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Pode conter erros

Nove meses de gestação

JUNGKOOK.

Eu sentia uma dor insuportável no meu baixo ventre. Não imaginei que os gêmeos nasceriam hoje já que as pessoas sempre dizem que nunca nascem no dia previsto. Mas eles são completamente pontuais.

Urrei de dor ao sentir uma contração muito forte. Me abaixei fazendo movimento circular com o quadril que o doutor ensinou me apoiando na cama.

Ah o meu marido? Ele está andando pra lá e pra cá que nem doído pegando as coisas das crianças enquanto surta. Foi a mesma coisa com os trigêmeos, ele disse que como já tinha passado pela primeira experiência não iria surtar de novo com o nascimento dos gêmeos e enfim ele está surtando.

— Jimin, anda vamos logo pro carro – Senti que meus filhos estavam querendo nascer naquele exato momento, se ele não me levasse agora eu iria parir aqui mesmo.

— É, né, o carro.

Olhei pra ele e o vi passar a mão no rosto nervoso se aproximando de mim, a minha sorte é que eu tinha levado os trigêmeos para casa da minha mãe. Me ajudou a levantar e a gente foi caminhando devagar, descemos as escadas e fomos até a garagem. Ele abriu o portão ainda nervoso e entramos no carro.

— O que você está esperando?! – não queria surtar também, que era capaz da pressão dele cair e ele desmaiar ai eu estaria frito.

— Ta, um segundo eu preciso respirar.

— Jimin quem tá parindo sou eu.

— Eu sei, só um segundo.

Senti uma dor muito forte, tão forte que parecia que eu estava parindo. Sem brincadeira parecia que a criança estava saindo nesse exato momento.

— JIMIN LIGA O CARRO, DIRIGE CARAMBA – ai eu vou morrer, eu vou morrer, oh dor do cacete.

— COMO É QUE DIRIGE?

— O QUE??! BOTA A CHAVE NO CARRO.

— ONDE?

— PORRA, JIMIN DIRIGE.

— AI CARALHO EU ESQUECI COMO É QUE DIRIGE.

— COMO ASSIM?

— Acho melhor você dirigir.

— JIMIN EU TÔ GRÁVIDO

— AH É VERDADE

— JIMIN DIRIGE, DIRIGE, DIRIGE – desferir um monte de tapas nele – EU VOU PARIR AQUI SE NÃO DIRIGIR AGORA.

Ele finalmente saiu do transe maluco que ele estava e ligou o carro.

(...)

E quase, quase mesmo eu pari na porta da maternidade, oh crianças apressadas viu.

Deu tudo certo no final e nossos pequenos já estavam no quarto com a gente, depois de mamarem eles dormiram. Eu estava deitado e Jimin sentado na ponta da cama do hospital sem conseguir olhar nos meus olhos.

Eu sentei na cama me endireitando com cuidado porque meu quadril ainda doía. Sim tive parto normal e não eles não saíram pelo meu rabo. Não esse rabo que você estão pensando.

— "ai como é que dirige?" – não resistir e comecei a rir muito sentindo fisgadas no meu quadril mas não conseguia parar de rir.

— Para amor, não é justo, eu fiquei nervoso.

— Eu percebi – não consegui e comecei a rir de novo. Agora eu sentia a falta de ar, minha barriga doía – ai minha barriga.

— Para que não tem graça.

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