinha alguma ideia do que era só não tinha ideia da ordem.

— Sim, eu sei, sou um anjo enviado do céu para melhorar a sua vida. — piscou os olhos várias vezes fazendo algo que seria muito fofo se ela não estivesse com um delineado tão preto e forte que a deixasse intimidante, no mínimo. — Agora, mudando o assunto, eu preciso de você hoje, tenho muito que fazer com que Connor me note de novo.

— Ah, isso. — concordei com a cabeça, Jimin apareceu no fim do corredor, ele corria e logo pude ver o moreno atrás dele. O loiro me olhou e eu sorri. — Vou ajudar Scar com Connor hoje, ok?

— Sim, sim, claro. — concordou com a cabeça, virou-se na direção da garota, seu tom era normal, mas seus olhos... — Sem beijos, sem encostar no que é meu, sem marcas de batom no pescoço dele, obrigado.

The Runninback | JK.JM |Onde histórias criam vida. Descubra agora