𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 6

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Por todos os meus pecados

Quando eu encontro seus olhos

O diabo, ele vence

Cega pelas suas mentiras

Porém eu finjo

BABYDOLL - Ari Abdul

Subo na minha moto preta, coloco o capacete e ligo o motor

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Subo na minha moto preta, coloco o capacete e ligo o motor. O ronco grave da máquina ecoa na noite. Seattle parece um animal selvagem à noite, com suas ruas vazias, prontas para serem dominadas. Dou uma última olhada ao redor antes de acelerar. A cidade vibra sob as luzes, cheia de sombras e segredos; minha casa. A única que conheço de verdade.

A estrada à minha frente se estende como um convite. O vento bate contra o meu corpo, cortante, mas prazeroso. Acelero ainda mais, sentindo o motor rugir sob mim enquanto minha mente esvazia. Para alguns, isso pode ser uma loucura, mas para mim é liberdade, é a vida pulsando com uma intensidade inebriante. Nada além do asfalto, do som do motor e da velocidade.

Quando finalmente vejo os portões da mansão que compartilho com os Heathens, sinto uma onda de satisfação. Aqui é o nosso território, o lugar onde podemos ser quem somos sem máscaras ou censura. A garagem, iluminada por luzes de teto, exibe minha coleção de carros e motos, todos potentes, escolhidos a dedo. Cada carro e moto ali tem uma história, um motivo. Todos nós somos atraídos por esse vício – a velocidade, o poder, o risco.

Entro na sala e vejo os Heathens, Blake sentado no sofá com o computador sob o corpo e Justin com Henry jogando sinuca no espaço para a mesa.

— A propósito, ainda não falamos sobre a Non Morti — Henry interrompe. Blake suspira, quase aliviado pela mudança de assunto, e desliga o computador, afastando-o.

— Primeiro, Carolina acabou com você na corrida, Matty — provoca Justin, com um sorriso que mal consegue disfarçar o prazer da lembrança.

— Esse assunto encerra aqui — respondo, lançando um olhar cortante antes de me dirigir ao sofá.

Henry solta uma gargalhada seca. — E você, Annie, Caty e Carolina sumiram antes mesmo da festa começar.

O nome dela faz algo em mim despertar. O sabor do seu beijo, o toque dos lábios, o aroma inebriante.

Carolina.

Uma lembrança vívida, cheia de caos e desejo.

— Matthew a perseguiu na floresta Greek — Justin comenta, inclinando-se para frente, os olhos brilhando de expectativa.

— Eu vi — murmura Blake, mais para si mesmo do que para os outros.

— E ouvimos você e Annie também... — solto um comentário que paira no ar, carregado de implicações. Blake e Henry trocam olhares antes de virarem para ele, com uma surpresa que esconde uma leve diversão.

HeathensOnde histórias criam vida. Descubra agora