Capítulo 49

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ANTHONY PETERSON

Acordo sonolento, olho para o lado. Elena dorme tranquila. Sinto-me o homem mais sortudo do mundo, tenho tudo o que preciso.

Beijo seus cabelos e levanto, indo em direção ao banheiro. Faço minha higiene, saio e vou até o closet, pego minha roupa de treino e saio já vestido. Vejo ela sentada na cama.

— Amor, por que não me acordou? — em seguida boceja de sono.

— Você estava dormindo tão tranquila que achei melhor não te acordar— Ela levanta e começa a arrumar a cama.

— Me espera, vamos malhar juntos— concordo,enquanto ela vai para o banheiro.

Depois que ela se arruma, vamos malhar juntos. Depois do treino, tomamos banho e vamos tomar café.

— A Mari já está arrumando a viagem — comenta

— É tudo mais simples com o visto de estudante. Como ela já é formada, vou contratá-la — ela sorri animada.

—Obrigada, amor, significa muito para mim—

—Faço tudo para ver você feliz, e a Mari sempre foi legal comigo, nos apoiou quando começamos a namorar _

—Verdade, não vejo a hora de ver ela—

Em breve—falo. Terminando de tomar meu café, levanto.

—Amor, tô indo. Se cuida. Não seria melhor o Christopher te levar no curso? _pergunto

—Não, prefiro ir sozinha mesmo. Ele pode te acompanhar—

—Não gosto de você sem um segurança—

—Não se preocupe, não vai acontecer nada. _ela diz, meio sem ter o que dizer. Concordo. Elena quer a independência dela,tenho que concordar.

Me despeço dela saindo de casa. O fim de semana foi tranquilo e maravilhoso com a Elena, assistimos filmes, um frio gostoso, mas segunda é dia de trabalhar...

Christopher dirige até a empresa. Entro, subo até meu andar, cumprimento minha secretária Kate. Em seguida, entro no meu escritório e começo a trabalhar...

Por volta das 10 horas da manhã, meu advogado me liga.

— Sr. Peterson, a senhorita Hazel entrou em contato comigo e disse que deseja entrar em um acordo com o senhor, afirmando que, se o acordo for feito, vai parar de falar com os jornalistas —  diz.

— Não confio nem um pouco nela —

— Mas um acordo seria bom para o senhor —

— Como será esse acordo? — pergunto

— Ela deseja vê-lo, hoje mesmo — só me faltava essa agora

— Não vou vê-la em lugar nenhum — respondo, sem um pingo de paciência.

— Senhor, aconselho a ir. Ela marcou em um restaurante público perto da empresa. Se não ocorrer o acordo, é só ir embora — Ela tá aprontando.

— Como não tenho escolha, irei—

—Ótimo, darei o recado a ela—

Ele me informa o endereço e o horário, desligando em seguida.

Perto do horário marcado, saio da empresa em direção ao restaurante. Chegando lá, já vejo ela sentada, sempre luxuosa, mesmo sem nada; a pose de rica continua.

— Tony, você veio — levanta-se

— Me poupe, nos poupe de seu fingimento. Sei muito bem o que você quer — digo sem paciência. Ela volta a sentar.

— Não precisa disso, nós fomos noivos —  finge chorar sem nenhuma lágrima.

— Você disse bem: fomos, não somos mais. Agora fale logo o que você quer para deixar minha vida em paz —

— Calma, vamos almoçar primeiro — 

chama o garçom e faz  o pedido.

— E o senhor, o que deseja? — me pergunta.

—Não vou almoçar, não precisa trazer nada _Respondendo, ele  sai

— Já almoçou? _Ela pergunta, nego

— Não, e nem vou. As circunstâncias de hoje tiraram meu apetite—

— Nossa, Tony, você não era assim. Era meigo, doce, não falava assim comigo. É aquela mulher sem classe que te ensinou isso— Agora sei por que odeio esse apelido de Tony; reviro os olhos, sem paciência

—Eu era um ingênuo que não sabia a dimensão da maldade humana. Depois de passar pela maior tempestade da minha vida, consigo responder à altura quem merece. Já quem me ensinou quem sou hoje foram as falsidades das pessoas, não minha mulher. Aliás, ela é bem mais educada que você, que só restou o nome,o resto foi tudo levado. Sabe que não sei que tá falida? _

—Essa mágoa toda pode ser amor -  faz quase gargalhar.

—Se tem uma coisa que não sinto por você é amor, aliás, tá mais para nojo, repulsa, asco. Será que não percebe que, se eu quisesse, estaria com você? Se não estou, é porque amo minha mulher–

O almoço dela chega e ela começa a comer.

— Vamos, Hazel, diz logo: o que você quer para deixar minha vida em paz e parar de falar sobre minha vida?—

— Eu não quero dinheiro, Anthony. Não sou como você pensa. Só te chamei aqui para falar que não vou mais falar sobre nosso passado, que você está perdoado — sorrio

— Perdoado pelo quê? —Essa mulher é realmente louca

—Me trair–

—Isso é uma piada! _levanto

Ela olha em volta...tem câmeras aqui só pode

—Anthony, não vou mais falar de você, quero ser sua amiga_sorrio

—Desculpa, não tenho falsos entre meus amigos, muito menos mentirosos _me viro para sair

—Anthony, me dá um dinheiro? Não tenho como pagar o almoço—pede assustada

Pego um dinheiro e jogo na mesa...

—Escute, Hazel, pare de loucura, viva sua vida, esqueça que existo_saio de lá

Porque eu sinto que isso não tá no fim,essa mulher é uma louca...

O milionário Recluso Onde histórias criam vida. Descubra agora