Minhas Razões

Sou eu

Uma noite calma e silenciosa, não foi o que Leandro e Luciano passaram naquele dia. Todas as luzes do quarto estavam apagadas, apenas um fino feixe que vinha da rua iluminava parcialmente o local. Um dos jovens, Luciano, deitado na cama, se desesperava por não entender a si próprio.

Depois de passar anos vivendo ao lado de Leandro ainda não entendera o que existia entre os dois. Uma amizade com um companheirismo exagerado, afeto e compreensão um pouco elevada. Não eram somente amigos, depois de muitos anos começou há pensar, compreender, que tudo podia ser algo maior. Algo que precisasse ser aliviado pelo toque do outro.

Leandro em pé ao lado da cama estava queimando por dentro, por causa da atitude do loiro. Poucos segundos atrás o mesmo selou a sua boca, com o susto nada fez o Paládio. Se arrependendo disso e querendo saber as reais intenções do amigo, que até aquele momento se mostrava hétero e que sempre recusava delicadamente as propostas de encontro com outros caras. Por fim decidiu tomar essa informação por meio de uma conversa não convencional, ele deixaria o instinto de ambos responderem esta questão. Para isso retirou cuidadosamente sua blusa, ficando somente de moletom, e pulou sobre o corpo inquieto ao lado.

Luc, como o moreno o chamava, deitado de bruços, pouco pode fazer como reação. Apenas seguiu as instruções de Leandro e tentou acalmar seus pensamentos. Aliás não era a primeira vez que pensava em beijar a boca do amigo, mas nunca fizera. Sem perder tempo a boca de Leo foi ao pescoço do amigo, lambendo, beijando, chupando e deixando marcas sem se importar com os dias seguintes. Sob ele Luc estava entrando em êxtase, seu corpo respondia involuntariamente aos toques sedentos, se contraindo, teve que se controlar para não soltar qualquer tipo de som.

Não contente, Leo morde seu maxilar, alterando ainda mais sua respiração, que já estava um pouco ofegante. O dia pouco frio, a sua pele molhada, fez com que apenas a respiração compassada e próxima de Leandro o arrepiasse mais.

- Luc - chamou tentando virá-lo e sentá-lo na cama - olhe para mim.

Confuso como estava só conseguia obedecer o seu amigo, se levantou quando o outro saiu de cima e se sentou ao seu lado. Com um olhar receoso encarou Leo, que por sua vez passou as costas de sua mão pelo rosto do rapaz, uma pele macia e bem tratada. Mesmo derretendo ao toque, Luciano ainda estava tenso, seus músculo estava contraídos, fazendo que os mostrasse mais e atiçando mais seu caçador.

Mesmo querendo, Leo não o atacou, apenas tentou tranquilizá-lo com carícias nada maliciosas, o que funcionou por um tempo. Quando o loiro estava mais relaxado, Leandro segurou seu queixo fazendo com que seus lábios ficassem a pouquíssimos centímetros de distância. Seus corações aceleraram, Leo adorava está sensação e Luc não estava mais apavorado. Enquanto o moreno passava sua mão por sua pele pensou no que realmente queria, e seria mais do que um beijo.

Quando foi tomar iniciativa, novamente, Leandro recuou seus rostos, quebrando o arrepio que Luc sentia em sua pele devido as respirações unidas. Este era o plano do outro, provocá-lo até ele não aguentar mais.

Ele se assustou de princípio, estava paralisado, parecia que era o seu primeiro beijo. Com o tempo, Luc correspondeu ao beijo, não demorou muito para ele se agarrar em meu cabelo pedindo por mais. Como de praxe negei e descolei nossos corpos.

- Puta merda Leo - falou segurando meus ombros me puxando para perto dele - não vai fazer jogo duro.

- Vou sim - falei contornando seu lábio inferior com o indicador e abaixando o olhar - pelo visto não é só meu jogo que está ficando duro.

Luc corou violentamente e eu estava adorando aquilo. Aproveitando seu descuido o empurrei prensando seu corpo contra a cabeceira da cama. Mordi seu pescoço perto da clavícula, deixando uma fraca marca, beijei o local e observei sua reação. Eu nunca vi alguém com aquela expressão quando não estava gostando. Passei uma das mãos sobre o seu abdômen, sentido seus músculos contraindo ao sentir meu toque.