CAPÍTULO XVII

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"Se matamos uma pessoa somos assassinos, se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis"

CHARLES CHAPLIN


O PASSADO

-Vó, estou saindo pra caçar - Falo alto para que ela ouça, mas sem esperar por uma resposta.

Em direção a floresta, vejo Phillips, o amigo de Emma . Por causa dele, a mesma me rejeitou e não sinto nada além de ódio . Todos deveriam pagar por seus pecados, e não seria diferente neste caso.

Então,vejo o Sr. Corse. Certamente, ele deveria saber das malcriações de sua filha com o filho do lenhador.

- Boa tarde, Senhor! - ele sorriu ao me ver e cumprimentou- me educadamente.

- O senhor é pai de Emma ? - pergunto, mesmo tendo certeza.

- Sim. Conhece minha filha ?

- Não necessariamente, mas sempre a vejo indo pra floresta com o filho dos Phillips. Achei que deveria saber; minha vó sempre diz que não é certo meninos e meninas se encontrando as escondidas.

Ele pega em meu ombro.

- Sua vó está certa ! Obrigado pela informação, resolverei isso imediatamente - Me senti feliz; eles realmente se encontravam às escondidas.

Quando estava saindo, ele me chama de volta.

- Escuta, rapaz, sabe onde posso encontrar aquele a quem minha filha anda se encontrando.

- Eu o vi indo em direção à floresta - ele nem me escuta direito e vai em direção ao destino dito.

Phillips não há mais pra onde fugir. Resolvo ir procurá-lo; preciso ter certeza se fiz o certo.

Me aproximo e me escondo . Eles discutem. Devo admitir que Phillips não é o idiota que pensei.

- Não estou pedindo, estou ordenando: fique longe de minha filha! - O Sr.Corse diz.

- Não estou a brincar senhor; eu não vou fazer isso !

Phillips se altera e o empurra; o mesmo cai num buraco a qual antes era coberto por galhos e folhas, até então desconhecido .

Ele estava inconsciente!

Phillips entra em desespero e corre o mais rápido possível. Covarde! mata e depois foge .

Saio de onde estava e vejo o Sr.Corse: "Ele ainda está vivo".

Não, ele não pode viver ! Phillips deve carregar essa culpa pro resto da vida, tanto a ponto de não conseguir olhar para Emma novamente.

Olho ao redor e percebo que ele esqueceu o estilingue. Pego uma pedra pontuda e miro na sua cabeça, sendo mais específico em seu crânio. Sempre tive a mira muito boa.

- Perdoe-me mas a morte chega para todos !

A pedra é disparada o que faz sua testa sangrar . Provavelmente, vão assimilar o sangue a queda; se Phillips tivesse sido inteligente o suficiente pra perceber.

Saio de lá rapidamente.

De volta a realidade penso no resultado das minhas ações e meus lábios sorriem de forma satisfatória.

- Irmãozinho, talvez pudéssemos ter sido bons
amigos se não tivesse se metido no meu caminho. Você sempre teve o que quis, e agora eu mereço ser feliz !

Falando no diabo! Phillips entra e me encara.

- Não vai cumprimentar seu irmão ?

- Podemos compartilhar o mesmo sangue, mas nada mudou entre nós Hatt.

- Então, o que o trás aqui ?

Phillips joga uma adaga na mesa.

- Que tipo de faca é essa ? - Pego a mesma e a examino. "Tão leve".

- Achei que conhecesse; afinal, também é filho de ferreiro.

Ele toma a faca e aponta na minha direção.

- Me impressiona que não saiba a origem da própria adaga.

- Quem garante que isto seja meu ?

- Você é o único ferreiro por aqui - Puxo a adaga de sua mão.

- Ninguém é proibido de possuir adagas por aqui.

ARVID PHILIPS

- O metal é raro, e você o conhece muito bem.

- O que está insinuando? Do que me acusa ?

Ele se faz de desentendido.

- Não é uma praga; nunca foi ! . Todas aquelas pessoas foram assassinadas.

- E você acha que fui eu ?

– É a mesma adaga que vi você carregar quando éramos crianças.

Era estranho o fato de uma criança carregar uma arma, mas é certo que assassinos surgem desde cedo !

- Se está falando daquela adaga, eu estou com ela - O mesmo vai em direção a uma gaveta de ferramentas e me entrega - Eu nunca tive pai ou mãe, como você; tive que aprender a me proteger desde sempre.

- Isso não prova nada !

Ele ri de canto e diz.

- Não sou assassino como você.

- Eu não o matei ! - Digo por fim.

- Eu vi você o empurrou e depois fugiu como um covarde . Eu estava caçando, mas quando vi o que tinha feito, tentei ajudá-lo, mas já não respirava mais.

- Se você tiver matado aquelas pessoas, eu cortarei sua cabeça fora com maior prazer !

- Eu diria o mesmo pra você. Não se esqueça que o assassino aqui é você e não eu.

- Você é suspeito e disso tenho certeza - Pego a adaga de volta e saio.

Então, me deparo com ela vindo. A ignoro, e ela nem me olha.

- Emma, oi! veio me ver ?- ele sorri.

- Não seja convencido; ,apenas quero saber se você fez o que eu pedi.

- Por você eu faço até o impossível.

O ciúmes é um sentimento amargo; quem me dera ter a certeza de a ter.

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